Curiosidades

Breaking Bad da vida real, ele cozinhou milhares de quilos de DMT em casa

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O caso é semelhante ao seriado Breaking Bad. Semelhante, até porque o que vamos contar aqui é real. Para explicar a história melhor, utilizaremos um nome fictício. Que tal Willem? Bom, goste ou não, será esse. Então, vamos lá. Willem transformou sua cozinha em um verdadeiro laboratório. Ali, em seu ‘escritório’, Willem produzia DMT. Para quem não sabe, DMT um composto psicodélico ilegal de triptaminas encontrado no corpo humano e em mais ou menos 60 espécies de plantas no mundo. De acordo com o médico Rick Strassman, a droga é “o primeiro psicodélico endógeno humano”.

Em uma única sessão de produção, Willem obtia 25 gramas de DMT. Basicamente, tal quantidade vale cerca de R$9.300. Acostumado com o método, nosso personagem, em um dia normal de trabalho, foi surpreendido pelo acaso. Um acidente. Devido ao infortúnio, Willem decidiu que o momento era ideal para uma pausa.

“Felizmente, o incidente não deixou marcas no meu corpo, mas deixou uma impressão”, esclarece. “Quando você ignora seus próprios limites, trabalhando mais tempo ou fazendo coisas demais de uma vez, você começa a cometer erros. E nesse negócio, erros podem custar sua vida”.

Em suma, Willem trabalhava todas as noites em sua cozinha. O dinheiro rápido fazia tudo valer a pena. Por quatro anos, nosso personagem foi fiel ao mercado negro global de drogas. Somente em 2017, Willem conseguiu movimentar cerca de €18,9 bilhões.

História

Além de produzir o composto psicodélico, Willem, que tem apenas 26 anos, também cultivava frutas e vegetais orgânicos. A ideia de transformar sua cozinha em laboratório, surgiu há quatro anos, quando tinha apenas 22. “Tudo começou com uma fascinação básica pela coisa”, explica.

Willem tinha 21 anos quando fumou DMT pela primeira vez. Época em que estava no colegial. Foi nesse momento, que a curiosidade ‘bateu’, como dizem os jovens. “Respirei fundo, dei três tragadas e, antes de colocar o cachimbo na mesa, eu estava num mundo completamente diferente. A droga bateu imediatamente. Tiraram o cachimbo e o isqueiro das minhas mãos. Estava na casa de um amigo. Naquele dia, eu perdi todo o controle”.

“Você não tem tempo para processar. Tudo acontece muito rápido”, diz. “Durante uma viagem como essa, você não sente medo. Nesse ínterim, tudo que você experimenta é uma sensação indescritível. Foi traumatizante, mas ao mesmo tempo, foi bonito”.

A partir daí, nosso personagem começou a pesquisar as origens do DMT na internet. Afinal, era preciso entender melhor sua experiência. Com base nas pesquisas, Willem percebeu que podia fabricar a droga em casa. Bastava, apenas, seguir alguns passos. “Uma reação ácido/base não é tão complicada. Além disso, a internet me ofereceu o necessário”, explica.

A empresa

Por R$620, Willem comprou os materias necessários para transformar sua cozinha em um laboratório. “Fazer aquele primeiro lote foi uma bagunça”, lembra. “Acabei com dois gramas de DMT. Me senti incrível, apesar de não saber se a primeira receita realmente funcionaria.”

Willem sabia que o certo era testar o produto. “A primeira vez foi muito tensa”. “Na época, eu estava na casa de um amigo com minha namorada. Eles sabiam que eu estava trabalhando nisso, mas quando realmente coloquei meu DMT caseiro na mesa, eles ficaram em silêncio. Decidi ir para o segundo andar e acender um cachimbo enquanto minha namorada observada. Não sei porque, mas eu tinha fé. Daria certo. E deu! Eu estava certo. Foi mágico”.

Um ano depois, Willem, após terminar a escola, tornou-se um relojoeiro. Ele trabalhou em um armazém cinco dias por semana. Nesse período, nosso personagem economizou R$6.200. Quantia suficiente para transformar seu laboratório em um ambiente de produção profissional.

O caminho foi árduo, mas nosso personagem, finalmente, aprendeu a cozinhar DMT. “Fora a droga em si, desenvolvi um amor e fascinação enormes pela química”, ele diz. “Eu ficava olhando o DMT por horas enquanto ele cristalizava nos frascos de vidro. A química acabou virando um tipo de pornografia”, brinca.

Clientes

Willem tornou-se um expert em produção de DMT. Agora, o próximo passo era conquistar a clientela. “De vez em quando, alguns amigos compravam uma dose, mas era só o que eu conseguia vender. Em certo ponto, produzi 300 gramas. Tudo valia €27 mil. Então, comecei a procurar outros tipos de investidores”.

Willem não revela como encontrou os magnatas. Entretanto, diz que os caras o trataram bem. “De repente, eu estava falando com homens de negócio de verdade. Caras ricos que mantinham a palavra e seguiam os contratos. O dinheiro começou a entrar rápido”.

“Foi nesse ponto que comecei a trabalhar em tempo integral. Virou um trabalho e tive que aceitar que eu estava desobedecendo a lei. No entanto, quanto mais profissional eu me tornava, maior era a adrenalina”.

“Entretanto, em um determinando momento, fui ficando muito paranoico”, diz. “Além disso, eu trabalhava por semanas direto, sem ver meus amigos.” Logo, o dinheiro não parecia valer todo o stress. “Eu achava que o dinheiro me faria feliz, mas faz tempo que não me sinto assim”, ele diz.

Liberdade

“Os caras com quem eu trabalhava na época queriam que eu começasse a produzir speed e ecstasy. O plano era me mudar para uma casa no meio do nada, equipada com um laboratório completo e todos os materiais e substâncias que eu precisava. Eu poderia trabalhar sem ser interrompido e fazer milhares de euros por mês”.

Ele pausa por um momento e engole seco. “Para mim, isso era ir longe demais. Eu estava cansado”, ele diz. “Por anos, passei muito tempo cozinhando drogas e inalando gases químicos, sob o risco de ser pego ou até de incendiar minha casa. Eu queria fabricar apenas o DMT e vendê-lo para os hippies. Quando produz speed ou cocaína, você acaba envolvido com um tipo de pessoa muito diferente”.

Desde o ano passado, Willem vem dissolvendo seu império de drogas. “A química sempre será um hobby. Mas os dias de fabricação hardcore acabaram”, diz. “Acho que tive sorte: nunca fui pego e acabei economizando uma boa grana. Mas, no final, o que eu queria era minha liberdade de volta”.

Willem acabou encontrando essa liberdade, sabe onde? No lugar menos provável. Na agricultura.

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