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Você sabe como são feitos os retratos falados?

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Famosos desde os filmes do Velho Oeste americano, os retratos falados já ajudaram a polícia a solucionar milhares de crimes pelo mundo. Como todo mundo sabe, essas reproduções são feitas a partir de descrições das vítimas, caso elas tenham visto o rosto de seus algoses. Assim, parte por parte vai surgindo o rosto do criminoso que está sendo procurado, como se montassem um quebra-cabeça. (Clique também para conhecer 10 coisas que você pode fazer na internet e nem sabia!)

No passado, como dá para imaginar, essa era uma tarefa bem mais difícil porque tudo era feito manualmente: um desenhista ia ouvindo os relatos e, ao mesmo tempo, tentando criar um rosto no papel. Hoje e dia, no entanto, tudo é computadorizado – pelo menos na maioria das delegacias do mundo – e programas como o Photoshop e outros softwares especialmente desenvolvidos para a tarefa ajudam a conseguir resultados mais precisos, uma vez que a vítima visualiza partes separadas (bocas, olhos, nariz, formato de rosto) e indica quais as mais parecidas com a fisionomia dos procurados.

Saiba como é o passo-a-passo do processo:

1. Sexo e idade

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Esses são os primeiros dados que a vítima ou testemunha precisa informar. De acordo com especialistas, o banco de dados policial é divido em três categorias: menores de 20 anos, adultos de 21 a 45 anos e maiores de 46 anos.

Isso acontece porque, dependendo da idade, é preciso levar em consideração algumas mudanças biológicas às quais as pessoas estão sujeitas, como entre os indivíduos na faixa dos 20 anos ou menos, cujos rostos ainda estão em definição. Os adultos, por outro lado, têm a face estável, enquanto os mais velhos já começam a apresentar rugas e uma expressão facial mais decaída.

2. O rosto

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Depois disso, a vítima precisa escolher entre os rostos do arquivo policial o que se parece mais com o criminoso. Para isso, é preciso levar em consideração a etnia da pessoa procurada (branca, parda, negra, indígena) e o formato de sua face (arrendondadas, ovalada ou quadrada).

Os rostos, então, são mostrados “vazios” para a vítima, ou seja, sem olhos, nariz, boca ou cabeços, que são apagados pelo programa. Caso a pessoa seja mais magra ou mais gorda, os retratistas usam ferramentas do editores de imagem para adequar a fisionomia.

3. Detalhes

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Olhos, sobrancelhas, nariz, boca, cabelos e outros detalhes vão sendo acrescentados, como barba e bigode, caso tenham. Essa etapa é, geralmente, a parte mais demorada do retrato falado. Conforme os especialistas, as mudanças nos olhos são sutis para quem descreve, mas a escolha do formato errado, como pálpebras mais caídas, olhos mais arredondados, por exemplo; faz uma enorme diferença no resultado final.

4. Acessórios e marcas

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O último passo são os acessórios e as marcas pessoais, como brincos, piercings, tatuagens, cicatrizes, covinhas, lábio leporino, falhas de dentição.

5. Envelhecimento da imagem

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Quando já existe uma foto da pessoa procurada há também o trabalho de envelhecimento das feições. Isso, claro, se for um registro de muitos anos atrás. Esse recurso é muito usado quando estão fazendo buscas de crianças há muito tempo desaparecidas, por exemplo. Nesses casos, além da computação, os artistas forenses se baseiam também na aparência de familiares e nos hábitos que esses pequenos tinham, para simular desnutrição, efeitos de drogas e assim por diante.

No vídeo abaixo, feito pela Revista Época, é possível ver como a polícia de São Paulo constrói seus retratos falados. Veja:

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