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Cometa do Diabo irá ser visto nos céus em 2024

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Resumidamente, o sistema solar fica em um dos espaços da Via-Láctea, que tem como sua formação pela estrela solar e por tantos outros corpos celestes ao seu redor. Mais especificamente, ele é formado pelo sol e mais 1.700 corpos celestes menores, entre cometas, asteroides e os planetas com seus satélites. O cometa pode ser um dos corpos mais interessante e curioso.

Dependendo do cometa, ele pode ser visto a olho nu. Outros acabam passando despercebidos até pelos olhos mais atentos. Por conta disso é possível que alguns deles sejam vistos pelas pessoas sem nenhum equipamento.

Em 2024, o Cometa do Diabo, também chamado de 12P/Pons-Brooks, deverá tomar conta do céu. A aproximação dele com o sol está prevista para acontecer em abril, e ele deve ser visível a olho nu durante alguns meses no céu noturno. Claro que isso já está chamando muito a atenção tanto dos astrônomos como dos entusiastas por esses fenômenos.

Cometa do Diabo

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Esse corpo celeste é chamado de Cometa do Diabo por conta da sua cauda de chifre que fica aparente nos seus períodos de maior atividade. Nesse ano irá começar uma nova etapa da jornada do cometa e o resultado disso promete ser bem impressionante.

O ciclo desse cometa dura aproximadamente 71 anos, e a partir de abril ele já deve começar a ser visível. Nessa época, a escala de brilho dele irá atingir uma magnitude de +4 e também irá acontecer o seu periélio. Contudo, ele vai poder ser visto até junho, época em que ele irá estar mais perto do nosso planeta.

De acordo com o astrônomo Richard Miles, ver esse cometa pode ser um verdadeiro espetáculo porque ele se comporta como um gêiser expelindo gelo e água periodicamente.

Esse corpo celeste tem aproximadamente 30 quilômetros de diâmetro e tem atividades criovulcânicas a cada 15 dias. Elas vão ficando mais intensas conforme o cometa vai se aproximando do sol. Até porque, ele vai se aquecendo e acumulando pressão até que uma erupção de monóxido de carbono e nitrogênio acabam liberando gelo e gás no espaço.

Quando essas explosões acontecem, elas criam visões espetaculares do cometa, especialmente por conta de um entalhe na sua crosta que acaba impedindo que o criomagma saia para o espaço. Por conta disso, a cauda dele tem um formato irregular, se parecendo com uma nave espacial de ficção científica ou com chifres, o que lhe dá seu nome de Cometa do Diabo.

Enquanto que seu nome científico, 12P/Pons-Brooks, é uma homenagem para os cientistas que descobriram esse corpo celeste: o astrônomo Jean-Louis Pons, em 1812, e William Robert Brooks, em 1883.

Maior

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Em 2021, os astrônomos detectaram os primeiros sinais de atividade em um cometa gigantesco. Os astrônomos da Nova Zelândia foram os primeiros que detectaram um coma, ou então uma zona de gás de poeira, que estava se espalhando em volta do megacometa chamado “C/2014 UN271”. Esse cometa também é conhecido como Bernardinelli-Bernstein. Ele pode ser mil vezes mais massivo do que um cometa típico. Tanto é, que ele pode ser o cometa mais massivo já encontrado na história.

A equipe de astrônomos que monitora as imagens capturadas pelo Observatório Las Cumbres (LCO) está espalhada pelo mundo todo. As imagens de um dos telescópios hospedados no Observatório Astronômico sul-africano ficaram disponíveis no dia 23 de junho de 2021 à meia-noite, que na Nova Zelândia era à tarde.

“As outras pessoas estavam dormindo”, lembrou Michele Bannister, membro da equipe da LCO, da Universidade de Cantuária, na Nova Zelândia.

Olhando pela primeira vez, Michele pensou que essas novas imagens eram inúteis por conta de um problema que sempre está presente nos satélites que atravessam o campo de visão dos telescópios.

“A primeira imagem mostrou o cometa obscurecido pelo rastro de um satélite. Mas então as outras foram claras o suficiente, e Deus: lá estava ele! Definitivamente um belo ponto felpudo, não totalmente nítido como suas estrelas vizinhas”, disse ela.

O que chamou atenção de Michele foi um coma “espumoso” que estava emergindo a uma distância incrível do sol. Depois de a imagem ser tirada, foi visto que Bernardinelli-Bernstein estava aproximadamente 19 unidades astronômicas (UA) do sol. Para se ter uma noção, uma unidade astronômica é a distância entre a Terra e o sol, aproximadamente 150 milhões de quilômetros.

Visto isso, esse cometa tem muita massa disponível para aquecer. Se estima que o núcleo de Bernardinelli-Bernstein seja enorme e tenha mais de 100 quilômetros de diâmetro. Isso é três vezes maior que do que o maior núcleo de cometa já visto, que era do cometa Hale-Bopp.

No entanto, infelizmente para os pesquisadores o cometa Bernardinelli-Bernstein não irá passar muito perto do nosso planeta para ser observado. O mais próximo que ele chegará será além de Saturno, em janeiro de 2031.

Um ponto positivo é que os astrônomos têm uma década para planejar como eles observarão esse cometa.

“Agora há um grande número de pesquisas, como o Zwicky Transient Facility e o próximo Observatório Vera C. Rubin, que estão monitorando partes do céu todas as noites. Essas pesquisas podem fornecer alertas se um dos cometas mudar o brilho de repente. Então podemos acionar os telescópios robóticos da LCO para obter dados mais detalhados”, concluiu im Lister, cientista da equipe da LCO.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital

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