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Os experimentos científicos mais bizarros da história

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Muitas descobertas científicas foram feitas de forma aleatória, como a do antibiótico penicilina, em 1928. Enquanto outras informações foram encontradas através de uma árdua pesquisa, como a teoria da Evolução das Espécies. No entanto, existe um terceiro tipo de experimentos que entraram para os livros por serem bizarros e não respeitarem nenhum código de ética ou de conduta.

Por causa desses experimentos macabros, muitos pesquisadores já foram retratados, na literatura, no cinema e nas séries de TV, como loucos e até psicopatas. Um dos mais conhecidos é o romance de terror gótico Frankenstein, escrito pela britânica Mary Shelley.

Mesmo que existam diversos exemplos da ficção, na vida real também existiu cientistas malucos e criminosos. Em seus atos e experimentos, os limites entre a ética e a autonomia humana são apagados.

Veja abaixo os experimentos científicos mais bizarros da história.

Experimentos científicos nazistas

Foto: Reprodução

Os experimentos realizados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial podem ser os mais conhecidos entre as pesquisas macabras da história.

No laboratório do médico Josef Mengele em Auschwitz, diversas atrocidades foram cometidas. Por exemplo, os prisioneiros judeus – e de outros grupos perseguidos, incluindo crianças – eram utilizados para testar tratamentos contra doenças infecciosas e potenciais armas químicas. 

Entre os experimentos absurdos, chegou-se a injetar tinta nos olhos de gêmeos para estudar se era possível alterar a pigmentação da íris. O médico ainda costurou irmãos na tentativa de desenvolver siameses artificiais.

Unidade 731

Foto: Reprodução

Entre os anos de 1930 e 1940, o Exército Imperial Japonês fazia experimentos em civis, principalmente chineses, dentro da Unidade 731. 

Os testes eram liderados pelo general Shiro Ishii e, dependendo dos objetivos do mandante, as pessoas eram expostas a agentes infecciosos, como cólera e antraz. Esse laboratório alimentava o conflito e ataques da Segunda Guerra Mundial. 

Também eram lançadas pestes e pulgas em cidades chinesas, com a meta de matar inocentes nesta guerra biológica, promovida através de ideais cultivados na unidade.

Experimentos científicos em escravos

Ilustração por Robert Thom (Foto: Domínio Público)

O norte-americano Marion Sims, apelidado de pai da ginecologia moderna, foi o responsável por desenvolver o tratamento para a fístula vesico-vaginal. No entanto, a sua forma de testar novos procedimentos não eram éticas.

O médico fez cirurgias experimentais em escravas, privadas de liberdade de escolha. Os experimentos eram realizados sem anestesia e o caso de Anarcha Westcott é um dos mais famosos, visto que ela passou por 30 cirurgias do tipo.

Experimentos científicos sobre a sífilis

Foto: Reprodução

Nos Estados Unidos, o Serviço de Saúde Pública (USPHS) iniciou, em 1932, um experimento científico que consistia em acompanhar os efeitos da sífilis não tratada na saúde de homens negros.

Ao todo, foram acompanhados 399 homens doentes, no estado do Alabama. Mesmo quando a penicilina se tornou o principal modelo de tratamento, os pacientes não tiveram acesso a ela. O estudo de Tuskegee só foi interrompido em 1972, quando a história foi vazada pela imprensa.

Porém, esse não foi o único estudo sobre a sífilis realizado nos EUA. Em 1946, um experimento científico foi realizado com crianças órfãs e criminosos da Guatemala, que não tiveram direito de escolher participar ou não da pesquisa.

Aproximadamente 1,5 mil pessoas foram intencionalmente expostas a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como sífilis, gonorreia e cancro mole. A meta da pesquisa era testar a eficácia da penicilina no tratamento.

Estudo de anatomia e assassinato de inocentes

Foto: Wikimedia Commons

Para “ajudar” no estudo de anatomia em Edimburgo, na Escócia, a dupla William Hare e William Burke sufocava vários inocentes e vendia os corpos ao anatomista Robert Knox, entre os anos de 1827 e 1828. 

Naquela época, só poderiam ser dissecados criminosos que foram executados, mas esta foi uma forma de tentarem viabilizar uma série de estudos do corpo humano.

Forçando a gagueira

Foto: Ilustração

Nos EUA, fonoaudiólogos da Universidade de Iowa desejavam provar a hipótese de que a gagueira era um comportamento aprendido.

No ano de 1939, um grupo de pesquisadores selecionou crianças órfãs do estado de Ohio e tentaram induzir a condição, por meio de reforços negativos. Por exemplo, só poderiam conversar caso tivessem a certeza de que não iriam gaguejar. 

Apesar dos testes fracassarem, as crianças desenvolveram inúmeros complexos e perturbações.

Edição genética de bebês

Foto: China Stringer Network

Para quem acredita que experimentos bizarros são coisas do passado, saiba que recentemente, em 2018, o cientista chinês He Jiankui anunciou ter criado os primeiros bebês humanos editados geneticamente em laboratório. 

A experiência resultou no nascimento das gêmeas Lula e Nana, na promessa de que seriam imunes ao HIV. Depois da polêmica, o pesquisador chegou a ser preso, mas atualmente se encontra em liberdade.

Ainda não se sabe quais serão as implicações para as crianças e nem se ainda estão vivas. Isso porque a ciência não conhece o impacto da edição genética em humanos.

Separando trigêmeos

Foto: Neon

Na década de 1960, o psiquiatra Peter Neubauer desejava estudar como o ambiente afeta a formação de indivíduos. Para isso, decidiu separar crianças trigêmeas no momento de seus respectivos nascimentos.

Ao longo do experimento, elas nunca souberam da existência dos irmãos, até que um dia, dois deles se encontraram em uma universidade norte-americana. 

Naquele momento, o estudo foi descoberto e o terceiro irmão apareceu, depois de ler uma notícia sobre o caso.

Experimento da Prisão de Stanford

Foto: Reprodução

No ano de 1971, o psicólogo Philip Zimbardo propôs um experimento científico para compreender o comportamento humano. O estudo ficou mundialmente conhecido como “experimento da Prisão de Stanford”.

Ao longo da pesquisa, foi montada uma prisão provisória e estudantes universitários foram recrutados para serem do grupo da polícia ou dos ladrões (prisioneiros).

Após seis dias, os guardas se tornaram abusivos e os prisioneiros histéricos, o que fez o estudo ser encerrado. Esse experimento ultrapassou inúmeros limites éticos e até permitiu que voluntários se torturassem durante o processo.

Fonte: Canaltech

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