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Esse fóssil enigmático da Ilha de Wight revela dois novos dinossauros predadores

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Em suma, os fósseis nos ajudam a dar asas à imaginação quando se fala do passado. Eles são recursos que podem transformar os pensamentos sobre como teria sido a vida, ou algum animal, em respostas científicas. Se acha e estuda há muito tempo. E se pode encontrar partes do corpo, como ossos e dentes, e até pegadas que deixaram em diferentes lugares do mundo. E alguns fósseis parecem ter sido congelados no tempo de tão bem preservados.

Os paleontólogos do Reino Unido encontraram ossos na Ilha de Wight que se acredita pertencer a duas espécies novas de dinossauros predadores. Isso porque os ossos sugerem que eles eram pertencentes a espécies de espinissaurídeos, que é a família dos terópodes que inclui o gênero conhecido Spinosaurus.

Descoberta

Entre 2013 e 2017 foram desenterrados uma coleção de mais de 50 ossos. Se retirou vários deles em uma escavação em uma praia perto da vila de Brighstone. E nessa parte existe uma feição geológica rica em fósseis chamada Formaçao Wessex. Ela data do período cretáceo inferior e tem um acesso relativamente fácil.

E quando o assunto é descobertas icônicas de espinossaurídeos, o surpreendente Baryonyx walker, encontrado em uma pedreira em Surrey em 1983, criou um cenário para que os paleontólogos conseguissem descrever esse grupo específicode animais.

De acordo com Chris Barker, da Universidade de Southampton e autor principal do novo estudo, os crânios desses ossos recém encontrados “diferem não apenas do barionix, mas também uns dos outros. Sugerindo que o Reino Unido abrigava uma diversidade maior de espinossaurídeos do que se pensava anteriormente”.

Dinossauros

O co-autor Darren Naish, especialista em dinossauros terópodes, disse que a descoberta era ao mesmo tempo esperada e surpreendente. “Há algumas décadas sabemos que dinossauros semelhantes ao Baryonyx aguardavam descoberta na Ilha de Wight, mas encontrando o os restos de dois desses animais em sucessão próxima foram uma grande surpresa”, disse ele.

Se conhece os espinossaurídeos por seus crânios grandes parecidos com os de crocodilos. Os cientistas acreditam que sua fisiologia teria ajudado esses animais a encontrarem presas nos ambientes aquáticos e terrestres.

“Uma dieta ‘generalista’ ou variada pode ter incluído uma variedade de presas terrestres e aquáticas e foi potencialmente influenciada pelo tamanho individual ou habitat. Foi sugerido que os espinossaurídeos se tornaram cada vez mais aquáticos durante sua evolução e que táxons altamente modificados como o Spinosaurus se dedicaram a predação subaquática”, escreveram os autores.

“Pode parecer estranho ter dois carnívoros semelhantes e intimamente relacionados em um ecossistema, mas isso é realmente muito comum para dinossauros e vários ecossistemas vivos”,  acrescentou David Hone  da Queen Mary University de Londres, outro co-autor.

Espécies

Dessas duas espécies recém identificadas, a primeira se chama Ceratosuchops inferodios, que se traduz como “garça-do-inferno com cara de crocodilo com chifres”. O nome veio do seu provável estilo de caça.

A segunda espécie se chama Riparovenator milnerae, que quer dizer “o caçador de margens do rio de Milner”. O nome veio como uma homenagem à paleontóloga britânica Angela Milner.

Embora os restos dos esqueletos estivessem incompletos, os pesquisadores acreditam que tanto o Ceratosuchops quanto o Riparovenator teriam medido aproximadamente nove metros de comprimento.

Os pesquisadores fizeram mais do que descreverem esses dois novos predadores. Eles também observaram que sua análise, contrastada com algumas pesquisas anteriores, vão de encontro com a descoberta de que os espinossaurídeos evoluíram pela primeira vez na Europa, seguidos por duas migrações no cretáceo para a África.

Fonte: https://www.sciencealert.com/enigmatic-fossils-from-the-isle-of-wight-reveal-2-new-predatory-dinosaurs

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