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Conheça o ”arroz dourado” que pode salvar milhões de vidas

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Certamente, você já ouviu falar nos alimentos geneticamente modificados. Também conhecidos como transgênicos, são aqueles que sofrem modificações genéticas, baseadas em organismos que, por meio da engenharia genética, sofrem algumas alterações em seu DNA. Mas qual seria o objetivo de tudo isso? Simples, a intenção é que os alimentos sejam mais resistentes a herbicidas, toxinas que atuam contra pragas em plantações.

A verdade sobre o desenvolvimento dos organismos geneticamente modificados é que, apesar da tecnologia só ter se desenvolvido por volta da década de 1970, muitos alimentos popularmente conhecidos já haviam sofrido mudanças antes disso.

A intenção é que esses alimentos também se tornem mais nutritivos para nosso consumo. No entanto, muitas pessoas levantam a bandeira de que alimentos do tipo, na verdade, podem ser um risco para nossa saúde.

Embora cientistas afirmem que é um método seguro, os organismos geneticamente modificados (OGM) são uma fonte contínua de controvérsia.

Transgênicos

Mas vários cientistas acreditam que os alimentos OGM podem ajudar a acabar com a desnutrição em todo mundo. E uma colheita, chamada arroz dourado, poderia já ter evitado milhões de mortes se não tivesse o uso restrito.

Vários países do mundo têm o arroz branco como base de sua alimentação. Mas ele carece de de vários micronutrientes essenciais. E por isso, acredita-se que uma, em cada três crianças com menos de cinco anos de idade, sofra com uma deficiência de vitamina A (DVA). Essa condição causa cegueira e enfraquece o sistema imunológico.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, até 500 mil crianças ficam cegas anualmente por causa do DVA. E metade dessas morre, um ano depois de perder a visão.

Inovação

Em 2000, a solução para o problema parecia ter sido encontrada. Quando os biólogos celulares, Peter Beyer e Ingo Potrykus, publicaram sua criação, o arroz dourado. Ele era uma versão geneticamente modificada do arroz branco. Ele tinha sido adaptado para produzir um pigmento laranja, chamado beta-caroteno, que o corpo usa para fabricar vitamina A.

Mas duas décadas depois, várias restrições globais impediram que o arroz dourado fosse disponibilizado para as pessoas, que realmente precisavam dele. O jornalista Ed Regis conta, em seu livro, a história do arroz dourado e avalia os obstáculos que ele encontrou para chegar nas pessoas.

Proibição

Grandes grupos, como o Greenpeace, fizeram oposição aos OGM. Mas segundo Regis, a maior barreira foi um tratado internacional, chamado Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança. Ele foi aprovado em 2003, onde fez a base de várias restrições, que tornaram o desenvolvimento de testes e a distribuição do arroz dourado, quase que impossíveis.

Mas Regis afirma que as restrições são responsáveis por milhões de crianças perderem a visão e até mesmo a vida nos últimos 20 anos. Mas, felizmente, parece que essa situação está prestes a terminar.

Em 2018, o arroz dourado foi finalmente aprovado nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Esses países podem não ter a maioria das pessoas que precisam consumir esse arroz. Mas isso abriu caminho para que muitos outros países em desenvolvimento, onde estão as pessoas que necessitam desse produto, possam seguir o exemplo.

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