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7 coisas que você não sabia sobre o Carandiru

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Em 2 de outubro de 1992, conflito entre presos da Casa de Detenção de São Paulo – o Carandiru – deu início a um tumulto no Pavilhão 9. A sucessão de acontecimentos desencadeou a invasão da Polícia Militar e a morte de 111 detentos. O episódio mais sangrento da história penitenciária brasileira começou às 10h, quando dois detentos da prisão do Carandiru começaram uma briga durante uma partida de futebol no pátio da prisão. Aos poucos, a confusão inicial se transformou em uma rebelião. Por volta das duas da tarde, os prisioneiros estavam queimando colchões e bloqueando as entradas para os blocos de celas. Preparamos uma lista com ainda mais coisas que você não sabia sobre o Carandiru.

As autoridades estaduais tentaram negociar por cerca de uma hora. Depois, as tropas policiais invadiram a prisão e, em meia hora, 111 detentos estavam mortos. Cada um foi baleado ao menos cinco vezes e nenhum agente perdeu a vida.

1- Condenação?

Apesar de terem sido condenados, os policiais envolvidos nunca chegaram a ser presos. As condenações representaram as maiores penas da história da PM paulista, de acordo com o período em que foram anunciadas. Em setembro de 2016, a Justiça de São Paulo decidiu anular todos os julgamentos.

2- Anulação do processo e novo júri

No final do ano passado, a Justiça de São Paulo decidiu manter a anulação do julgamento do massacre do Carandiru e determinar um novo júri para o caso. 74 policiais militares haviam sido condenados ao longo de cinco júris diferentes, entre 2013 e 2014. As penas variavam entre 48 e 624 anos de prisão em regime fechado. Essa é uma das coisas que você não sabia sobre o Carandiru.

3- Governo do Brasil foi condenado

O governo do país foi condenado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e assumiu o compromisso de processar e punir legalmente os responsáveis ​​pelo massacre. No entanto, foi somente em 2006 que a primeira sentença foi proferida, absolvendo o coronel Ubiratan Guimarães, chefe da invasão militar do Carandiru.

4- A Operação durou cerca de 20 minutos

A ação da Polícia Militar nas galerias do Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo começou por volta das 16 horas e 25 minutos. Precisaram de apenas 20 minutos para deixar o saldo de 111 mortos. Do total, 102 presos foram baleados e outros nove morreram em decorrência de ferimentos provocados por armas brancas.

De acordo com o relatório da PM, ao menos 22 policiais ficaram feridos. Nenhum deles foi baleado. Essa é uma das coisas que você não sabia sobre o Carandiru.

5- Contingente envolvido

Dentro da rápida Operação, 321 policiais participaram diretamente do processo. Cerca de 25 cavalos e 13 cães treinados serviram como instrumentos para impulsionar o contingente envolvido. Além do número de mortes, ao menos 86 presos ficaram feridos. Nove foram mordidos pelos cachorros.

6- Detalhes técnicos

O exame de confronto balístico aponta de qual arma partiu qual projétil. Somente com esse teste, é possível identificar quem atirou em cada um dos 102 detentos mortos naquele dia por revólveres, fuzis e metralhadoras. Esse exame foi solicitado há anos.

Porém, de acordo com a Promotoria, seria praticamente inviável executá-lo em razão das proporções do caso. O arsenal usado durante a operação pela PM contabilizava 362 itens e mais de 450 projéteis foram extraídos dos corpos das vítimas. Essa é uma das coisas que você não sabia sobre o Carandiru.

7- Origem do Primeiro Comando da Capital (PCC)

As rebeliões carcerárias, do início de 2017, chocaram principalmente pela brutalidade dos acontecimentos. Assim, aumentaram o interesse da imprensa no PCC e em outros grupos criminosos. No entanto, o fenômeno não é novo. O Primeiro Comando da Capital (PCC) é uma das facções mais organizadas do Brasil.

As pessoas envolvidas comandam rebeliões, assaltos, sequestros, assassinatos e narcotráfico. Ainda no início da facção, o time de criminosos dizia que ela havia sido criada para “combater a opressão dentro do sistema prisional paulista” e também “para vingar a morte dos 111 presos” em 2 de outubro de 1992.

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