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A triste história de Janusz Korczak e suas crianças durante o nazismo

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A ideologia associada ao Partido Nazista, ao Estado nazista, foi uma ditadura que deixou marcas de atrocidades no mundo. O nazismo apoiava teorias como a hierarquia racial, sendo que os povos germânicos, chamados de raça nórdica, eram descritos como os mais puros da raça ariana e eram, portanto, vistos como a “raça superior”.

Não é novidade nenhuma que as atrocidades cometidas por essa ditadura marcaram o mundo. E em meio a tantos atos monstruosos contra humanidade, algumas histórias de verdadeiros heróis que ajudaram várias pessoas, ficam perdidas. Como a história de Janusz Korczak, um escritor e professor que é sinônimo de humanismo e auto sacrifício e amor pelas crianças.

Ersh Henryk Goldschmit, que depois se tornaria Janusz Korczak, nasceu no dia 22 de julho de 1878. Sua família era de judeus poloneses. Ele teve que trabalhar desde cedo porque seu pai foi aleijado por causa de uma doença mental. E na época em que estudava no ensino médio, ele pensava que a forma com que as crianças eram tratadas, estava errada. Para ele, elas deveriam ser tratadas de uma forma mais suave e com mais respeito.

Orfanato

Em 1911, Goldschmit abriu seu orfanato. Com as ideias do homem, o seu orfanato era diferente das outras instituições que só davam um teto e comida para as crianças. “Outros abrigos criam criminosos”, disse. As crianças que iam para esse orfanato eram tratadas por pessoas com um compromisso com a educação espiritual e moral delas.

O homem conseguiu ensinar para suas crianças, desde cedo, o humanismo, a justiça e o desenvolver da autoconsciência. E ao mesmo tempo em que ele estava trabalhando no orfanato, ele também publicou revistas e livros. E o pseudônimo que ele usava se tornou famoso no mundo todo. O escritor seria conhecido como Janusz Korczak.

O escritor estava ficando famoso, mas a guerra veio para mudar tudo. As ideias dele eram ideiais repugnantes para Hitler. Na Varsóvia ocupada, ele desafiava a força policial até que se tornou uma ameaça para o seu orfanato. Ele estava agora ensinando as crianças a sobreviverem.

Fim

Algumas pessoas até ofereceram ajuda a Korczak, com passaporte e aluguel de casa, mas ele não queria deixar suas crianças. Ele não as deixou mesmo quando todo o orfanato foi colocado em carros e mandado para o campo de concentração de Treblinka. Esse lugar foi o segundo campo de extermínio depois de Auschwitz. Nos anos da guerra, entre 750 e 810 mil pessoas foram executadas.

Mesmo sabendo para onde iam, Korczak não deixou suas crianças em nenhum momento. Cerca de 200 alunos entraram voluntariamente no trem. Um comando alemão ainda ofereceu para salvar a vida do escritor, mas não adiantou. Depois disso, todos tiveram a mesma data de morte, 7 de agosto de 1942. Por algum tempo, ainda existiam rumores de que Korczak e suas crianças estavam vivas, mas nenhuma prova disso foi apresentada.

O escritor tinha o dom de fazer as crianças felizes. Até mesmo os fascistas, que não conheciam o trabalho, a piedade e generosidade do homem, respeitavam o trabalho do judeu Janusz Korczak. Ele dedicou a sua vida às crianças e as compreendia melhor do que ninguém.

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