Curiosidades

A origem da palavra “sinistro”

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A palavra “sinistro” pode ser definida de duas formas diferentes no dicionário. A primeira maneira sugere sinônimos como contratempo, infortúnio, mau agouro, funesto, ameaçador, temível, mau, pernicioso, desastre, calamidade e ruína.

O único significado que não poderia ser utilizado em uma resenha de filme ou série de terror é o fiel ao sentido original: que faz referência ao “esquerdo”. Essa definição da palavra sinistrum, a origem latina da palavra, é a segunda definição encontrada em dicionários.

As outras conotações acabaram surgindo por causa dos áugures, sacerdotes romanos que interpretavam sinais dos deuses, que podiam vir na forma de trovões ou na direção do voo dos pássaros.

Nessas literaturas, que eram realizadas quando uma autoridade estava perto de assumir o cargo, se o sinal acabasse aparecendo à esquerda era considerado uma manifestação negativa dos deuses, um mau augúrio. Com isso, o lado esquerdo começou a ser utilizado como metáfora para qualquer coisa negativa entre os romanos.

A superstição desapareceu com o cristianismo, que trazia ideias como as escritas no Evangelho de Mateus, que no fim dos tempos, Deus “colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda”, de acordo com esse trecho,  quem vai para o inferno fica à esquerda.

No italiano, “sinistro” ainda hoje significa as definições de “esquerda” e “macabro”. 

O português medieval derivou do basco ezker a palavra “esquerdo”, sem as conotações negativas citadas acima. Com isso, “sinistro” acabou sendo reservado para o lado sombrio das coisas. Porém, podemos citar outro caso de mudança de sentido, quando o termo “sinistro” significa coisas impressionantes, como no caso das pessoas que moram no Rio de Janeiro.

Como surgiu a expressão “dor de cotovelo”?

Foto: Reprodução

Usada para designar alguém que está com despeito, causado pelo ciúme ou a tristeza de ter sofrido alguma decepção amorosa, a origem da expressão “ter dor de cotovelo” está relacionada à clássica cena de alguma pessoa sentada em um bar, com os cotovelos apoiados no balcão enquanto mexe uma bebida em um copo e chora o amor que perdeu. De tanto tempo nessa posição, a pessoa acaba ficando com uma dor de cotovelo.

A expressão, incorporada nos dicionários de língua portuguesa, se tornou popular por causa do sambista Lupicínio Rodrigues. Lupe, como era conhecido, era um romântico incorrigível. O artista utilizou as suas várias desilusões amorosas como inspiração para compor.

Lupe costumava classificar sua dor de cotovelo em três categorias, de acordo com a intensidade. A primeira era a federal, que sempre acabava em uma bebedeira, a segunda era a estadual, quando era suportável, e por fim tinha a municipal, que não servia nem para criar um samba. Quase todos os sambas de Lupe mencionavam a dor de cotovelo.

Qual é a origem da palavra “maluco”?

Foto: Reprodução

A palavra “maluco” possui duas versões sobre a sua criação. A tradução foi registrada pelo etimólogo e historiador português José Pedro Machado.

“Maluco” originalmente vem das Ilhas Molucas, região da Indonésia, única fonte de noz-moscada e cravo, as mais caras das especiarias, que atingiam preços absurdos, um exemplo é que meio quilo de cravo valia 12 bois. Os nativos das Molucas enfrentaram os portugueses a partir de 1512. Para os portugueses, os moradores das Molucas pareciam loucos selvagens. 

Existe uma segunda versão para a origem dessa palavra. De acordo com a explicação científica, a palavra tem conexão indireta com o latim malus – mal. A loucura é um mal. “O étimo de maluco não está ligado diretamente ao latim malus, mas a um derivado do espanhol malo, este, sim, vinculado a malus”, explica Mário E. Viaro, do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa (USP)”. O especialista acrescenta que “maluco passou a significar ‘ruim da cabeça’ em português.”

Fonte: Aventuras na História

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