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É quase impossível hoje em dia alguma pessoa nunca ter tirado uma selfie. Para quem não está ligando o nome ao conceito, selfie é uma foto de si próprio, um autorretrato tirado, na maioria das vezes, pelo celular. Parece ser uma coisa simples, mas às vezes, uma selfie em um momento errado pode ser fatal.
Temos como exemplo o caso desse turista de 21 anos do Reino Unido. Ele morreu atingido por uma hélice do helicóptero em que ele estava viajando de Atenas para Mikonos, na Grécia, na segunda-feira dessa semana. O turista Jack Fenton morreu na hora.
Caso
G1
De acordo com o jornal “The Guardian”, ele estava tirando uma selfie no helicóptero e foi atingido pela hélice traseira alguns segundos depois do pouso. Os pais do menino estavam em outro helicóptero. E quando o piloto foi avisado da tragédia, ele voou de volta para Atenas.
O jovem era estudante na universidade Oxford Brookes. Seu corpo foi velado no Reino Unido.
Ainda segundo o “The Guardian”, o piloto e dois engenheiros de pista foram detidos, além de um inquérito ter sido aberto para investigar se existiu negligência. Isso porque as hélice deveriam estar paradas para que os passageiros pudessem descer do helicóptero.
Nesse caso, o piloto pode ser acusado de homicídio culposo.
Selfie
Área de mulher
Como visto, uma selfie pode acabar tirando a vida de uma pessoa. E elas são mais perigosas do que ataques de tubarão, como mostrou um estudo. Esse estudo foi feito tendo em mente a pergunta “o que mata mais: selfies ou ataques de tubarões?”.
De acordo com relatório indiano, 259 pessoas morreram em 137 acidentes relacionados às selfies entre 2011 e 2017. Ao comparar esses dados com as mortes causadas por tubarões, tem-se estatísticas curiosas.
Apenas 50 pessoas foram mortas por tubarões no mesmo período analisado. Embora 259 mortes ao longo de sete anos não pareçam muito, as fatalidades relacionadas às selfies estão tendo uma “alta”. No ano de 2011, haviam apenas três. Entretanto, em 2017, o número chegou a 100.
A situação até gerou seu próprio selo ou categoria bizarra: selfiecide. De acordo com o estudo, a vítima típica de “selfiecídio” é um homem com 20 e poucos anos. A maioria é da Índia, com porcentagens menores na Rússia, nos Estados Unidos e no Paquistão. Em grande parte, as mortes são causadas por afogamento, atropelamento ou queda. Outras causas incluem posar com armas carregadas, animais selvagens ou enquanto estiver dirigindo.
Embora o estudo mostre que a maioria das mortes foram resultado de “comportamento de risco”, nem todo selfiecídio aconteceu nessas circunstâncias. Alguns foram ocasionados sem quaisquer antecedentes perigosos, como se afogar depois de ser atingido por uma onda sorrateira. Os autores do estudo pedem que os governos locais declarem “zonas sem selfie” em áreas perigosas, como picos de montanhas e edifícios altos.
Por exemplo, em Mumbai já existem 16 dessas zonas. Entretanto, as pessoas das regiões dizem que elas são amplamente ignoradas. Pesquisadores dizem que suas descobertas são “apenas a ponta do iceberg”.
Mortes
Amaya resorts
Infelizmente, existem vários casos de morte por conta de selfies, como por exemplo, em novembro de 2018, uma turista alemã de 35 anos estava fazendo uma visita a um penhasco de 1.200 metros de altura, o chamado Worlds’s End, que fica em Sri Lanka. Acreditando que a vista incrível resultaria em uma boa fotografia, resolveu tirar uma foto ao lado de sua amiga. No ato, ela tropeçou e caiu do penhasco, causando um horror nas pessoas presentes.
O corpo da mulher foi procurado por seis horas e a busca contou com apoio aéreo e uma equipe de escalada. Essa não foi a primeira vez que alguém caiu de um penhasco tirando uma selfie. Em 2015, um holandês, que estava em lua de mel com sua esposa, tentou fazer um retrato ao lado dela quando caiu. Ele sobreviveu, pois teve a sorte de parar em uma árvore 15 metros abaixo de onde estava.
Imagens: G1, Área de mulher, Amaya resorts
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