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Relatório aponta quais cidades brasileiras em que o coronavírus pode se espalhar mais rápido

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Recentemente, pesquisadores da Fiocruz se juntaram a especialistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), para estimar o risco de disseminação da Covid-19 no Brasil. Dessa forma, o relatório aponta quais cidades brasileiras em que o coronavírus pode se espalhar mais rápido. Assim, o relatório prevê que, além dos centros urbanos das regiões Sul e Sudeste, Recife e Salvador também devem enfrentar uma situação difícil, com potencial de acumular casos graves em curto prazo.

Para avaliar a situação, Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz e coordenador do estudo, explicou que o resultado depende das medidas tomadas por cada cidade. “Para criar nosso cálculo de probabilidade, levamos em consideração a subnotificação dos casos, como observado em outros países. E o tempo de duração da infecção por paciente de 8 dias. Com isso, é possível que nossos resultados comecem a ser observados em uma ou duas semanas. Mas é claro que tudo vai depender das medidas tomadas para a contenção do vírus”, explica Gomes.

Essas são as cidades que podem acumular casos mais graves

O estudo também levou em conta o percentual de população de risco, que é elevando nessas regiões. Isso acontece em decorrência do grande número de pessoas acima de 60 e 80 anos. Contudo, o coronavírus SARS-Cov-2 já circula livremente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Assim, em pouco tempo, essas regiões devem se tornar o principal foco de disseminação a partir de agora, segundo o relatório. No entanto, o que também chama atenção no estudo, é o fato de que microrregiões no interior desses estados também podem apresentar surtos em breve.

Na pesquisa, São Paulo apresenta maior potencial de rápida dispersão para os demais estados. Isso porque, o estado centraliza a malha aérea do país. Entretanto, com as medidas que impedem o contato internacional, o número de casos importados tende a diminuir. Entre essas medidas, podemos citar a suspensão de voos, fechamentos de fronteiras e controle sanitário em relação aos passageiros de voos internacionais.

O que pode ser feito para mudar os dados do relatório?

Dentro do relatório, os cenários foram construídos assumindo ausência de distanciamento social e restrição de viagem. Porém, muitos municípios já iniciaram a implementação de medidas de redução da mobilidade. Dessa forma, estão sendo afetadas tanto a mobilidade intermunicipal, quanto a interestadual.

No Rio de Janeiro, por exemplo, está proibida a entrada e saída de transportes coletivos na região metropolitana. Com isso, estão suspensas a chegada de linhas interestaduais e cinemas e teatros estão recebendo ordens de fechamento. Já em São Paulo, empresas adotaram o home office e alunos da rede pública e particular tiveram suas aulas suspensas.

Agora, o objetivo do grupo é trabalhar para fazer novas previsões que considerem o impacto dessas medidas. “Cruzamos informações de mobilidade com dados de proporção da população nas faixas etárias de risco, bem como números de leitos de internação e leitos complementares (UTI e unidade intermediária), nos conjuntos SUS e não SUS. Isso permite embasar estratégias de prioridade para alocação de recursos e ações para redução de impacto”, afirmou Marcelo Gomes.

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