Notícias

Músico inocentado pela Justiça é novamente detido por crime que não cometeu

0

O músico Luiz Carlos Justino, que foi inocentado pela Justiça do Rio de Janeiro depois de ser detido em setembro de 2020 por um assalto à mão armada que não cometeu, se encontrou na mesma situação. Isso porque ele foi preso novamente pela polícia por conta de um crime que não cometeu. Em 2020, o músico chegou a ficar preso por cinco dias, apesar de ser inocente.

Na segunda-feira (22), saindo de uma partida de futebol entre amigos em Charitas, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Luiz Carlos foi parado em uma blitz do programa Segurança Presente.

Assim, quando os policiais fizeram uma consulta no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, do Conselho Nacional de Justiça, viram que constava um mandado de prisão em aberto para o músico. Esse mandado era sobre o caso no qual ele já havia sido inocentado.

Dessa forma, os policiais o conduziram para a 79ª DP (Jurujuba), para depois o liberar. Diante da situação, o músico afirma que teve que provar, mais uma vez, que não cometeu o crime e que na época, foi absolvido e tudo seria tirado do sistema. Além disso, ele conta que chegou a ser parado em outras ocasiões, mas, por conta da repercussão do caso, os policiais o liberaram.

“Na época, eu fui parado duas vezes. Mas eu falava que era o Justino e era liberado. Mas, dessa vez, eu falei e não adiantou. Então agora eu tenho que ficar em casa. Como eu vou comprovar? Meu nome é Luiz Carlos da Costa Justino. E eu nem quero ser o Justino, de tão pesado que ficou”, disse o músico.

Homem inocentado de crime que não cometeu é detido novamente

Na tarde da última terça-feira (23), o advogado de Luiz Carlos entrou com um pedido na 2ª Vara Criminal de Niterói para que fosse retirado o mandado de prisão do sistema. Logo, a Justiça concedeu parecer favorável ao pedido.

Agora, após passar pelo mesmo constrangimento, o mandado de prisão de 2017 já não aparece mais no sistema do Conselho Nacional de Justiça.

“A gente quer crer que, com a retirada do nome dele deste banco de dados, esse tipo de abordagem não acontecerá mais. É muito danoso para a vida do Justino, que é um músico, um cara completamente integrado à comunidade onde vive, dedicado às atividades da Orquestra da Grota, ficar sendo sucessivamente sendo submetido a este tipo de abordagem policial, por vezes ostensiva, agressiva, violenta e absolutamente desnecessária. A gente espera que este evento não se repita mais de agora em diante”, afirmou o advogado Rafael Borges, que representa o músico.

Erro no sistema

O Segurança Presente confirmou a blitz e a consulta ao sistema, onde aparecia o mandado de prisão no nome de Luiz Carlos. Além disso, o programa afirmou que o músico foi ouvido pela delegacia. Ao verificar o banco da Polícia Civil, constatou-se que o mandado foi de fato removido.

O Segurança Presente ressaltou que o sistema nacional que foi consultado é atualizado por meio das informações de diversos órgãos judiciários do país. Assim sendo, a Polícia Civil afirma que não consta mandado de prisão em aberto e que Justino foi conduzido à delegacia e liberado após a consulta ao banco.

Já o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro afirmou que Luiz Carlos Justino foi absolvido do suposto crime e que sua foto foi retirada do álbum de suspeitos da delegacia. Assim, o processo foi arquivado. Por nota, a Orquestra da Grota, que Luiz Carlos integra, lamentou o ocorrido e solidarizou com o músico.

Preso sem crime

luiz carlos justino preso sem crime

Reprodução/TV Globo

Luiz Carlos Justino foi preso em setembro de 2020. Na ocasião, policiais o pararam numa blitz no centro de Niterói após ser acusado de participar de um assalto à mão armada em 2017. A polícia aponta que havia um mandado de prisão em aberto contra o homem, que chegou a ficar cinco dias detido.

Parentes e colegas de trabalho de Luiz Carlos contestaram que o músico tinha um contrato de trabalho com uma padaria para tocar violoncelo aos domingos, dia em que ocorreu o crime. Além disso, a padaria ficava a 7 quilômetros do local do crime.

Fonte: G1

André Luiz, o espírito por trás das cartas psicografadas de Chico Xavier

Artigo anterior

Alec Baldwind já perdeu 5 empregos por conta da morte no set de ‘Rust’

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido