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Médico que comeu ”caranguejos de Fukushima” tinha Césio 137 em seu corpo

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No começo desse mês, um incidente envolvendo o protótipo de uma nova arma russa, uma espécie de míssil de propulsão nuclear matou pelo menos 7 pessoas. O caso aconteceu na área de testes do governo russo em Nyonoksa e até agora não foi totalmente explicado. O que se sabe é que um dos médicos que atendeu os sobreviventes do acidente nuclear encontrou o isótopo radioativo césio-137 em seu corpo. Segundo as autoridades russas, os vestígios desse isótopo não têm correlação com o acidente. Mas sim uma decorrência da ingestão de “caranguejos de Fukushima” durante uma viagem de férias do médico.

Naturalmente, a notícia se espalhou e causando alvoroço. Mas não demorou para o Ministério da Saúde da Rússia tratou de desmentir as histórias. Eles descartaram a possibilidade do médico ter se contaminado através do contato com os sobreviventes do misterioso acidente envolvendo radiação. No caso do césio-137 encontrado na vida selvagem oceânica, especialistas não atribuem nenhum tipo de efeito colateral a saúde humana. Justamente por ter se diluído a níveis muito baixos.

O acidente

O acidente misterioso aconteceu no dia 8 de agosto na área de testes de Nyonoksa. Especificamente em uma das plataformas no Mar Branco. Até o momento, foi confirmada as mortes de sete pessoas. A agência nuclear Rosatom descreveu o caso como um acidente envolvendo uma “fonte de energia isotópica para um motor de foguete de combustível líquido.

Segundo informações do jornal The Washington Post, a maioria das mortes foram causadas por uma explosão no local. Duas das vítimas morreram em decorrência da exposição à radiação. Antes mesmo de serem levadas até Moscou para receber o tratamento.

De acordo com o Serviço Federal Russo de Hidrometeorologia e Monitoramento Ambiental, os níveis de radiação na cidade vizinha Severodvinsk chegaram a ser 16 vezes maior do que o normal. No entanto, esse nível não representa nenhum risco para a saúde humana.

Um dos médicos que atendeu aos sobreviventes do acidente detectou o isótopo radioativo césio-137 em seu corpo. Mas ficou sabendo pelo Ministério da Saúde que o césio-137 em seu corpo era originário de “caranguejos de Fukushima”. E que ele teria comido esses frutos do mar contaminados em uma viagem a Tailândia.

Césio-137

No entanto, segundo a reportagem do Post, os médicos que atenderam os sobreviventes não foram informados que três deles tinham sido expostos à radiação. Uma fonte não identificada, disse o isótopo foi detectado em uma das salas de emergência do Hospital. E que tanto os médicos quanto os enfermeiros que estava usando apenas máscaras para proteção tiveram que descontaminar a sala. Depois disso, todos eles foram “obrigados” a assinar acordos de confidencialidade. Os quais diziam que qualquer informação sobre o caso é um segredo de estado.

Logo após a detecção do césio-137 no corpo do médico, o Ministério da Saúde da Rússia declarou que era por causa da comida. Isso mesmo depois do médico ser exposto ao contato com pacientes que tiveram contato com um pico de radiação, mesmo que a curto prazo. “O césio-137 tem a característica de se acumular em peixes, cogumelos, líquenes, algas”, diz o comunicado divulgado no site do governo local. “Com um certo grau de probabilidade, podemos considerar que esse elemento entrou no corpo humano através dos produtos alimentares”.

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