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Havia oceanos em Marte?

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Marte é conhecido pela sua superfície árida e empoeirada. Porém, há aproximadamente 3 bilhões de anos, o planeta poderia ser frio e úmido, e ter até mesmo um oceano. Essa perspectiva foi apresentada em um estudo que utilizou simulações climáticas 3D.

De acordo com as simulações da antiga atmosfera marciana, o planeta poderia ter um oceano líquido na bacia das planícies do norte do planeta. Esse oceano teria persistido até mesmo nos momentos em que as temperaturas médias da superfície global estavam abaixo do ponto de congelamento da água. O estudo foi publicado no jornal científico Proceedings of the National Academy of Sciences.

O oceano em Marte

Mark Garlick/Science Photo Library/Getty Images

O planeta Marte é, hoje em dia, um local frio e seco, porém décadas de evidências mostram que a superfície antiga estava coberta de rios, córregos, lagoas e lagos. Esses sinais de água levantam a hipótese de que o planeta já teve alguma forma de vida, e ainda pode ter.

Segundo o estudo, Terra e Marte tiveram climas parecidos há aproximadamente três bilhões de anos, quando a vida estava sendo espalhada no planeta. Porém, os cientistas ainda discutem se Marte era temperado o suficiente para hospedar um oceano de água. Isso poderia esclarecer se o planeta era habitável para suportar a vida.

Essa pesquisa é contrária a estudos passados, que sugeriam que Marte não poderia ter o oceano.

Vale lembrar que existem poucos vales fluviais ramificados que datam daquela época em Marte. Isso sugere uma escassez de chuvas intensas e generalizadas, esperadas em um clima quente e úmido.

Assim, algumas evidências expõem detritos de tsunami contemporâneos, sendo o oposto da versão de que o clima era muito frio e seco para um oceano.

Como seria possível o oceano?

Gred Shirah/ Nasa

De acordo com os pesquisadores, o oceano líquido no norte teria sido possível devido aos padrões de circulação oceânica que podem ter aquecido a superfície daquela região a até 4,5 graus Celsius, acima do nível de congelamento da água.

Os autores do estudo também explicam que o oceano norte poderia ter tido chuvas moderadas, assim como suas regiões opostas. Já uma outra fonte foram as geleiras fluidas das terras altas do sul de Marte, em que se encontravam mantos de gelo.

A atmosfera marciana que possibilitaria o oceano se parece com a versão cheia de dióxido de carbono que estamos familiarizados. Porém, 10% da atmosfera era composta de 10% de gás hidrogênio que seria liberado por vulcões, impactos cósmicos ou interações químicas entre água e rocha. Atualmente, o hidrogênio está presente em quantidades de traços.

A combinação atmosférica de dióxido de carbono e hidrogênio teria retido calor suficiente do Sol para fazer com que as temperaturas da superfície fossem quentes o bastante para um oceano de água líquida.

Por isso, o estudo sugere que permanece incerto se o oceano teria suportado a vida. “Estamos apenas estudando as condições em que a vida pode aparecer”, afirmou o autor principal do estudo, Frédéric Schmidt, cientista planetário da Universidade de Paris-Saclay. “Um grande corpo de água em pé estável por um longo tempo é importante, provavelmente necessário, mas talvez não suficiente para a vida aparecer.”

De acordo com Schmidt, os pesquisadores também não têm certeza do que aconteceu com a água. “Grande parte pode ser congelada como gelo sob a superfície de Marte, ou quimicamente trancada em minerais. A radiação solar também pode ter quebrado moléculas de água em hidrogênio e gás oxigênio, com o hidrogênio finalmente escapando para o espaço.”

Fonte: Olhar Digital

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