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É possível torturar um robô?

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No filme futurista ‘Eu, Robô’, de 2004, é contada a história ocorrida numa realidade onde os robôs servem os humanos, e tem uma programação específica com uma regra máxima de jamais machucarem qualquer ser humano. Entretanto, quando o Dr. Miles aparece morto, começam a surgir suspeitas de que o assassino não tenha sido um humano, mas sim uma máquina.

O filme, que é baseado num livro homônimo, retrata um medo que tem acompanhado o homem desde que os robôs começaram a aparecer na sociedade: será que um dia as máquinas poderão se revoltar contra o homem? Bem, é algo de se pensar não é? Mas e se quando é contrário? E quando é um ser humano que decide tentar causar “dor” a uma máquina? É possível torturar um robô?

Pelo menos uma pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Kate Darling, constatou que não. Ela descobriu através de uma engraçada experiência que, se um robô parece estar vivo e com uma personalidade própria, qualquer simulação de sentimento nos obriga a ter empatia com a máquina, mesmo sabendo que se trata de uma coisa artificial.

No experimento da Dra. Darling, ela pediu que vários voluntários brincassem por um tempo com robôs Pleo, um dinossauro de pelúcia verde que serve como brinquedo. Porém, depois de ver todos se divertindo e achando ‘bonitinho’, a Dra. Darling entregou facas e machadinhas para os participantes e pediram que eles “machucassem” o quanto pudessem os dinossauros-robôs. O que veio em seguida, impressionou a pesquisadora: a maioria se recusou a fazer isso por pena, e os que tentaram quase choraram.

Pleo_Toy_Dinosaur

Já na Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, pesquisadores utilizaram um aparelho de ressonância magnética e outros para acompanhar as reações de voluntários a um vídeo que mostrava uma pessoa torturando um dinossauro Pleo.

Os resultados mostraram respostas emocionais intensas de pena, tristeza e desconforto ao ver o fofo dinossauro sofrendo “dor”. Ou seja, mesmo sabendo que é algo que não tem vida, não tem sentimentos e nem sente dor, se o robô reproduzir palavras ou expressões parecidas com as humanas nós, humanos, temos um impedimento natural de lhes fazer mal.

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Não temos problemas em nos desfazer ou quebrar máquinas como liquidificadores, torradeiras ou computadores, mas se a máquina possui expressão humana e é programada para reproduzir atitudes humanas, o nosso instinto natural simplesmente não nos permite causar dano à ela.

E você, é do tipo que também não tem coragem de machucar um robozinho?

Fonte: BBC

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