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Boneca travesti feita sob encomenda emociona dona

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Fazer parte da comunidade LGBTQIAP+ sempre foi algo difícil. Entre a comunidade, a visibilidade de pessoas trans é ainda menor. Felizmente, a cada dia que passa temos mais pessoas trans ocupando lugares e mostrando suas histórias, que servem de inspiração e motivação para tantas outras. Uma delas é a de Bárbara e sua boneca.

A mulher postou um vídeo em suas redes sociais para dizer o quanto estava apaixonada por sua boneca e descreveu o momento como “sonho-conquista”. O relato de Bárbara viralizou e ela recebeu vários elogios e respostas bem emocionadas.

Ela sempre teve uma relação com a figura da sereia desde pequena, e a criatura mística foi incorporada por ela em sua transição quando ela escolheu Iara como seu segundo nome, fazendo referência à sereia do folclore brasileiro.

“Eu fiz aula de natação desde muito novinha, e eu lembro que toda vez que entrava na piscina eu me imaginava como Ariel, da Disney. E era essa Ariel, com os cabelos incríveis e lindos, com uma cauda maravilhosa, que dançava e era livre no mar, mas que almejava o inalcançável”, lembrou.

Agora, Bárbara vê que pode ser inspiração para outras pessoas que tiveram ou têm uma infância com experiências parecidas com as que ela passou.  “O mito do filme ‘A Pequena Sereia’ tenta pensar nesse ser que deseja ser outra coisa que não é. E a cisgeneridade, a sociedade comum, acha que a gente representa uma farsa, que a gente deseja ser aquilo que a gente não é. Quando na verdade a grande felicidade está em ser exatamente aquilo que se é e poder conquistar o que a gente não podia, o que a gente foi proibida de realizar antes”, disse ela.

Boneca

G1

A boneca de Bárbara foi feita sob encomenda pela artista Mari Kazi, que Bárbara conheceu depois que uma amiga a indicou. Para que a boneca ficasse pronta foram três meses de produção.

“Boneca trans, é a primeira que eu faço. Eu trabalho com esse projeto de crochê em que eu represento as pessoas, e pra mim é muito gratificante fazer parte dessas histórias; já fiz bastante coisa para a comunidade LGBTQIA+. E eu acredito que seja o primeiro ‘amigurumi’ trans. Não vi nenhum outro até agora”, contou Mari.

O estilo de boneco de tricô feito pela artista chama “amigurumi”. Ele vem da junção das palavras japonesas “ami”, que significa malha ou tricô, e “nuigurumi”, que quer dizer bichos de pelúcias. Segundo Mari, o termo nasceu no Japão na década de 1980. Ela faz o trabalho com esse tipo de boneco há nove anos.

Para fazer seu trabalho, Mari usa o 3D para fazer a representação da pessoa. Além disso, ela conta que sua formação em exatas como engenheira florestal também a ajuda em seu processo de criação.

Na boneca feita para Bárbara, ela acrescentou detalhes como o cabelo, a cauda e o biquini nas cores da bandeira trans, azul, rosa e branca, e duas pintas sob os olhos.

Representatividade

G1

Além de Bárbara, recentemente outro marco aconteceu na história. A atriz Laverne Cox foi homenageada com uma Barbie, sendo a primeira boneca trans da história da marca.

De acordo com a Mattel, fabricante do brinquedo, o lançamento da boneca será para comemorar o aniversário de 50 anos da artista, nascida em 29 de maio de 1972.

A empresa disse que Laverne Cox “usa sua voz para amplificar a mensagem de ir além das expectativas da sociedade para viver mais autenticamente”.

A boneca da atriz virá com um vestido de tule drapeado em tom vermelho escuro junto a um body metálico. E junto com o brinquedo, a Mattel disse que está fazendo uma campanha de doações para a ONG TransFamilySOS.

Depois da notícia, ao falar sobre ser homenageada pela Barbie, a atriz afirmou que é algo “surreal” e “uma incrível honra”.

Fonte: G1

Imagens: G1

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