Ciência e Tecnologia

A fazenda da Antártida que poderia funcionar em Marte

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Aparentemente, a ciência não tem poupado esforços para levar a vida humana para Marte. Projetos de casas, viagens comerciais e métodos para o cultivo de alimentos estão sendo desenvolvidos por cientistas do mundo todo.

No início do ano passado, foi apresentado um projeto onde uma “fazenda” na Antártida começaria a cultivar alimentos em um dos climas mais hostis do mundo. Isso foi feito na intenção de ampliar os limites da agricultura. Assim, consequentemente, desenvolver métodos que funcionem no planeta vermelho.

EDEN ISS

Os cientistas da estação de pesquisa alemã na Antártida, a Neumayer III, começaram a plantar tomates, alface, ervas, pimentas, pepinos, beterraba, rabanetes e morangos. A estufa para o cultivo dos alimentos fica dentro um contêiner com clima controlado.

Apesar de já existirem algumas “plantações” na Antártida, a instalação de testes móvel, que foi chamada de EDEN ISS, é a fazenda indoor mais avançada do continente. Este experimento foi projetado de modo a ampliar os limites da agricultura em ambientes fechados. Além poderem testar tecnologias que possibilitem uma longa missão em marte.

Do lado de fora, a estrutura é bastante simples. Dois contêineres de 6 metros colocados lado a lado. Por dentro a EDEN ISS abriga um oásis de alta tecnologia capaz de produzir 300 quilos de produtos por ano. Ela foi posicionada sobre a plataforma de gelo de Ekström.

Lá, a “estufa” deve sobreviver as baixíssimas temperaturas da Antártida, em seu longo e escuro inverno e à umidade extremamente baixa.

Objetivos

Um dos principais objetivos do projeto é ajustar a operação para o espaço. Com o experimento os cientistas poderão determinar quanto tempo é necessário para se cuidar do jardim. A plantação indoor é baseado em um sistema de cultivo sem solo chamado aeroponia.

Esse sistema foi inventado durante a década de 1920. Nos anos 1990, a NASA fez algumas melhorias no sistema e o tornou mais eficiente no uso de água. Isso o faz consumir até 98% menos de água do que o cultivo em solo.

As plantas crescem em bandejas nas prateleiras neste método. Suas raízes ficam suspensas dentro de uma câmara que impede a entrada de luz. Em intervalos regulares, as raízes são borrifadas com um fina névoa de água rica em nutrientes. Toda a água não absorvida pelas raízes é capturada e reciclada.

Sensores monitoram os níveis de nutrientes transmitindo os dados a um computador que analisa a mistura e a ajusta de acordo com estágio de crescimento das plantas e suas necessidades. Algumas câmeras ajudam a monitorar o crescimento das plantas. Outros sensores medem os níveis de temperatura, umidade e dióxido de carbono.

Alta tecnologia

Os dados capturados por tais sensores também são transmitidos para um computador que ele os analise e mantenha os níveis ideais com precisão. Filtros de ar mantêm o ambiente livre de fungos e bactérias. A luz ultravioleta ajuda a esterilizar o ar e matar qualquer organismo indesejado. Por se tratar de um ambiente estéril, não se faz necessário o uso de inseticidas ou pesticidas.

Com esse projeto, damos um passo a mais no sonho de uma colônia humana em Marte. No entanto, ainda temos muitos outros a serem dados nessa longa caminhada até que ela se torne uma realidade.

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