7 fatos sobre a Spandau, a prisão dos maiores líderes nazistas

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, todas as atrocidades cometidas pelos nazistas foram reveladas ao mundo. A maioria delas só veio a conhecimento de todos durante os julgamentos de Nuremberg. Os maiores líderes nazistas sobreviventes foram processados durante os julgamentos, e muitos deles foram sentenciados à morte devido suas participações no Holocausto.

Sete dos oficiais, entre eles o sucessor de Adolf Hitler, Karl Donitz, tiveram um outro destino. Ao invés de serem sentenciados à morte como os demais, eles foram condenados à prisão no presídio de Spandau, em Berlim. Hoje a prisão é um complexo de compras, e grande parte da sua história foi esquecida. No entanto, durante os anos em que os oficiais nazistas estiveram presos, alguns fatos curiosos aconteceram em Spandau. Confira.

1 – Custos de manutenção

A prisão de Spandau teve altos custos para manter os seus prisioneiros nazistas. Anualmente eram gastos cerca de 800 mil dólares para administrar a prisão, valor esse que foi supostamente pago pelo governo de Berlim Ocidental. Os altos custos de manutenção eram devido à segurança que teve que ser ampliada para vigiar todo o complexo em tempo integral. Além disso, os presos do alto escalão nazista tinham um tratamento diferenciado. Mesmo que o regime fosse rigoroso, as exigências dos prisioneiros eram sempre cumpridas.

2 – A prisão foi subutilizada

A prisão de Spandau foi construída em 1876 para ser um centro de detenção para militares alemães, com capacidade para abrigar até 600 presos. Depois dos julgamentos de Nuremberg, ficou acordado que a prisão seria fechada para receber somente os líderes nazistas. Então, todos os 60 soldados, os 4 diretores penitenciários, médicos, funcionários e todos os encarregados eram obrigadas a trabalhar na prisão para apenas sete prisioneiros.

3 – A prisão foi demolida

Com o suicídio de Rudolf Hess, o último dos sete prisioneiros, depois de 21 anos de isolamento, as autoridades decidiram demolir a prisão. A medida foi tomada devido aos temores de que a instalação do presídio fosse transformada em um santuário neonazistas. Spandau foi demolida logo após a morte de Hess, em 1987. No lugar da prisão foi construído um complexo de compras.

4 – A administração da prisão

Um dos fatos mais curiosos sobre a prisão de Spandau diz respeito a sua administração. Foi feito um acordo para separar a prisão em quatro operações distintas, cada uma delas dirigidas por um país. Eram eles: a Grã-Bretanha, a França, a Rússia e os Estados Unidos. Cada um deles foi responsável pela administração da prisão durante três meses do ano.

5 – Os prisioneiros

A prisão dos sete nazistas expôs o comportamento e mentalidade dos oficiais nazistas. Em uma prisão enorme, com várias celas e espaços de convivência como capela, biblioteca, cantina e instalações de jardinagem, os sete nazistas optavam sempre pela solidão. Segundo relatos, os homens quase nunca compartilhavam da companhia uns dos outros.

6 – A administração dos russos

A cada três meses, mudava-se a administração da prisão, e os prisioneiros nazistas reclamavam constantemente do controle dos russos. Segundo relatos, os prisioneiros ganhavam peso durantes os meses americanos e perdiam peso durante os meses russos. Além disso, os presos reclamavam também dos holofotes muito claros mantidos durante à noite.

7 – Livro de memórias

Albert Speer, foi sentenciado como criminoso de guerra nos julgamentos de Nuremberg e passou 20 anos na prisão de Spandau. Nos seus primeiros 10 anos de reclusão, Speer escreveu o que futuramente se tornaria um livro, com a reunião de suas memórias durante a prisão. Um fato curioso é que muitas de suas anotações manuscritas que foram usadas no livro Dentro do Terceiro Reich e Spandau: Os Diários Secretos foram feitas em papel higiênico.

E você, já tinha conhecimento sobre a prisão de Spandau? Conta para a gente nos comentários.