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Mãe de jovem LGBT deixou a igreja em apoio ao filho

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Não podemos dizer que o preconceito foi extinto de nossa sociedade. Pelo contrário, parece que está cada vez mais presente e devemos lutar veemente contra isso. Por sorte, pessoas estão entrando crescentemente nessa luta e se organizam por causas, como por exemplo, o coletivo Mães Pela Diversidade.

Esse coletivo foi criado em 2014 por mães e filhos LGBTQIA+ e hoje ele tem atuação em quase todo país. O objetivo do grupo é buscar oferecer uma rede de apoio e também conscientizar as pessoas contra o preconceito.

Em uma reportagem do programa “Profissão Repórter”, eles conheceram a auxiliar de limpeza Cátia Vedeschi. A mulher acabou abrindo mão de frequentar o templo religioso que ela ia por conta das coisas que ouviu por lá.

“Eu era evangélica. Porque o pastor falava que o meu filho tinha demônio, eu preferi sair da igreja e apoiar meu filho”, contou a mãe.

Mãe

Guia me

Embora tenha saído da igreja, Cátia não perdeu sua fé e ora sempre, além de assistir cultos online. A colega e melhor amiga de Cátia no trabalho lembrou que “quando ela soube, foi difícil para ela. Mas ela sempre apoiou o filho dela”.

O filho de Cátia, Guilherme, é maquiador e mora com ela. Ele falou como foi se assumir para sua mãe e se emocionou ao lembrar do apoio que recebeu no momento.

“Acho que eu posso dizer que ela foi a melhor mãe na questão de falar que ia estar comigo, independente de qualquer coisa. Tem muitas pessoas LGBTQIA+ que têm mães religiosas, mas as mães não querem saber. Tipo, é essa a minha opinião, eu não vou te respeitar, eu não vou te aceitar e acabou. Estou feliz de poder falar que tenho uma família que me respeita”, contou ele.

Situações

Panoptica

A situação que essa mãe viveu na igreja, infelizmente, não é uma coisa fora do comum. Felizmente, mais pessoas estão se libertando de discursos de ódio disfarçados e entendendo que cada um merece ser feliz do jeito que nasceu sem se sentir culpado por isso.

Só que também não podemos ignorar o fato de que já passamos por épocas bem piores, em que a intolerância chegava a níveis extremos. A comunidade LGBTQIA+ já sofreu horrores ao longo de nossa história.

Por mais que as pessoas da comunidade tenham cada vez mais espaço e respeito, ainda existe violência contra elas. Ainda há muito trabalho para ser feito no mundo, mas histórias como a dessa mãe nos dão esperança de um futuro melhor.

Contudo, não podemos esquecer do passado no qual pessoas LGBTQIA+ eram submetidas a “tratamentos de cura”. E o mais bizarro de se pensar é que ainda existem casos de “tratamentos” desse tipo nos dias atuais.

Exemplo disso é que  existe clínicas de reabilitação para a comunidade LGBTQIA+. Elas estão espalhadas pelo mundo todo. Em 2017, a fotógrafa Paola Paredes conseguiu entrar em uma clínica dessas, localizada no Equador.

Por lá, ela testemunhou coisas horríveis. A clínica funcionava falsamente como reabilitação para dependentes químicos. Na verdade, lá dentro havia muitos LGBT’s que eram submetidos a torturas com drogas. Eles ingeriam uma enorme quantidade por dia.

É uma forma de condicionamento que leva a pessoa a associar as imagens que considera prazerosas à dor. Dessa forma, acreditavam que as imagens de tortura e dor que enfrentavam na clínica seriam associadas de forma negativa às suas atividades sexuais.

Além disso, assim como foi o caso dessa mãe e seu filho, várias religiões não enxergam com bons olhos os membros da comunidade LGBTQIA+. Algumas delas ainda veem a homossexualidade como algo que vai contra o que Deus quer, portanto, seria uma “obra do maligno”.

O pior é que em muitos países, quando os pais percebem que têm um filho com a orientação sexual diferente, o levam para ser tratado na Igreja. Em casos mais extremos, essas pessoas são trancadas por tempo indeterminado dentro de um quarto, sendo obrigadas a rezar.

Fonte: G1

Imagens: Guia me, Panoptica

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