Curiosidades

Ovos de dinossauro foram descobertos no interior de São Paulo

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Através das descobertas arqueológicas, pesquisadores encontram vestígios de antigas sociedades, culturas e fósseis de animais. Ademais, os fósseis nos ajudam a dar asas à imaginação quando se fala do passado. Pode-se encontrar partes do corpo, como ossos e dentes, até pegadas que deixaram em diferentes lugares do mundo. Agora, um conjunto de, pelo menos, cinco ovos de uma espécie de dinossauro carnívoro foram encontrados no interior de São Paulo.

Quem encontrou os ovos foi William Nava, paleontólogo e diretor do Museu de Paleontologia de Marília, em um sítio fossilífero em Presidente Prudente. A espécie de dinossauro a quem os ovos pertenciam ainda não foi identificada.

Portanto, para que se confirme de onde esses ovos vieram serão necessários estudos da microestrutura dos ovos, bem como sua comparação com a de outros ovos de dinossauros já conhecidos.

Ovos

Revista Planeta

Nesse ínterim, o que Nava espera é que, se for confirmado que esses ovos eram mesmo de dinossauros carnívoros, isso pode ser o segundo registro de ovos de terópodes no nosso país e o primeiro para essa região.

A descoberta foi feita no mesmo lugar onde o pesquisador encontrou, em 2020, aproximadamente 30 ovos de crocodilomorfos. Ele é um grupo que inclui os jacarés e crocodilos atuais e seus parentes extintos há milhões de anos.

De acordo com Nava, esses ovos, possivelmente de terópodes, são diferentes dos outros não apenas pelo seu tamanho, chegando até 13 centímetros de comprimento e sete centímetros de largura, mas também por sua textura. Ela é bem parecida com a que é vista nos ovos de terópodes encontrados na China.

Uma outra descoberta revelada pelos pesquisadores chineses recentemente foi a de um embrião de dinossauro terópode em posição prestes a nascer. Eles conseguiram fazer essa descoberta usando uma  tecnologia de tomografia computadorizada dos ovos. Como resultado, eles tiveram um “raio-X” do embrião dentro do ovo.

Descoberta

Folha de São Paulo

Nesse caso, a descoberta foi feita na Formação Adamantina da Bacia Bauru, que tem rochas com idade estimada entre 70 a 80 milhões de anos. Essa região era bem diferente no período cretáceo superior.

“Era uma região com um clima semiárido, mais ou menos como alguns locais da África, e havia um estresse ambiental muito grande. Por isso, uma das hipóteses que trabalhamos é de que os animais que ali viviam ou morriam por falta de comida ou por seca, tiveram suas carcaças transportadas por chuvas”, disse o paleontólgo.

Ademais, além desses ovos, nesse local também já foram descritas várias espécies de crocodilomorfos extintos, lagartos e também dinossauros carnívoros e herbívoros, do grupo dos titanossauros.

Contudo, no nosso país é raro encontrar evidências fossilizadas. “Esse material é fantástico porque a ocorrência de duas ninhadas de répteis tão distintos em uma mesma localidade é extremamente raro”, explicou Nava.

Nesse sentido, Nava diz que a ocorrência de duas ninhadas diferentes no mesmo local pode ser indício de que aquele era um lugar de nidificação dos animais.

Análises

O Tempo

“Os animais podiam ir até o local, que era uma planície afundada em busca de alimento ou água, e ali criavam esse local de nidificação, de forma que se houve um evento rápido de soterramento os ovos foram fossilizados”, explicou ele.

Portanto, uma das maneiras de se comprovar essa hipótese seria se junto com os ovos tivessem sido encontrados restos de ossos e outras pistas, como por exemplo, dentes dos animais.

Agora, o estudo da microestrutura dos ovos, tanto dos crocodilomorfos, quanto dos possíveis terópodes, será feito em parceria com pesquisadores da Universidade de Brasília.

Fonte: Folha de São Paulo

Imagens: Folha de São Paulo, O Tempo, Revista Planeta

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