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Takahashi Kazuki, criador do mangá “Yu-Gi-Oh!”, morre aos 60 anos

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O autor de mangá japonês Kazuki Takahashi, criador do Yu-Gi-Oh!, morreu aos 60 anos. De acordo com a Guarda Costeira japonesa, a causa da morte foi um possível acidente de mergulho.

O corpo de Takahashi foi encontrado na quarta-feira (06/07) na costa de Okinawa, no sul do Japão, após a Guarda Costeira receber uma chamada de emergência, informou à AFP um membro dessa força na cidade de Nago.

“Vestia uma camiseta, óculos (de mergulho), snorkel e pés de pato”, disse a mesma fonte, acrescentando que uma investigação está sendo conduzida. 

As hipóteses atuais são a de morte acidental ou criminosa. Foram encontradas marcas de mordidas pelo corpo do artista, que podem ser de tubarões ou de outros animais marinhos. Ainda não foi informado se Kazuki Takahashi foi atacado antes ou depois de morrer.

Carreira de Kazuki Takahashi

Foto: O Globo

Antes de “Yu-Gi-Oh!”, Takahashi começou a carreira nos mangás com a série “Tokiō no taka”, em 1982, que significa “Lutando Contra o Falcão do Rei”, em tradução literal. 

Porém, foi apenas em 1996 que Kazuki Takahashi encontrou sucesso mundial após lançar a série de mangás “Yu-Gi-Oh!”.

O mangá Yu-Gi-Oh!

Foto: Jovem Nerd

Inicialmente publicado na revista japonesa “Weekly Shonen Jump”, entre 1996 e 2004, o mangá conta a história de Yugi, um adolescente que ganha de presente um quebra-cabeça que possui o espírito de um faraó egípcio que se apodera do corpo do jovem. 

Em seguida, a série de 38 volumes lançada pela editora japonesa Shueisha tornou-se febre mundial. Yu-Gi-Oh! foi adaptado em séries de animação para a TV e dois filmes. O sucesso foi tão grande que foi lançado até mesmo um jogo de cartas.

O sucesso do jogo de cartas foi gigantesco, o que fez com que ele entrasse para o Guinness em 2011 como o mais vendido do mundo, com 25 bilhões de baralhos.

Takahashi também ganhou o prêmio Inkpot da Comic Con Internacional de San Diego por sua contribuição ao mundo dos quadrinhos, da ficção científica, do cinema e televisão, da animação e de fandom.

O artista japonês continuou a supervisionar a criação do mangá de “Yu-Gi-Oh!” até o fim. 

Parceria com a Marvel e outros projetos

Foto: Marvel/ Divulgação

Recentemente, há duas semanas, a Viz publicou um novo projeto de Kazuki Takahashi com personagens da Marvel, a Marvel’s Secret Reverse. Na história, o Homem-Aranha e Homem de Ferro “viajam para o Japão para combater um magnata dos jogos do mal e sua nova tecnologia mortal”. A obra faz parte do cânone do universo Marvel 616.

Outra obra de Takahashi é o mangá “Dump”, com menos apelo comercial. A história foi lançada em 2013. O projeto foi baseado em um jogo de cartas homônimo elaborado pelo mesmo autor.

Cinco anos depois, em 2018, o artista lançou “The Comiq”, um quadrinho que acompanha a história de um autor de mangás iniciante. O protagonista guarda um segredo em relação ao roteiro que está criando e precisa lidar com um assistente presidiário em busca da própria reintegração na sociedade.

A febre do jogo de cartas “Yu-Gi-Oh!” nas escolas do Rio de Janeiro

No começo dos anos 2000, o jogo de cartas ‘Yu-Gi-Oh!’ se tornou uma febre nas escolas do Rio de Janeiro. Na época, o desenho animado de mesmo nome era transmitido pela Globo e pelo canal de TV a cabo Nickelodeon. 

De acordo com uma reportagem do GLOBO, publicada em junho de 2003, os alunos mais fissurados criavam torneios nas escolas. A primeira regra era ter o baralho original, com cartas plastificadas e até marca holográfica, que custava até R$ 100 (R$ 240 em valores atuais).

No entanto, preocupados com a discriminação que os filhos poderiam sofrer por não ter o baralho original, mães e pais de alunos levaram o assunto a reuniões de professores. Em contrapartida, outros responsáveis escreviam os nomes de seus filhos nas cartas autênticas para que eles não trocassem com amigos por falsificações.

Para prender a atenção dos alunos, uma professora do colégio Santa Rosa de Lima, em Botafogo, usou o baralho para ajudar os alunos a resolverem problemas de matemática.

Já outra professora pediu que as crianças não levassem as cartas para a escola.

Lançado no Brasil no início de 2003, o “Yu-Gi-Oh!” era extremamente popular em nosso país. De acordo com matéria do O Globo, a Point HQ, em Ipanema, vendia mais de 20 baralhos do jogo por dia. 

Fonte: GZH, O Globo

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