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Frentista de Porto Alegre que bateu em assediador é convidada para evento de MMA

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Viralizou recentemente o vídeo de uma frentista de um posto de combustíveis que bateu em um homem que passou a mão nela em Porto Alegre. Depois da repercussão da mulher que revidou ao assédio que sofreu no seu local de trabalho, ela recebeu convite de um evento de MMA.

Marian Damásio, de 22 anos, recebeu o convite do Wallid Ismail, criador do Jungle Fight, para passar a treinar em uma academia. Além disso, ela foi convidada a lutar em uma edição do evento.

Apesar de ter sido aplaudida por sua coragem em enfrentar o assediador, Marian conta que não considera que a violência seja a melhor saída. “Eu não queria ter a reação que tive. Não acho que é com violência que se resolvem as coisas. Mas perante tudo isso que aconteceu, viralizou na mídia, veio a parte boa, que foi o convite”, relatou em entrevista ao G1.

Dessa forma, a assessoria do evento confirmou o convite. O Jungle Fight foi criado em 2003 por Wallid, campeão brasileiro e mundial de jiu-jitsu. Ele já integrou outros eventos mundiais, como UFC e Pride, antes de fundar o Jungle Fight, campeonato de artes marciais mistas.

Esse campeonato destina as principais lutas para atletas que estreiam se enfrentarem, desde que sejam do mesmo nível. Assim, a última edição do evento, o JFC 107, ocorreu em São Paulo, no começo de maio. O próximo será o JFC 108, no Rio de Janeiro.

Marian, por mais que não seja uma atleta na área de luta, recebeu o convite da empresa para começar a treinar antes de participar do evento. Segundo a jovem, ela nunca fez alguma modalidade de arte marcial. “Sempre gostei muito, mas nunca fui a fundo”, conta.

Frentista luta contra assédio

Reprodução

No domingo (15), a frentista de um posto de combustíveis de Porto Alegre sofreu a importunação sexual de um homem dentro da loja de conveniência.

As imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que ele passa mão na virilha da frentista. Marian, por sua vez, revida imediatamente, com tapas e socos, até expulsar o homem do local.

O caso aconteceu por volta das 11h no bairro Lomba do Pinheiro e a frentista registrou um boletim de ocorrência na terça-feira (17). Dessa forma, de acordo com a Polícia Civil, as imagens são verdadeiras.

Já o suposto agressor de 25 anos, identificado pela Polícia Civil, é um cliente que costumava comprar e distribuir balas entre os funcionários do local, incluindo Marian. No entanto, naquela manhã, ele havia pedido o contato da jovem, de 22 anos, que recusou.

“Ele é conhecido, ia lá no posto onde eu trabalho há quase três anos, e quase todos os dias ele ia lá, comprava bala, primeiro me entregava e depois ele oferecia para os meus colegas”, relatou a frentista.

Mais tarde, o homem volta, se aproxima e aperta “as partes íntimas” de Marian, conforme destaca a delegada Cristiane Ramos. A delegada também aponta que a reação foi em legítima defesa. Sendo assim, um inquérito será aberto como importunação sexual, crime com pena de um a cinco anos de prisão.

“O alerta é sobretudo aos homens de que é crime passar a mão ou qualquer tipo de contato de cunho sexual. Em transporte coletivo, é comum receber este tipo de registro. A mulher tem que buscar a Polícia Civil. A palavra dela tem muita importância”, ressalta.

Mulher divulga assédio como alerta

A delegada conta que a própria Marian escolheu divulgar as imagens do assédio em suas redes sociais como uma forma de alertar as outras mulheres do bairro.

Assim, nas imagens, é possível ver a frentista sentada no balcão mexendo em seu celular. Em seguida, o homem se aproxima e encosta a mão nela sem seu consentimento. Então, ela inicia uma sequência de golpes que terminam com o homem no chão.

“Eu não acho certo a atitude que eu tive, eu só postei para alertar as mulheres do meu bairro”, disse. A delegada relata que a frentista está afastada do trabalho por conta do abalo psicológico que o abuso causou. Além disso, ela solicitou uma medida protetiva de urgência, que já foi encaminhada à Justiça.

“O depoimento da vítima, principalmente em violência de gênero, em crime de natureza sexual, delitos que são praticados na clandestinidade, muitas vezes não têm testemunha. A palavra dela é importante”, reforça a delegada.

Fonte: G1

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