Curiosidades

5 coisas sobre o telescópio espacial James Webb

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Desde que o mundo é mundo, os primeiros humanos já eram fascinados pelo céu e pelos astros que eram vistos. Nesse sentido, conforme a tecnologia foi avançando e se elaborando mais o pensamento científico, o encanto pelo espaço e pelos ambientes, ao redor do universo, apenas aumentaram. É claro que, com o fascínio pelo espaço e com o aumento de recursos, a possibilidade de exploração do espaço ficou maior. Como por exemplo, temos a criação do telescópio James Webb.

Com isso, esse telescópio é o observatório espacial mais poderoso já construído. Finalmente ele será lançado, depois de décadas de espera, no fim de dezembro. Em suma, esse instrumento irá ajudar a responder questões fundamentais a respeito do universo, conseguirá, ainda, remontar ao tempo de 13 bilhões de anos atrás. Justamente por essa magnitude toda do telescópio espacial James Webb que mostramos, aqui, algumas coisas para se saber a seu respeito.

1 – Espelho de ouro gigante

The Conversation

A peça central do telescópio é um espelho primário enorme. Ele é uma estrutura côncava de 6,5 metros de largura feita de 18 espelhos hexagonais menores. Por sua vez, os espelhos são feitos de berílio e revestidos de ouro. Como resultado, eles refletem a luz infravermelha dos confins do universo.

Além disso, o telescópio tem quatro instrumentos científicos que juntos fazem duas tarefas principais, sendo elas conseguir as imagens de objetos cósmicos e a espectroscopia, que é dividir a luz em comprimentos de onda separados para estudar as propriedades físicas e químicas da matéria cósmica.

Tanto o espelho, como esses dois instrumentos são protegidos com um protetor solar de cinco camadas. Ele tem o formato de uma pipa e é construído para se desdobrar no tamanho de uma quadra de tênis.

2 – Viagem distante

O telescópio será colocado em uma órbita bem longe do nosso planeta. Ela será de aproximadamente quatro vezes a distância da Terra com a lua. Ao contrário do Hubble, que orbita em volta da lua, o James Webb irá orbitar ao redor do sol.

Ele irá ficar diretamente atrás do nosso planeta, do ponto de vista do sol. Isso fará com que o telescópio fique sempre no lado noturno da Terra, e o protetor solar do Webb sempre estará entre o espelho e o sol.

3 – Alta tecnologia

Scitech daily

O James Webb é um telescópio muito grande, em seu formato original, para ser transportado no cone do nariz de um foguete. Por isso, tem que se transportá-lo dobrado como se fosse um origami.

Desdobrar o telescópio é uma tarefa complexa e bastante desafiadora. Tanto que isso foi a coisa mais desafiadora que a NASA já fez até agora. Aproximadamente meia hora depois da decolagem, se instalará a antena de comunicações e os painéis solares que abastecerão o telescópio com energia.

Logo em seguida será o desdobramento do protetor solar. Isso começará no sexto dia, depois que o telescópio já tiver passado da lua. Todas as membranas finas serão guiadas por um mecanismo complexo envolvendo 400 polias e 1.312 pés de cabo.

Quando o telescópio já estiver há duas semanas no espaço será o momento do espelho se abrir. Então, quando o James Webb estiver em sua configuração final, seus instrumentos vão precisar ser resfriados e calibrados. Além de os espelhos precisarem ser ajustados com bastante precisão. Depois de seis meses, ele estará pronto para funcionar.

4 – Missões

Earth sky

O James Webb tem duas missões principais. Juntas, elas serão responsáveis por mais de 50% do tempo de observação do telescópio. A primeira é explorar as primeiras fases da história cósmica. Ele fará isso olhando para trás no tempo, há algumas centenas de milhões de anos depois do Big Bang. Como resultado disso, os astrônomos querem ver como as primeiras estrelas e galáxias se formaram e como elas evoluíram com o tempo.

A segunda missão tem o objetivo principal de descobrir exoplanetas. Ou seja, planetas fora do sistema solar. Além, é claro, de investigar qual é o potencial de vida nesses lugares. Para isso, a grande promessa desse telescópio é sua capacidade de infravermelho.

5 – Construção

Telescopehub

Ainda na década de 1990 os astrônomos começaram o debate sobre o telescópio que deveria substituir o Hubble. Por isso, a construção do James Webb só foi começar em 2004.

Por várias vezes adiaram o lançamento desse telescópio. Primeiramente, planejou-se seu lançamento para 2007 e depois, novamente adiado para 2018, por conta de todas as complexidades do seu desenvolvimento.

Como resultado, o telescópio é a colaboração internacional e integra instrumentos canadenses e europeus. Foram mais de 10 mil pessoas trabalhando nesse projeto com um orçamento de aproximadamente 10 bilhões de dólares. Tudo para se chegar até esse momento do tão esperado lançamento, agora no final desse mês.

Fonte: Science Alert

Imagens: YouTube, The Conversation, Scitech daily, Earth sky, Telescopehub

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