Curiosidades

Sítios maias antigos revelam um projeto misterioso

0

Não há dúvida, as constantes descobertas  arqueológicas têm ajudado a definir cada vez mais o passado. É por meio dessas descobertas, que entendemos melhor as culturas que fizeram parte da história, e é por conta dos inúmeros estudos científicos, que mudamos completamente a nossa compreensão do passado.

Parte dos mistérios que norteiam os acontecimentos históricos se revelaram pela sede incessante dos pesquisadores, que buscam incansavelmente respostas para uma gama de lacunas.

Com o avanço da tecnologia, a possibilidade de novas descobertas ficou ainda mais visível. Até porque, com ela é possível se descobrir edifícios e estruturas antigas não presentes na superfície.

Descoberta

Por mais que não se possa vê-los da superfície, eles estão lá. Os cientistas mostraram a descoberta de centenas de locais cerimoniais antigos. Vários deles pertenciam à civilização maia. Os monumentos estavam escondidos da vista de todos logo abaixo da paisagem do que atualmente é o sul do México.

A estrutura maior se chama Aguada Fénix. Os arqueólogos a anunciaram ano passado. Com isso, ela foi o maior e mais antigo monumento da civilização maia já encontrado. Contudo, Aguada Fénix não estava sozinha.

Um levantamento realizado por um grupo internacional de pesquisadores, liderado pelo antropólogo Takeshi Inomata da Universidade do Arizona, identificou quase 500 complexos cerimoniais que datam não somente dos maias. Registros de outra civilização mesoamericana que deixou sua marca, os olmecas, também apareceram.

Assim como a descoberta de Aguada Fénix, se encontrou esses sítios identificados no novo estudo da mesma forma, através do uso de LIDAR. Ele varre a terra com lasers durante um levantamento aéreo e detecta estruturas arqueológicas tridimensionais enterradas sob a vegetação e outras características da superfície.

Estruturas

Nesse caso em específico, os dados do LIDAR já estavam disponíveis de forma pública pelo Instituto Nacional de Estatística e Geografia do México. As informações cobrem uma área de 85 mil quilômetros quadrados.

Quando Inomata e sua equipe analisaram os documentos, identificaram centenas de locais cerimoniais espalhados pelos estados mexicanos de Tabasco e Veracruz. Não se conhecia a maior parte desses locais até o momento.

Claro que a maioria dessas novas descobertas são bem menores do que a grande Aguada Fénix. No entanto, mesmo assim, vê-los pela primeira vez revelou uma influência misteriosa de design que não tinha sido totalmente apreciada antes nas estruturas maiores.

Segundo os pesquisadores, o layout nunca visto antes foi identificado na antiga cidade olmeca de San Lorenzo, o centro urbano mais antigo datado de aproximadamente 1150 a.C. Ele pode ser visto como um motivo recorrente nas estruturas que foram construídas depois pelos maias.

“As pessoas sempre pensaram que San Lorenzo era único e diferente do que veio depois em termos de disposição do local. Mas agora mostramos que San Lorenzo é muito parecido com Aguada Fénix. Tem uma praça retangular ladeada por plataformas de borda. Isso nos diz que San Lorenzo é muito importante para o início de algumas dessas ideias que foram posteriormente utilizadas pelos maias”, explicou Inomata.

Civilizações

A arquitetura mostra o elo importante entre as duas civilizações que, parcialmente, sobreviveram ao tempo. Mas que tiveram picos em diferentes épocas da história mesoamericana.

A equipe chamou esse design de padrão Middle Formative Usumacinta (MFU). E as variantes relacionadas a ele sugerem que as interações e influências inter-regionais entre os olmecas e os maias eram bem mais complicadas e diversas do que se imaginava.

“A presença desse padrão anteriormente não reconhecido implica que o surgimento de complexos cerimoniais padronizados no sul da Mesoamérica foi mais complexo do que se pensava”, escreveram os pesquisadores.

“Sempre houve um debate sobre se a civilização olmeca levou ao desenvolvimento da civilização maia ou se os maias se desenvolveram de forma independente. Portanto, nosso estudo se concentra em uma área-chave entre os dois”, concluiu Inomata.

Fonte: https://www.sciencealert.com/hundreds-of-ancient-maya-sites-hidden-under-mexico-reveal-a-mysterious-blueprint

Gases de efeito estufa atingem novo pico antes da COP26

Artigo anterior

7 casos de sucesso de estrelas mirins de Hollywood

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido