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Esse crocodilo estranho com chifres pode representar um novo galho na árvore da vida

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Os fósseis nos ajudam a dar asas à imaginação quando se fala do passado. Eles são recursos que podem transformar os pensamentos sobre como teria sido a vida, ou algum animal, em respostas científicas. Eles são encontrados e estudados há muito tempo. Podem ser encontradas partes do corpo, como ossos e dentes, e até pegadas que deixaram em diferentes lugares do mundo. E alguns fósseis parecem ter sido congelados no tempo de tão bem preservados.

E quando eles são encontrados por equipes especializadas que cruzam diferentes informações, podemos entender muito mais sobre criaturas que caminharam sobre o nosso planeta há milhares ou milhões de anos.

Agora, segundo um novo estudo, um extinto crocodilo com chifres que vivia em Madagascar finalmente encontrou o seu lugar na árvore da vida depois do estudo feito com dois crânios que estavam guardados no Museu Americano de História Natural.

Estudo

Os pesquisadores se basearam no DNA antigo extraído dos espécimes do museu, e postularam que o crocodilo com chifres estava ligado, de forma íntima, com os crocodilos “verdadeiros” modernos que vivem nos trópicos. Mas que ele fica em um galho adjacente da árvore genealógica dos crocodilos que viveu junto há 25 milhões de anos.

Essa descoberta reajusta o pensamento científico a respeito das relações evolutivas dos crocodilos com chifres, que recentemente tinham sido classificados como parentes dos crocodilos anões.

Além disso, o estudo sugere que o ancestral dos crocodilos modernos provavelmente teve origem na África e vai, de algum jeito, resolver  controversa de longa data que gira em torno da história evolutiva do crocodilo com chifres.

Crocodilo com chifre

Os crocodilos com chifre tem esse nome por conta das saliências ósseas incomuns no topo das suas cabeças. Eles são conhecidos hoje como Voay robustus, e andavam por Madagascar ao lado de outro crocodilo mais esguio, segundo os relatos dos primeiros exploradores.

E enquanto o crocodilo do Nilo, que ainda vive na ilha até hoje e é o maior e mais comum crocodiliano em toda a África, os crocodilos com chifre foram extintos depois que os humanos chegaram nas costas de Madagascar, cerca de nove mil anos atrás.

“Eles desapareceram um pouco antes de termos as ferramentas genômicas modernas disponíveis para dar sentido às relações entre os seres vivos. E ainda assim, eles foram a chave para entender a história de todos os crocodilos vivos hoje”, disse o autor do estudo, Evon Hekkala, ecologista comportamental que se tornou geneticista conservacionista na Fordham University em Nova York.

Com razão, os crocodilos com chifres tem sido o foco de um intenso estudo e debate entre os paleontólogos. E mesmo depois de 150 anos de investigações, os pesquisadores não conseguiram chegar a um consenso sobre onde colocar o crocodilo com chifres de Madagascar n árvore da vida.

Lugar

Inicialmente, ele foi descrito como uma nova espécie do “crocodilo verdadeiro” junto com o crocodilo do Nilo. Contudo, os cientistas pensaram que eles tinha mais em comum com os crocodilos anões.

E grande parte do problema é que os crocodilos são animais que se parecem muito com seus ancestrais fossilizados que viveram há aproximadamente 250 milhões de anos. E essas semelhanças fazem com que fique difícil descobrir as relações entre os crocodilos modernos e os seus ancestrais.

“Estamos tentando chegar ao fundo da grande diversidade que existe entre eles”, concluiu Hekkala.

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