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Piores epidemias do mundo

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A pandemia da Covid-19 colocou o mundo em estado de alerta e fez milhares de vítimas nos últimos dois anos. Com a chegada das vacinas, as contaminações pela doença sofreram uma queda significativa e o isolamento social foi flexibilizado.

No entanto, mesmo com o número de pessoas atingidas pela Covid-19, existem epidemias ainda maiores já registradas historicamente. A seguir, você conhecerá as maiores epidemias e pandemias que assolaram o mundo até os dias atuais, antecedendo a Covid-19.

Praga de Atenas

Em 430 a.C., uma doença surgiu na cidade de Atenas, que era uma das grandes cidades da Civilização Grega. A doença, que até então era desconhecida, espalhou-se rapidamente pela região, levando a cidade a um estado de epidemia.

O nome Praga de Atenas tem origem justamente na localidade em que a doença surgiu. Assim, considerando que a epidemia surgiu em meio a uma guerra, chamada de Guerra do Peloponeso, é compreensível que a doença tenha se alastrado tão rapidamente. Isso porque o fluxo de pessoas que circulavam em Atenas era intenso devido ao conflito.

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Wikimedia Commons

Estudos recentes indicam que a Praga de Atenas poderia ter se tratado de febre tifoide, que é uma doença transmissível e infecciosa. Porém, na época não se tinha conhecimento do que se tratava a praga e, sendo assim, não havia como combatê-la rapidamente. Como resultado disso, cerca de 35% da população de Atenas foi dizimada entre os anos de 430 a.C. e 427 a.C.

Peste Antonina

A Peste Antonina representa o surto de varíola que teve início no ano 165 e resultou em uma pandemia no Império Romano. Ou seja, o contágio no Império adquiriu grandes proporções, chegando a registrar o montante de duas mil mortes por dia no ano 166.

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O surto de varíola teve início com as tropas romanas que estavam instaladas na Pártia, região da Mesopotâmia. A necessidade das tropas romanas em território parta se deu devido aos conflitos travados frequentemente entre os romanos e os partas.

Considerando que os exércitos estavam em constante migração, tem-se a explicação de que o surto de varíola surgiu entre as tropas romanas e rapidamente se espalhou. Ao chegar à Roma, capital do Império Romano, os danos da Peste Antonina foram severos.

Estima-se que cerca de cinco milhões de pessoas morreram em decorrência da Peste. Ou seja, 10% da população que havia no Império naquele período perderam suas vidas para a varíola. A pandemia durou até o final do século II.

Peste Negra

A pandemia de Peste Negra foi um surto de peste bubônica ocorrido durante a Idade Média, entre os anos de 1347 e 1353, que resultou na morte de 50 milhões de pessoas. Esse número representa 2/3 de toda a população europeia do período. Trata-se de uma das pandemias mais catastróficas já vivenciadas até os dias atuais.

Em relação ao contágio por territórios, a Peste Negra teve início na Ásia e se espalhou pela Europa e África. Registros da época sugerem que a doença foi levada até a Europa por navegantes e comerciantes. Com a quantidade significativa de casos surgindo, alguns europeus sentiam necessidade de fugir. E foi assim que a Peste tomou conta de toda a Europa e chegou à África, na sequência.

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A peste bubônica é transmitida aos seres humanos por meio de pulgas presentes em ratos. Mas, quando a doença já se instalou, passa a ser transmitida a outros seres humanos por via respiratória. Por esse motivo, a contaminação na Europa foi tão intensa.

É por conta da transmissão por via respiratória, também, que o uso de máscaras se tornou comum. Na época, eram utilizadas máscaras que se assemelhavam a bicos de pássaros. O cenário foi tão catastrófico que cidades inteiras deixaram de existir, já que todos os moradores morreram devido à doença ou fugiram com medo dela.

Gripe Espanhola

A pandemia de Gripe Espanhola surgiu e se espalhou no contexto da Primeira Guerra Mundial, devido à grande movimentação de soldados em diferentes lugares. Os primeiros casos da doença, originada por uma mutação do vírus Influenza, foram registrados em 1918, nos Estados Unidos.

Após o registro de contágio nos Estados Unidos, a gripe chegou à Europa. No entanto, os países envolvidos no conflito ocultaram os casos e o impacto da doença para não interferir na guerra.

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O primeiro país a noticiar casos de Gripe Espanhola foi a Espanha e, por esse motivo, a doença recebeu tal nome. O restante do mundo ficou sabendo da pandemia a partir das notícias espanholas, já que esse país não estava na guerra e, sendo assim, era livre para noticiar os casos.

O Brasil foi atingido pela doença ainda em 1918. Todas as regiões do país foram afetadas, mas a maior quantidade de casos foi registrada em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ao todo, 35 mil mortos foram registrados no Brasil.

Nos Estados Unidos, local em que foram observados os primeiros casos, cerca de 675 mil pessoas foram vitimadas pela doença. Na Índia, faleceram 20 milhões de pessoas. No mundo todo, cerca de 50 milhões de pessoas perderam suas vidas para a Gripe Espanhola entre os anos de 1918 e 1919.

 

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