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O que esperar da sexta extinção em massa?

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Quando se fala em extinção em massa, logo nos vem à cabeça uma situação caótica e apocalíptica. É muito fácil associar isso com o fim dos dinossauros no planeta. Mas acontece que essa foi apenas uma das cinco extinções que a Terra já passou.

O que muitos não sabem é que outra grande extinção está acontecendo nesse exato momento, mesmo que essa não seja algo tão óbvio quanto asteroides colidindo com a Terra. Centenas de espécies únicas e importantes de animais já desapareceram no século passado.

Ainda de acordo com os cientistas, essa não é a pior parte. A extinção em massa, que está acontecendo no planeta atualmente, está se acelerando, com um número grande de vertebrados sendo extintos, assim como foi visto no século XX. Só que o alarmante é que dessa vez talvez possa levar apenas décadas para que centenas de espécies desapareçam da Terra.

Extinção

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Hype Science

Segundo os cientistas, nós estamos nos estágios iniciais de um desaparecimento parecido com o que aconteceu na última extinção em massa, que deu fim aos dinossauros. Contudo, a diferença dessa sexta extinção em massa é que quem é responsável é o ser humano. Ela está acontecendo através das mudanças climáticas, destruição de habitat, poluição e agricultura industrial.

Nesse ínterim, nas extinções em massa, pelo menos três quartos de todas as espécies desaparecem em aproximadamente três milhões de anos. No ritmo atual em que estamos, isso acontecerá dentro de alguns séculos.

Para se ter uma ideia, segundo um relatório da ONU de 2019, pelo menos um milhão de espécies correm risco de desaparecer para sempre. Entretanto, tentar prever o resultado de um colapso completo da biodiversidade é difícil. Até porque, os ecossistemas são bastante complexos.

No entanto, os cientistas concordam que as previsões feitas são bem claras se as extinções continuarem no ritmo que estão acontecendo. Ademais, todos os efeitos estão interligados uns aos outros.

Consequências

Canal tech

Contudo, existem algumas previsões do que possivelmente acontecerá nessa sexta extinção em massa.

“A primeira coisa que veremos é que nossas reservas de comida começarão a diminuir bastante porque grande parte de nossos alimentos depende da polinização”, disse Corey Bradshaw, professor de Ecologia Global da Universidade de Flinders, na Austrália.

Também é de se esperar que a qualidade do solo se deteriore conforme determinados microrganismos morrerem. Alguns pesquisadores acreditam que os microrganismos podem desaparecer mais rápido do que outras espécies.

Como resultado desse desaparecimento, pode ser que aconteça uma agravamento da erosão do solo. Por sua vez, isso levaria a mais inundações e a uma menor fertilidade do solo. Tudo isso afetaria o crescimento das plantas.

“De certa forma, a matéria orgânica é como a cola que mantém tudo junto. Se você comparar com um pudim de Natal, tem nele alguns ingredientes secos, como migalhas de pão, farinha e frutas secas, mas são os ovos e o amido que o mantêm unido, tornam o pudim macio e mole, e lhe dão sua forma”, explicou Colman O’Criodain, da organização de conservação WWF International.

Mudanças

Galileu

Além disso, também é provável que o desmatamento mude os padrões de chuva. Isso porque com menos umidade sendo evaporada por conta da perda de árvores, a precipitação ficará menor. Isso fará com que paisagens inteiras sequem.

Nesse sentido, as falhas nas colheitas e outras ameaças ecológicas provavelmente desencadearão migrações em massa conforme as pessoas tentam escapar de fome e conflitos pela diminuição dos recursos.

“O que temos feito como humanos é simplificar todo o planeta, especialmente os ecossistemas de produção, a tal ponto que eles se tornaram vulneráveis. A resiliência é frequentemente chamada de ciência da surpresa. Se você vive em condições muito estáveis e tudo é previsível, você não precisa desta proteção da biodiversidade. Mas se você vive em tempos mais turbulentos, com situações mais imprevisíveis, esse tipo de portfólio de opções é extremamente importante”, disse o cientista ambiental sueco Carl Folke.

Pode ser revertida?

extinção

Tempo

Embora as previsões para a sexta extinção em massa sejam caóticas, existem razões para que se possa ser otimista. Isso, claro, se a humanidade fizer algo a respeito.

“Há dificuldades aparentemente intransponíveis para preservar a vida na Terra. Mas, por outro lado, há também muitas histórias de sucesso inspiradoras e exemplos em que as pessoas conseguiram inverter a maré. Aja para que a curva vá na direção certa, as tendências estão apontando na direção certa”, concluiu Thomas Brooks, cientista chefe Unidade de Ciência e Conhecimento da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Fonte: DW

Imagens: Hype Science, Canal tech, Galileu, Tempo

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