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Historiadores encontraram um sistema que manteve os canais de água limpos

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O nosso mundo esconde diversos mistérios sobre o passado. Civilizações antigas foram totalmente dizimadas, mas deixaram várias coisas, que nos revelam seus segredos. Um objeto, uma carta, um documento, são muitas as opções. Por esse motivo, arqueólogos do mundo inteiro dedicam suas vidas, em busca de evidências que comprovem suas teorias sobre o passado.

O Aqueduto de Valens, nomeado em homenagem ao imperado Valente, é uma das linhas de aqueduto mais longas e antigas do mundo. Era através dele que as pessoas de Constantinopla conseguiam sua água, por volta do século V. Esse aqueduto pode ter passado dos 500 quilômetros de comprimento na época do seu auge.

Agora, os cientistas finalmente conseguiram identificar um truque inteligente que os cidadãos dessa civilização antiga usavam para manter essa infraestrutura enorme limpa.

Limpos

Para deixá-la limpa havia muito o que ser feito. O canal se estendia para ir até as nascentes de água doce até 120 quilômetros de distância da cidade. Esse sistema incorporou grandes canais de alvenaria, que tinham tamanho suficiente para atravessar 90 grades de pontes e vários túneis que se estendiam por cinco quilômetros.

Os pesquisadores coletaram e estudaram os depósitos de carbono de cálcio. Com isso, eles conseguiram avaliar o acúmulo de calcário no aqueduto. Essas amostras sugeriram que, menos de 30 anos de calcário se formou, mesmo que os canais tenham operado por mais de sete séculos.

“Isso significa que todo o aqueduto deve ter sido mantido e limpo de depósitos durante o Império Bizantino, mesmo pouco antes de parar de funcionar”, disse o paleoclimatologista Gül Sürmelihindi , da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz (JGU), na Alemanha.

E uma seção do canal em específico sugeriu como essa limpeza era feita. Um trecho de 50 quilômetros da porção central do aqueduto que era feito de dois canais, uma acima do outro, que ocasionalmente se cruzavam em dois andares de pontes.

Aquedutos

Essa  abordagem de canal dupla teria permitido os engenheiros limpar o aqueduto sem interromper completamente o fluxo de água para Constantinopla por semanas ou até meses. Isso era uma coisa que obviamente teria causado problemas sérios de abastecimento.

Em algum momento, Limescal pode ter obstruído os cursos de água de fluxo lento. Então, os pesquisadores acreditam que a limpeza completa pode ter sido uma coisa que acontecia regularmente. E a argila era um outro potencial na água retirada das barragens.

“É muito provável que esse sistema canal duplo tenha sido configurado para permitir operações de limpeza e manutenção. Teria sido uma solução cara, mas prática”, disse o geólogo Cees Passchier, da JGU.

A rede de aquedutos foi construída em seções ao longo de vários séculos. E é mais um exemplo de construção avançada feita na época do Império Romano. E por mais que os romanos não tenham inventado os aquedutos, foram eles que os tornaram maiores e mais sofisticados do que nunca.

“Esses aquedutos são conhecidos principalmente por suas pontes impressionantes, como a Pont du Gard no sul da França, que ainda estão de pé depois de dois milênios. Mas eles são mais impressionantes devido à maneira como os problemas em sua construção foram resolvidos, o que seria assustador até mesmo para os engenheiros modernos”, concluiu Passchier.

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