Ciência e Tecnologia

Entenda como a Rússia e a China fizeram experiências que mudaram a atmosfera da Terra

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Ondas de rádio de alta frequência foram utilizadas pela Rússia e a China em uma série de experimentos para tentar modificar a atmosfera da Terra. Diretamente de uma instalação russa chamada Sura Ionospheric Heating Facility, próximo a Vasilsursk, a leste de Moscou, foram emitidas ondas de rádio de alta frequência para manipular a ionosfera.

O satélite China Seismo-Eletromagnético (CSES) media os efeitos dos distúrbios no plasma orbital. Esta não é a primeira vez que este tipo de pesquisa tem sido realizada, mas isso tem despertado preocupação sobre as possíveis aplicações militares deste tipo de ciência.

Os experimentos

A ionosfera e o gás ionizado (plasma) são de suma importância para  a comunicação de rádio. A manipulação das partículas que compõem essa parte da atmosfera superior pelos cientistas, ou pelos governos, poderiam, ao menos em teoria, aumentar ou até mesmo bloquear sinais de rádio de longo alcance.

Em um dos experimentos, a área afetada na ionosfera supostamente cobriu 126 mil quilômetros quadrados. Em um outro teste, o plasma na atmosfera aumentou em calor em 100 graus Celsius. No entanto, os pesquisadores envolvidos afirmaram que as pesquisas são puramente cientificas e inofensivas para atmosfera.

“Não estamos brincando de Deus. E não somos o único país que se uniu aos russos. Outros países fizeram coisas semelhantes.”, afirmou um dos pesquisadores cuja identidade não foi revelada em um entrevista ao South China Morning Post. E, ao menos nesse ponto, não há disputas.

As tecnologias e a segurança

A base russa Sura foi construída pela União Soviética no início dos anos 1980, e teria servido de inspiração para uma instalação de aquecimento atmosférico nos Estados Unidos chamada HAARP (High Frequency Active Auroral Research Program), construída no Alasca cerca de uma década depois.

O HAARP é uma instalação de bombas ionosféricas mais poderosa do que a Sura, que foi parcialmente financiada pelos militares dos EUA e é atualmente administrado pela Universidade do Alasca Fairbanks. No entanto, as Forças Aéreas estadunidenses não desistiram da manipulação atmosférica.

Recentemente aconteceu o lançamento de bombas de plasma de partículas carregadas na atmosfera superior para testar como isso afetaria a ionosfera. A China tem construído a sua versão do HAARP na cidade de Sanya, na província de Hainan, no sul da China e, segundo informações do periódico chines acima citado, poderia manipular a ionosfera sobre todo o Mar dos Sul da China.

Não há provas de que algo nocivo a atmosfera ou ao mundo, de alguma forma, esteja acontecendo. No entanto, todo cuidado e pouco. Esse campo da ciência já foi ponto central em muitas teorias conspiratórias. Porém, até mesmo alguns membros da comunidade cientifica acharam os anúncios sobre alguns experimentos um pouco estranhos.

“Essa cooperação internacional é muito raro para a China. A tecnologia envolvida é muito sensível.”, afirmou o físico e engenheiro Guo Lixin da Universidade de Xidian da China.

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