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Conheça a misteriosa cidade azul do Marrocos

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A cidade de Chefchaouen, no Marrocos, é capaz de arrancar suspiros em qualquer um. Chamada de pérola azul, a cidade de Chefchaouen fascina os visitantes com sua arquitetura deslumbrante e seus edifícios totalmente azuis.

Sua notável história teve início no século 15, ou seja, durante a Idade Média. Em tal período, sua estrutura serviu como assentamento para refugiados para judeus, mouros e outras tribos locais. Apesar de sua rica história ter sido registrada com detalhes, as origens exatas das impressionantes fachadas azuis da cidade ainda seguem sendo um mistério.

Não se sabe ao certo quando a cidade foi dominada pelos incríveis tons de azul. No entanto, acredita-se que a cor tenha tomado conta de sua estrutura para manter a exacerbada quantidade de mosquitos afastados. Para muitos, a explicação tem até um certo fundamento, porém existem pessoas que acreditam que outro tópico explica de forma mais concisa a presença da cor em questão.

De acordo com alguns historiadores, o azul invadiu a cidade por causa dos refugiados judeus. Em síntese, para o povo, a cor carrega um significado religioso. Independente do motivo, o fato é que a cidade é incrivelmente bela, afinal, seu atraente design continua conquistando os corações tanto dos moradores locais como dos turistas que passam pela região.

Chefchaouen está localizada a cerca de duas horas da cidade de Tânger. A cidade, além disso, está alinhada com as montanhas Rif. Embora o local seja dominado pelo azul, outras cores também prevalecem em certas partes.

O nascimento da cidade azul

Durante o final do século 15, o rei Ferdinando II de Aragão e sua esposa, Isabella I de Castela, estabeleceram a Inquisição Espanhola como parte de uma campanha para instituir o catolicismo. Portanto, aqueles que possuíam outras religiões – principalmente muçulmanos e judeus – foram forçados a escolher entre converter-se ou o exilar-se.

Longe de optar pela adoção de uma nova identidade religiosa, muçulmanos e judeus se viram obrigados a fugir. Muitos, em tal ocasião, migraram para a América do Norte, já outros para o Marrocos. E foi exatamente aí que Chefchaouen nasceu.

A cidade azul foi fundada em 1471. Inicialmente, era apenas um mero assentamento de refugiados. Chefchaouen só ganhou ares de cidade quando foi conquistada pela Espanha, no início do século XX. Logo, Marrocos reconquistou a cidade.

Apesar de sua diversidade, hoje, a maioria dos residentes são muçulmanos, mas os locais sempre fizeram questão de manter a velha tradição de pintar suas casas de azul. Para tentar manter o mesmo tom em certos locais, a produção da tinta é estabelecida por fórmula especial. Em síntese, os locais usam água, giz e pigmento.

As diferentes tonalidades despertam o sentimento de calma naqueles que se aventuram por suas ruas estreitas. Por causa disso, a pequena cidade é frequentemente comparada à Santorini, na Grécia, famosa por seu exterior imaculado, tanto pelo azul, como pelo branco.

Até hoje, historiadores e especialistas seguem tentando descobrir o que ocasionou a presença do azul. Em suma, as opiniões seguem divididas. Enquanto alguns apostam que a cor se manteve por todos esses anos por conta dos judeus que povoaram a área pela primeira vez, outros afirmam que é para manter os mosquitos afastados.

Além disso, há também aqueles que acreditam que o azul foi a única saída para manter as temperaturas baixas na cidade. Um artista local contesta todas essas teorias, sugerindo, em vez disso, que a cor significa nada mais é a essência da própria cidade.

“O azul foi escolhido porque alivia os olhos, especialmente no verão, quando o sol está forte”, disse o artista Mohsine Ngadi. “Ninguém está com pressa aqui, não existe ninguém ansioso; o estresse não existe”.

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