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Pontes podem se tornar verdadeiros pontos turísticos, ou no caso de algumas, já serem feitas para esse propósito. Mas claro que independente do seu propósito, elas têm o mesmo objetivo: ligar um lugar ao outro. A construção de uma ponte pode demorar bastante. Por isso que quando ela finalmente fica pronta, é uma verdadeira celebração.
Esse foi o caso dessa ponte na Croácia que liga a região costeira do sul com o resto do país no Mar Adriático. Depois de uma espera muito longa, a ponte finalmente ficou pronta e foi aberta para o tráfego de veículos.
Até essa semana, antes de a construção ser aberta, os croatas tinham que passar pelo território da Bósnia-Herzegovina para fazer essa viagem. A chamada Ponte Peljesac tem 2,4 quilômetros de extensão e foi construída por uma empresa chinesa. Mas quem financiou a maior parte da sua construção foi a União Europeia.
Ponte
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A ponte foi inaugurada com uma festa que aconteceu na terça-feira dessa semana. Antes que os veículos fossem permitidos na ponte, 250 pessoas fizeram uma corrida a pé pela estrutura branca.
Na ocasião, várias pessoas também aproveitaram para passear pelo trecho inicial, enquanto barcos com a bandeira da Croácia navegavam entre as colunas que sustentam a estrutura.
Para a cerimônia de inauguração, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, enviou uma mensagem de vídeo. E o primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, estava bem entusiasmado com a inauguração. “Esta noite estamos unindo a Croácia!”, disse ele.
De acordo com Plenkovic, a ponte é uma necessidade e não um luxo. Depois da cerimônia de inauguração, que contou com fogos de artifício e buzinaço, o primeiro carro a cruzar a estrutura foi um Rimac Nevera, um carro esportivo elétrico fabricado na Croácia.
Ao todo, a União Europeia financiou 85% do valor, o que deu aproximadamente 361 milhões de dólares, cerca de 1,9 bilhão de reais. O valor foi retirado do fundo que é destinado a melhorias a vida cotidiana da população. Esse mesmo fundo também financiou estradas de acesso, túneis e outras obras de infraestrutura.
País dividido
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Em 1991, a Croácia se tornou independente depois que a antiga Iugoslávia foi dividida. Com as novas fronteiras, as duas partes da costa croata foram divididas.
Com a Bósnia, existe uma linha de 9 quilômetros de costa conhecida como Corredor de Neum. E o direito de acesso à Bósnia data de 1699, época em que a cidade de Dubrovnik cedeu Neum, na atual Croácia, ao então Império Otomano.
No entanto, como a Bósnia não faz parte da União Europeia, mas a Croácia sim, as pessoas que queriam viajar para o norte da cidade medieval na costa sul do Adriático, ou então atravessar da península de Peljesac para o continente, tinham que passar pelos dois pontos da fronteira.
Contudo, agora é possível que as pessoas viagem de um forma direta pela costa croata do Adriático através da nova ponte. E de acordo com as autoridades de Neum, Dragan e Jurkovic, a construção irá diminuir o tráfego na costa durante os meses de verão.
Problemas
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Mas não são todos que acreditam que a ponte trará apenas benefícios. Alguns empresários e comerciantes estão preocupados com um possível efeito negativo na economia da região.
Até porque, vários turistas, principalmente tchecos, poloneses e alemães, são visitantes regulares de Neum, onde os preços são mais baratos do que em Dubrovnik. Então, o que preocupa os empresários e comerciantes é que essa realidade mude e haja uma inflação na região.
Além disso, a ponte também gerou uma controvérsia internacional. A princípio, a Bósnia reclamou que a construção iria afetar seu acesso ao mar. Por conta disso, a Croácia concordou em aumentar a altura da ponte para 55 metros.
Outro ponto foi que a empresa estatal chinesa que ganhou o contrato para construir a ponte, a China Road and Bridge Corporation (CRBC), fez uma oferta bem menor que a dos concorrentes europeus. Isso fez com que uma empresa austríaca apresentasse queixa e alegasse que a CRBC estava recebendo algum tipo de subsídio do governo chinês.
Fonte: BBC
Imagens: BBC
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