Ciência e Tecnologia

Nasa revela qual som um buraco negro faz

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Já pensou em saber que som você escutaria se estivesse perto de um buraco negro? Bom, possivelmente você não poderia aproveitar o barulho por muito tempo, pois esse corpo tem uma gigante força gravitacional que te transformaria em pedacinhos. No entanto, a Nasa conseguiu encontrar uma maneira de você ter essa experiência na segurança da Terra.

Na última quinta-feira (5), a agência espacial norte-americana divulgou um som capturado pelo telescópio espacial Chandra. Basicamente, quem aprecia o registro sonoro se sente morando perto de uma rodovia movimentada e de um vizinho que está aprendendo a tocar piano. Ainda que haja paralelos, essa experiência auditiva é única.

Sonificação

A princípio, a tecnologia que capturou esse som do buraco negro tem um uso um pouco diferente deste último. Em síntese, a sonificação serve para traduzir informações que não são audíveis a nós seres humanos.

Dessa forma, ela pega elementos como informações sobre eventos astronômicos e tenta criar um som que transmita o barulho que o fenômeno deve gerar. No entanto, no caso deste corpo espacial, a sonificação teve uma aplicação mais precisa com a realidade sonora do objeto de estudo.

Afinal, as expressões auditivas do buraco negro são ondas sonoras que se produziram de forma natural. Ou seja, ao olhar os dados do telescópio espacial Chandra, os cientistas encontraram o registro desse barulho, cabendo a eles apenas traduzir para uma frequência audível ao ser humano.

Fonte: Pixabay

Nesse sentido, costuma surgir a pergunta: como o som se propagou no vácuo até chegar nos microfone do Chandra? Acontece que esse buraco negro se encontra em uma região muito específica.

Isso porque o corpo colossal em questão está em um aglomerado de galáxia com nome Perseu. Logo, muitos gases circulam no espaço entre essa grande massa e o telescópio espacial. Por isso, foi possível capturar as ondas sonoras que o buraco negro faz enquanto suga matéria.

Interesse da ciência

Em suma, os buracos negros são regiões que têm uma massa muito acima de o planetas e astros. Em geral, esses corpos existem no lugar de estrelas supermassivas que morrem no decorrer do tempo. Com isso, esse “substituto” deforma o espaço-tempo, criando uma zona em que nem a luz consegue passar.

Vale lembrar que o tamanho dessas fissuras pode variar muito. Enquanto alguns são bem maiores que o nosso sol, outros têm o tamanho de um átomo. Ainda assim, a força gravitacional que se emana desse objeto minúsculo ainda é capaz de mudar os rumos de uma galáxia.

Fonte: Brasil Escola

A propósito, os buracos negros não são fendas que sugam tudo o que está ao redor. Afinal, é preciso atingir uma distância mínima para que esses corpos te puxem para os centros deles. O nome dessa distância é horizonte de eventos, e se aplica tanto para os buracos negros quanto para planetas ou astros. Ou seja, se a lua estivesse a um intervalo de espaço mais curto em relação à Terra, nosso planeta sugaria o satélite natural, gerando uma forte colisão com a superfície terrestre.

Em síntese, esses corpos cheios de mistérios são as provas concretas da procedência do que dizia Albert Einstein. De acordo com o físico alemão, objetos de grandes massas deformam o espaço-tempo. Assim, cria-se um bolsão no qual outros corpos mais leves caem, tal como os buracos negros fazem com asteroides e feixes luminosos de bobeira ao seu redor.

Som e Imagem

Inclusive, justamente por “barrar” a iluminação, o registro fotográfico de uma fenda dessa era uma tarefa muito difícil. Isso porque a luz chega no buraco negro e fica por lá, sem refletir. Logo, as câmeras dos telescópios ficavam de mãos atadas na hora de bater uma foto desse corpo.

Todavia, em 2019, cientistas flagraram o exato momento em que a força centrípeta do buraco negro gera um disco enorme de gases. Nesse entorno, diversas cargas elétricas estavam sendo aceleradas, o que resulta em produção de ondas eletromagnéticas das mais variadas tipagens. Entre elas, está a energia luminosa, a qual possibilitou a visualização do contorno deste objeto que intriga os astrônomos todos os dias.

Fonte: Event Horizon Telescope collaboration

Fonte: G1.

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