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Amantes separados em Aschwitz fazem o seu reencontro 72 anos depois

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Em 1944, os judeus David Wisnia e Helen Spitzer conseguiram sobreviver ao campo de extermínio nazista de Auschwitz. Ambos se conheceram em 1943, quando eram prisioneiros em Aschwitz , na Polônia, o maior campo de concentração, controlado pelos nazistas.

Apesar do plano de ficarem juntos após serem libertados, ambos foram separados pelas circunstâncias do momento. Incrivelmente, a vida os colocou juntos novamente. David Wisnia e Helen Spitzer se reencontram depois de mais de 70 anos. Tudo graças ao destino.

A história

Os dois se conheceram em Auschwitz, em 1943, de forma inusitada, afinal, os homens e as mulheres, no campo de concentração, eram mantidos separados. Os dois foram apresentados por um conhecido, que também era prisioneiro. Além disso, ambos tinham certos privilégios em Auschwitz.

Helen, que tinha conhecimentos de design gráfico, foi “promovida” a realizar serviços burocráticos. Como havia se machucado, não podia realizar trabalhos braçais. Já David, trabalhava com algo, digamos, mais mórbido. David recolhia os corpos de presos suicidas. Quando descobriram que o jovem era um cantor talentoso, acabou sendo forçado a entreter os soldados nazistas.

Por exercerem tais atividades, os dois podiam circular em meio ao campo de concentração com mais liberdade. Por isso, sempre que possível, ambos se encontravam. O último encontro, em contrapartida, ocorreu em 1944. Foi exatamente neste momento, que eles combinaram de se encontrar em um centro comunitário de Varsóvia, após serem libertos.

Após o último encontro, David foi transferido para o campo de concentração de Dachau. Mesmo separados, Helen e David conseguiram fugir. A fuga de David se deu logo após enfrentar um soldado nazista. Livre, se juntou aos combatentes das Forças Armadas dos Estados Unidos. Helen conseguiu escapar, na companhia de uma amiga.

O destino

Helen vivenciou sua liberdade por pouco tempo. Foi encontrada logo em seguida, e depois, foi levada para um campo de refugiados judeus na Alemanha. Em Nova York, David ganhava a vida vendendo enciclopédias em Nova York. Em 1947, ele conheceu Hope, sua futura esposa. Cinco anos depois, eles se mudaram para a Filadélfia.

O destino de Helen não foi tão diferente. A jovem se casou com o chefe de segurança do campo de refugiados, onde estava abrigada. Por muito tempo, ela e o marido se dedicaram à causas humanitárias. Por um determinado tempo, ambos viveram na Austrália. Os dois se mudaram para Nova York, em 1967, quando Helen se tornou professora de bioengenharia na Universidade de Nova York.

Mesmo tendo se casado, David sempre soube que Helen havia sobrevivido. Quando David descobriu que Helen vivia em Nova York, tentou marcar um encontro. Mas Helen nunca apareceu.

O tão sonhado encontro só foi ocorrer em agosto de 2016. Na ocasião, Helen, que já havia se tornado viúva, estava debilitada na cama, sem enxergar ou ouvir direito. Inicialmente, Helen não reconheceu David. Entretanto, minutos depois, toda uma história de amor, vivida em meio ao maior campo de concentração controlado pelos nazistas, veio à tona.

Neste mesmo momento, Helen revelou que, em Auschwitz, havia evitado que David fosse enviado à morte por cinco vezes. Helen ainda revelou que esperou por David em Varsóvia, após escapar da marcha da morte, mas ele nunca apareceu.

No fim do encontro, David cantou para Helen, uma canção húngara que ela havia ensinado a ele. Depois dessa ocasião, eles não se viram mais.

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