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Internautas arrecadam R$ 11 mil para ajudar motorista de app e esposa

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Existem aquelas pessoas que acreditam em destino. E talvez tenha sido isso que levou o motorista de aplicativo, Renato Santos, 38, a aceitar a corrida de Gilberto Eduardo, de 20 anos. “Ele foi um anjo, não tenho nem palavras para descrever como estou feliz”, disse o motorista.

O caso foi que, Gilberto, que é criador de conteúdo, se comoveu com o cartaz que viu dentro do carro de Renato onde ele pedia contribuições para o tratamento de câncer da sua esposa Acácia, de 39 anos.

Então, o criador de conteúdo compartilhou a imagem em suas redes sociais. Depois de um dia, na quarta-feira dessa semana, o motorista já tinha conseguido arrecadar 11 mil reais. Esse valor foi tão maior do que Renato esperava que ele conseguiu quitar as contas da casa e pretende dar entrada em um carro.

No momento, Renato está desempregado e trabalha somente como motorista de aplicativo em Aracajú. Por isso, à noite, quando ele chegava em casa, ele fabricava trufas de chocolate para vender no carro durante as corridas. Cada trufa custa dois reais. E o objetivo dele era arrecadar, pelo menos, 900 reais para pagar uma ressonância para Acácia.

Em outubro de 2021, a esposa do motorista foi diagnosticada com câncer de mama já em um estágio avançado. “Foi um baque, uma notícia dessa. Eu desempregado, ela também. Começamos a luta, procuramos o SUS. Mas, quando demos entrada e fizemos os encaminhamentos, ela teve de ficar 18 dias sem o medicamento, porque não tinha”, lembrou ele.

Desde o diagnóstico, Acácia já passou por 16 sessões e perdeu 23kg. Além disso, ela retirou sua mama direita há 22 dias.

Renda extra

Twitter

Como eles estavam sem a renda da esposa, que trabalhava como professora, e ainda tendo que lidar com as coisas da doença, Renato passou dias em busca de uma solução para ajudar com o dinheiro. Foi então que ele decidiu começar a vender trufas artesanais.

“Ela parou de trabalhar, sente muitas dores no corpo, então sou eu sozinho para tudo. Uber é difícil, tem dias que dá, outros que não e a gasolina cada dia mais cara”, contou.

Todos os dias, Renato sai de casa, em Itaporanga, a 28 km de Aracaju, e vai até a capital trabalhar como motorista de aplicativo. Ele volta para casa mais ou menos umas dez horas da noite e começa a fazer as trufas de chocolate. Para vendê-las, ele colocou uma plaquinha no banco de trás do carro.

“Venho aqui incomodar vocês por um só motivo. Minha esposa foi diagnosticada com câncer e a situação está muito difícil. Por isso, ofereço a vocês meu simples produto, que é (sic) trufas para nos ajudar por apenas R$ 2 a unidade, ou R$ 5 por três. Desde já agradeço a todos. Deus abençoe aos que puderem e aos que não puderem também, muito obrigado a todos”, diz a placa.

Encontro

motorista

Money times

A corrida que Renato aceitou foi a de Gilberto. O criador de conteúdo disse que trabalha fazendo cobertura de shows pelo estado e na ocasião tinha pedido uma corrida para o interior.

“Assim que eu entrei no Uber, no banco de trás, eu vi a plaquinha pendurada e me comovi com a história. Eu já logo pedi três trufas por R$ 5, achei superbarato. Fui batendo um papo com ele, perguntando se ela estava bem, aí ele foi me contando que ela tinha câncer de mama. Eu não aguentei, fiquei com o coração muito apertado, porque eu não podia fazer nada, também não tenho as melhores condições de vida”, contou.

Então, Gilberto decidiu buscar ajuda nas redes sociais porque ele tem seus seguidores fiéis. Felizmente, um dia depois a publicação já tinha alcançado 925 mil pessoas e o motorista já tinha arrecadado 11 mil reais.

“Ele avisou a ela, ele ligou para avisar quando bateu a meta de R$ 900 e ela chorou, ele chorou muito de alegria”, disse Gilberto.

“Não consegui dormir essa noite, porque começamos ontem e eu nunca imaginei me sentir tão bem”, contou Renato.

O motorista de aplicativo disse que com o dinheiro extra ele conseguiu pagar as contas de água, luz, fez uma compra na feira e quer dar entrada em um carro, porque o carro que ele usa para trabalhar atualmente é alugado.

“Não tenho nem o que dizer. Vou ficar devendo minha vida a ele”, disse Renato sobre Gilberto.

“Eu entendo que fiz uma boa ação, mas, para mim, qualquer pessoa que estivesse ali atrás, sentado no banco do passageiro, ouvindo a história dele, qualquer pessoa eu acho que faria o que eu fiz”, concluiu Gilberto.

Fonte: Metrópoles

Imagens: Twitter, Money Times

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