Curiosidades

Crânio de criança descoberto aumenta o mistério de como os ancestrais humanos tratavam seus mortos

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Em suma, os povos antigos escondem diversos segredos que, até hoje, não se revelaram. Por isso, estudiosos dedicam suas vidas em busca de informações que nos façam entender um pouco mais de como era o mundo. Nesse interim, as constantes descobertas  arqueológicas têm ajudado a definir cada vez mais o passado. Em suma, é por meio dessas descobertas, que entendemos melhor as culturas que fizeram parte da história. Ademias, é por conta dos inúmeros estudos científicos, que mudamos completamente a nossa compreensão do passado.

Em suma, os mistérios que norteiam os acontecimentos históricos vão se revelando e sendo desvendados pela sede incessante dos pesquisadores, que buscam incansavelmente respostas para uma gama de lacunas.

Como por exemplo, essa descoberta de fragmentos de crânio de uma criança em uma caverna de difícil acesso na África do Sul. Ela reacendeu especulações a respeito de que nossos ancestrais prestavam atenção especial aos seus morto. O ritual que eles faziam nos separava dos outros animais.

Descoberta

De acordo com alguns relatos, o sistema da Caverna da Estrela Ascendente na África do Sul é um ponto de inflexão para a humanidade. É quando os hominídeos pegaram seus mortos e os esconderam.

Até o momento, as evidências do enterro deliberado eram na melhor das hipóteses, circunstanciais. Contudo, nessa nova descoberta alguns pedaços de crânio enfiados em uma fenda pode convencer mais alguns antropólogos a levar essa possibilidade a sério.

Esses fragmentos descobertos são de um jovem Homo naledi, uma espécie extinta de humanos que se sabe bem pouco a respeito. A descoberta dessa espécie foi há pouco menos de 10 anos, mas envolveu a descoberta de um tesouro relativamente grande de restos mortais.

Desde essa descoberta, outros quase dois mil pedaços de ossos foram coletados dos sedimentos da Caverna da Estrela Ascendente. E a partir deles, os pesquisadores conseguiram determinar alguns fatos.

Observações

Um desses fatos é que eles representam uma espécie com cérebros arcaicamente pequenos e com uma constituição robusta de um Australopithecus, mas combinados com várias características humanas. E outro fato é que todos morreram entre 236 e 335 mil anos atrás.

Além disso, existe uma outra pista a respeito do modo de vida deles. O local onde eles foram encontrados, chamado Câmara Dinaledi, não é de fácil acesso. Isso levanta a hipótese de que os corpos tenham sido colocados ali por membros da própria comunidade.

Essa hipótese dividiu os especialistas em 2016 quando foi levantada em uma reunião da Associação Americana de Antropólogos Físicos. Até mesmo  Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand em Joanesburgo, que liderou a descoberta não queria tirar conclusões precipitadas.

“É muito cedo para dizer como os corpos de H. naledi entraram na câmara”, disse Berger.

Entretanto, Berger e sua equipe publicaram um novo estudo a respeito de um conjunto bastante especial de restos de H. naledi que chamaram de Leti, vindo de uma palavra setswana que significa “o perdido”.

Mistérios

Os pesquisadores não tinham uma ideia clara do quão rápido a espécie se desenvolve. Por isso, eles só podiam imaginar a idade de Leti. E fazendo uma comparação com fósseis parecidos, eles o colocaram na categoria “juvenil precoce”. Entretanto, seu cérebro, com cerca de 480 a610 centímetros cúbicos de volume, estaria quase totalmente crescido.

“O tamanho do cérebro de Leti o torna muito comparável aos membros adultos da espécie encontrada até agora”, disse a antropóloga Debra Bolter, co-autora do estudo e especialista em crescimento e desenvolvimento da Universidade de Witwatersrand.

Essa descoberta trouxe detalhes vitais para o conhecimento desse mosaico de humanos arcaicos e modernos. E o lugar onde Leti estava enterrado ainda é um ponto de curiosidade a respeito de como ela foi parar lá.

Se encontrou Leti dentro de uma passagem bem apertada. E sem sinais claros de predação, ou influência da água é difícil imaginar como os ossos chegaram lá. Até o momento só se encontrou o crânio. O que faz com que qualquer conclusão sólida ainda seja difícil de ser formada.

“A descoberta de um único crânio de criança, em um local tão remoto dentro do sistema de cavernas, adiciona mistério sobre como esses muitos restos vieram a esses espaços remotos e escuros do sistema Caverna da Estrela Ascendente. É apenas mais um enigma entre muitos que cercam este fascinante parente humano extinto” concluiu Berger.

Fonte: https://www.sciencealert.com/discovery-of-child-s-skull-fragments-reignite-debate-over-the-origins-of-human-burial

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