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Conheça a Maldição da 9ª Sintonia de Beethoven

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Se você é do tipo que gosta de música clássica, com toda certeza, já ouviu falar sobre a maldição que rege o universo da nona sinfonia. Em suma, é uma crença, antiga por sinal, na qual algumas pessoas acreditavam que os compositores estavam fadados a morrer, durante ou depois de escrever sua nona sinfonia.

A superstição se desenvolveu durante o final do período romântico e, aparentemente, a teoria parece ter, sim, alguma base de fato. Bom, Beethoven, Schubert, Dvořák e Vaughan Williams são alguns exemplos de compositores, que morreram depois de completar seus nonos.

Poucos são os que se enquadram na crença. Anton Bruckner é um deles. O compositor morreu com seu nono inacabado. Ah, Mahler é outro. Mahler contraiu pneumonia enquanto escrevia seu décimo. No entanto, existem motivos que transformam Mahler, em vítima da superstição.

As vítimas

Gustav Mahler, que escreveu algumas das sinfonias mais gloriosas do final do século XIX e início do século XX, foi um dos primeiros compositores que demonstrou acreditar na famosa superstição, em torno da nona sinfonia. Ele acreditava tanto, que até ficou obcecado com a ideia. Ao lembrar de Beethoven e Bruckner, Mahler resolveu desenvolver um plano astuto, para tentar vencer a maldição.

Nesse ínterim, após completar sua oitava sinfonia, Mahler decidiu compor uma música (Das Lied von der Erde). A obra, em sua essência, era, na verdade, uma sinfonia. Entretanto, Mahler recusou denominar a obra como tal. Assim que terminou Das Lied von der Erde, Mahler decidiu seguir trabalhando.

Enquanto criava seu décimo, o compositor morreu, em 1911, aos 51 anos. Como não definiu Das Lied von der Erde como sua nona sinfonia e não terminou seu décimo, aparentemente, para muitos, Mahler morreu provando que a teoria estava certa.

Arnold Schoenberg, compositor fortemente influenciado pela obra de Mahler, descreveu a Maldição do Nono, em um ensaio sobre o compositor: “Quem quer ir além deve passar. Parece que algo nos pode ser dado na Décima, coisa que ainda não deveríamos saber, coisa para a qual não estamos preparados. Aqueles que escreveram um nono ficaram muito próximos do outro” relatou.

A verdade

Mahler, na época em que criava suas composições, sabia que as únicas vítimas, da suposta maldição, foram Beethoven e Bruckner. Em contrapartida, Mahler não tinha ideia que a nona sinfonia de Schubert, em tal momento, era conhecida como a sétima.

Além disso, a Nona Sinfonia do Novo Mundo de Dvořák, durante os vívidos tempos de Mahler, também não era considerada uma nona. Em suma, o nono de Dvořák foi publicado como sendo sua Sinfonia número cinco

Outro compositor, que se enquadra na crença, é Spohr, que escreveu e completou uma décima sinfonia, mas a retirou. Analogamente, também morreu após ter criado seu nono.

Como dissemos no início da matéria, aparentemente, Bruckner é um dos poucos que não foi vítima da maldição. O compositor morreu antes de completar sua nona sinfonia. Ou seja, havia criado apenas oito.

Por isso, acreditar na teoria só faz sentido se você se se concentrar nos compositores dos séculos 19 e 20. Além de Bruckner, diversos outros não se enquadram.

Por exemplo, Shostakovich escreveu 15 sinfonias e Heitor Villa-Lobos escreveu 12. Já Mozart, escreveu 41 sinfonias, enquanto Haydn escreveu impressionantes 104. Há ainda as 327 sinfonias casuais de Leif Segerstam, que quebram também tal estigma.

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