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Juiz autoriza aborto de feto de 6 meses depois de diagnóstico de anomalia

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O aborto é um tema bem polêmico por sempre dividir opiniões. No entanto, em algumas situações, ele parece ser uma alternativa tanto para a mãe quanto para o feto. Como foi o caso dessa mulher de 38, de Belo Horizonte, que foi autorizada pela Justiça a interromper a gravidez de 6 meses.

A concessão da Justiça veio depois de o feto ter sido diagnosticado, em janeiro, com uma anomalia na bexiga. Quem tomou a decisão foi o juiz da 36ª Vara Cível de BH, Marcelo Paulo Salgado, no dia seis de maio. A decisão aconteceu depois de ele avaliar o relatório médico anexado ao processo. Nele, era dito que o feto tinha uma doença chamada megabexiga.

Essa doença pode gerar várias consequências ao feto, como por exemplo, dificuldades renais e a não formação do pulmão, o que faz com que o feto não consiga respirar.

Decisão

Século diário

Na decisão do juiz, ele considerou que outras possíveis más formações, a diminuição de líquido amniótico e o desenvolvimento incompleto dos pulmões iriam impedir que o feto ficasse vivo até mesmo dentro do útero.

Quando o juiz autorizou o aborto desse feto, ele disse que é “irrefutável o sofrimento psicológico a que estaria submetida a mãe e a inutilidade da exposição ao risco de vida ou de sequelas à sua saúde, ante a perspectiva nula de sobrevida do nascituro ou, em caso de sobrevida, a mínima expectativa de vida e sofrimento causado ao ser humano”.

O diagnóstico do feto foi feito em janeiro desse ano, época em que o feto tinha 12 semanas, ou seja, cerca de três meses. Em abril, já com quase seis meses de vida, 22 semanas, a mãe fez um novo ultrassom. Nele, o médico viu uma piora no quadro do feto em vários aspectos. Dentre eles, o tamanho reduzido da caixa torácica e dos pulmões.

Interromper a gravidez

R7

Depois desse diagnóstico, a mulher e seu marido decidiram interromper a gravidez e deram entrada com o pedido de tutela de urgência na Justiça.

Embora o juiz tenha autorizado o aborto do feto, o Ministério Público se manifestou contrário à decisão. Segundo o órgão, mesmo com a alta probabilidade de que “o feto venha a morrer intraútero ou até mesmo nos primeiros dias de vida, existe uma possibilidade, mesmo que pequena, de que ele possa ser assistido e manejado com terapia renal substitutiva”.

No entanto, de acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o pedido foi deferido para “afastar qualquer impedimento jurídico ao procedimento médico de interrupção da gestação”.

Aborto espontâneo

Instituo Villamil

O caso desse feto é bem específico. Mas o aborto é uma questão para as mulheres grávidas, principalmente o aborto espontâneo. Tanto que a causa de mais de 50% dos abortos recorrentes ainda é algo não identificado e muitas vezes deixa os casais no limbo a respeito do que poderia ter causado tal fatalidade.

No entanto, um estudo recente do Imperial College London afirma que pode ter identificado um fator oculto que poderia ter sido minimizado por décadas nas pesquisas.

De acordo com o estudo, a qualidade do esperma do homem pode desempenhar um papel nos abortos recorrentes. Assim, isso desafia a antiga suposição de que a questão reside fundamentalmente na saúde da mulher. Abortos recorrentes afetam pelo menos um a cada 50 casais no Reino Unido e são definidos como mais de três perdas consecutivas na gravidez antes das 20 semanas de gestação. Os parceiros do sexo masculino, geralmente, não são rastreados, uma vez que foi amplamente assumido como sendo causado por problemas de saúde da mulher, seja por infecções ou problemas imunológicos.

“Tradicionalmente, os médicos concentram a atenção nas mulheres quando procuram as causas de abortos recorrentes. A saúde dos homens e a saúde de seus espermatozoides não são analisadas. No entanto, o estudo contribui para um crescente corpo de evidências que sugerem que a saúde do esperma determina a saúde de uma gravidez. Por exemplo, pesquisas anteriores sugerem que o espermatozoide tem um papel importante na formação da placenta, que é crucial para o suprimento de oxigênio e nutrientes para o feto”, disse Chamma Jayasena, principal autora da pesquisa do Departamento de Medicina do Imperial.

Após a análise no esperma de 50 homens cujas parceiras sofreram abortos, de outros 60 que as parceiras não sofreram, a equipe de pesquisa encontrou uma ligação entre os abortos recorrentes e a saúde do esperma. O mecanismo preciso por trás disso ainda não está bem claro. No entanto, parece que os espermatozoides daqueles que as parceiras sofreram abortos recorrentes tiveram o dobro de danos no DNA do que os outros.

Fonte: G1, Superinteressante

Imagens: R7, Século diário, Instituto Villamil  

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