Curiosidades

Os vales de Marte podem não ter sido feitos por rios

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As pessoas são fascinadas com o quarto planeta do Sistema Solar, desde que o descobriram. Marte, depois do nosso, é o mais popular, e isso por vários motivos. Algumas pessoas alimentam a teoria de que há vida no enorme planeta vermelha. Outras dizem que os extraterrestres que vemos em tantas histórias partiram de lá. Já os cientistas o veem com outros olhos e estudam a possibilidade de habitá-lo. Marte foi sempre uma grande fonte de mistérios.

Ele é um dos planetas mais misteriosos do nosso sistema solar. E também um dos mais discutidos. Existem diversas teorias envolvendo o planeta vermelho, inclusive de que há vida por lá.

Essa questão de saber se antigamente existia vida em Marte tem como centro a água que, teoricamente, fluía pelo planeta. Mas segundo uma nova pesquisa, publicada na segunda-feira (3) dessa semana, vários dos vales de Marte foram destruídos por geleiras geladas e não por rios.

Estudo

O estudo publicado na revista “Nature Geoscience” tenta descobrir se o Planeta Vermelho já recebeu  vida. E nisso, ele lançou algumas dúvidas sobre a teoria dominante de que Marte já teve um clima quente e úmido com água líquida abundante que foi a responsável por esculpir a paisagem.

Os pesquisadores do Canadá e dos EUA examinaram mais de 10 mil vales marcianos e fizeram comparações com os canais na Terra que foram esculpidos sob geleiras.

“Nos últimos 40 anos, desde que os vales de Marte foram descobertos pela primeira vez, a suposição era de que rios já corriam em Marte, corroendo e originando todos esses vales. Mas essas formações vêm em uma variedade enorme, sugerindo que muitos processos estavam em jogo para esculpir”, disse a principal autora Anna Grau Galofre.

Os pesquisadores descobriram semelhanças entre alguns vales de Marte e os canais subglaciais da ilha de Devon, no Ártico canadense que foi apelidado de “Marte na Terra”. Esse apelido foi dado por conta de suas condições estéreis e congelantes.

Vales

Segundo os autores do estudo, essas descobertas sugerem que alguns vales do Planeta Vermelho poderiam ter sido formados há 3,8 bilhões de anos por água derretida sob camadas de gelo. Isso se alinharia com a modelagem climática. Prevendo que Marte teria sido muito mais frio no seu passado.

“As descobertas demonstram que apenas uma fração das redes de vales corresponde a padrões típicos de erosão das águas superficiais, o que contrasta fortemente com a visão convencional”, disse o co-autor Mark Jellinek.

E entender essas condições climáticas, “nos primeiros bilhões de anos da história de Marte é importante para determinar se o planeta já foi habitável”, ressaltou o artigo. E os autores disseram que as temperaturas geladas podiam, de fato, ser um suporte melhor para a vida antiga.

“Uma camada de gelo daria mais proteção e estabilidade à água subjacente. Além de fornecer proteção contra a radiação solar na ausência de um campo magnético. Algo que Marte já teve, mas que desapareceu bilhões de anos atrás”, declarou a Universidade da Colúmbia Britânica.

Essa pesquisa aconteceu depois que a NASA lançou o mais recente rover para Marte, o Perseverance. Ele foi ao planeta procurar sinais de vida microbiana antiga. E se tudo der certo, o rover irá chegar a Marte no dia 18 de fevereiro de 2021. Ele irá coletar amostrar de rochas que podem  dar pistas inestimáveis a respeito da existência de vidas passadas em Marte.

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