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Um crânio de incríveis 5600 anos foi encontrado em Londres

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O rio Tâmisa é um dos mais famosos do mundo inteiro, uma vez que possui pessoas vivendo perto de suas margens há milhares de anos. Suas águas barrentas guardam muitas histórias do passado. Atualmente, nas margens do rio Tâmisa, homens trabalham na busca de pedras preciosas. Costuma-se encontrar coisas interessantes vez ou outra, como porretes e vasos sanitários. A última coisa curiosa encontrada no local foi um crânio.

Não estamos falando de um crânio qualquer e nem de nada habitual. Se trata de uma ossada de uma pessoa que viveu há cerca de 5600 mil anos atrás. O pedaço de preciosidade foi entregue, por último, ao Museu de Londres. O artefato é muito mais valioso do que poderia indicar em uma primeira vista. Ele é o osso frontal de um crânio fraturado, que pertencia a um homem adulto que viveu por volta de 3600 a.C., o que torna esse crânio neolítico um dos mais antigos espécimes humanos já retirados do Tâmisa.

Assim que encontrou o crânio, o trabalhador ligou para a polícia metropolitana. Inicialmente, ele pensou se tratar de um crime que poderia ter sido bem mais recente. “Após relatos de um fragmento de crânio humano encontrado ao longo da costa do Tâmisa, detetives compareceram ao local. Sem saber quantos anos tinha esse fragmento, uma investigação completa ocorreu, incluindo outras detalhadas e pesquisas”, afirmou o chefe de polícia, Matt Morse.

O crânio

Só foi possível descobrir que o crânio pertencia a Era Neolítica devido a datação por radiocarbono. Esse período representa uma “Nova Idade da Pedra”, que começou há cerca de 6.000 anos, com o desenvolvimento da agricultura. O período terminou no norte da Europa à medida que o uso de metais se tornou comum, levando a Grã-Bretanha à Idade do Bronze por volta de 2000 a.C.

Como esse crânio (e consequentemente, o corpo) foi parar no rio Tâmisa? Acontece que no passado, o rio Tâmisa era semelhante ao rio Ganges, na Índia. Era comum que as pessoas jogassem restos humanos, vasos, ossos e instrumentos bem diversificados, bem como muitos dos machados de pedra já feitos. O homem também pode ter sido uma oferenda aos Deuses, que também usavam o rio para seus rituais.

Na verdade, o mais provável, segundo os estudiosos do Museu de Londres, é que tenha sido outra coisa. No fim das contas, a mudança do curso do rio e seus afluentes inundaram muitos assentamentos primitivos, varrendo túmulos neolíticos. Esse crânio poderia muito bem estar enterrado, e depois, ter sido levado para a água.

Rio Tâmisa

Na Era Neolítica, o rio Tâmisa era muito diferente do que conhecemos hoje em dia. Para você ter uma ideia, ele era muito mais largo e raso do que é hoje, sendo que era rodeado por extensos lodaçais e florestas decíduas. Vestígios da atividade humana, datados entre 3500 e 4000 a.C., são encontrados no local desde muito tempo atrás, principalmente na forma de ferramentas, armas e fragmentos de vasos de cerâmica.

As pessoas que por ali viviam, nessa época, eram semi-nômades e cuidavam de pastoreiro, caçavam e produziam uma agricultura mais rebuscada do que as de épocas anteriores.

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