Curiosidades

10 fatos obscuros sobre o ataque norte-americano à Hiroshima e Nagasaki

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Alguns capítulos da formação da nossa composição história, social e cultural atualmente, possuem passagens e episódios que de fato, deveriam ser pulados ou sequer existido.

Um dos mais tradicionais exemplos dos níveis de crueldade ao qual o ser humano pode chegar, foi a Segunda Guerra Mundial. Seja de uma vertente à outra, de Forças Aliadas à Eixo, a nossa sociedade contemplou na década de 40, algumas das mais sanguinárias vivenciações.

Um de seus fatos mais marcantes, o lançamento de bombas nucleares realizados dos Estados Unidos sobre o Japão, completam 70 anos em alguns dias.

Vamos enumerar para vocês 10 curiosidades marcantes relacionadas ao fatídico ato contra os Japoneses. Confira:

10. O Torneio de Go de 1945

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No dia 6 de Agosto de 1945, a cerca de 7 quilômetros à frente de Hiroshima, Utaro Hashimoto e Kaoru Iwamoto, dois grandes nomes do jogo japonês, estavam se concentrando para uma partida do Torneio de Go. O jogo iria ocorrer por forte insistência, a liberação da polícia japonesa veio com a condição de que o torneio fosse realizado longe da cidade, visto que haviam ameaças de conflitos com os norte-americanos. Instantes após o início da partida, a bomba caiu em Hiroshima, e os impactos foram sentidos nas estruturas fora da cidade, onde estava sendo realizado o torneio. Após algumas pessoas ficarem feridas com escoriações pelo corpo, o jogo teve uma pausa para o almoço. Quando retornaram e finalizaram o jogo, que se deram conta da catástrofe que havia acontecido poucos quilômetros ao lado. Iwamoto, desde então, se aposentou dos jogos e virou um disseminador da paz mundial voluntariado.

9. Kyoto: Salva pelo gongo

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A cidade de Kyoto, quase foi o primeiro alvo das bombas atômicas. A cidade curiosamente só ‘se salvou’, pois o secretário de guerra norte-americano, Henry Stimson, havia passado sua lua-de-mel em Kyoto, e tinha uma lembrança muito boa vinculada à cidade oriental. Quase, quase!

8. “Os hibakusha”

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“Os hibakusha”, são considerados, os sobreviventes do ataque nuclear. E o termo em japonês remete à “pessoas afetadas pela explosão”. O emprego do termo foi criado, pois após os ataques de bombas atômicas ocorridos no Japão, as pessoas que eventualmente sobreviveram, viraram alvo de segregação, preconceito conjugal, e até mesmo de assistência de saúde. Os demais japoneses não queriam se envolver de nenhum modo com pessoas, segundo eles, ‘infectadas’. Triste! 

7.  “ant-walking alligators”

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A bomba que foi detonada sobre Hiroshima destruiu dois terços da cidade e matou instantaneamente 80.000 pessoas (40% da população da cidade). Além dessa destruição, há uma história que intrigavam os oficiais civis japoneses da época.

Mesmo dentre os sobreviventes, existiam diferenciações por número de impactos que a explosão nuclear causou. Algumas pessoas eram conhecidas como “ant-walking alligators”, pessoas que não tinham mais feições humanas devido a radiação que queimou suas peles, olhos, e coberturas corporais de tecidos. O mais assustador era que eles não conseguiam nem exteriorizarem suas dores e sentimentos, pois não conseguiam gritar, apenas faziam ruídos similares aos dos gafanhotos.

6. O Falcão Maltes

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Esse é o título de um filme de 1941, dirigido por John Huston foi inspiração para as bombas lançadas em Hiroshima e Nagasaki em seu enredo.

O físico Robert Serber (1909-1997), um dos desenvolvedores da bomba, era grande fã do filme que tinham conspirações milionárias internacionais e fortes encenações sexuais em seu conteúdo.

 

5. The Enola Gay

 

Esse foi o avião que lançou o “little boy” em Hiroshima. A aeronave foi após o ataque, utilizada diversas vezes em missões relacionadas à monitoramento aéreo e testes nucleares norte-americanos, na região do pacífico. O último sobrevivente de sua tripulação, Theodore Van Kirk, morreu no dia 28 de julho de 2014, com 93 anos de idade.

4. As portas do Banco Teikoku

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Quando a bomba atômica foi lançada sobre Hiroshima, ela definitivamente aniquilou TUDO que envolvia o seu caminho. . . Aliás, quase tudo.  A exceção foi o cofre do Banco Teikoku.

As portas do cofre foram feitas de concreto maciço reforçado com aço, feitas por uma empresa de Ohio nos Estados Unidos. A reputação da resistência dessas portas, gerou inclusive visitação constante local para verificarem a procedência do produto.

3.  “BocksCar”

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Esse é o nome dado ao bombardeiro B-29 do exército dos Estados Unidos, que foi responsável por liberar a arma nuclear diretamente em cima de Nagasaki. O ataque destruiu cerca de 44% da cidade, matou 35 mil pessoas e feriu 60 mil. O que de fato não foi pior, por um ‘erro’, onde o piloto e major Charles W. Sweeney, que desobedeceu ordens superiores e acabou tentando lançar a bomba antes de efetuarem uma revisão nos tanques de combustível do caça, que apontava estar com problemas nos níveis de gasolina no motor, o que fez com que 40% da efetividade da bomba atômica lançada em Nagasaki, fosse desperdiçada. Menos mal, né?

2. Sadako Sasaki

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Sadako Sasaki (佐木禎子), foi uma japonesinha que vivia distante do epicentro da bomba, e junto de sua mãe e irmão, saíram ilesos fisicamente do ataque da bomba. Entretanto, a garotinha de apenas dois aninhos, foi atingida pela chuva de radiação que pairava naquele lugar inteiro.

No dia 3 de agosto de 1955, uma amiga de Sadako, visitou ela no hospital e fez para ela um origame de um Tsuru. Uma famosa lenda popular japonesa, onde quem fazia mil Tsurus em origami teria o direito a qualquer desejo realizado pelos deuses. A garotinha começou a fazê-los, pedindo sua cura e pela paz mundial.

Sadako fez 646 Tsurus de papel e após sua morte, seus amigos fizeram mais 354, de modo que ela fosse enterrada com os seus mil Tsurus. A história da garotinha é tão forte para os japoneses, que em Hiroshima foi erguida uma estátua a ela, no Parque da Paz com os dizeres: “Este é o nosso grito, esta é a nossa oração. Paz na terra!”.

1. A Chama da Paz

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A Chama da Paz é considerado o símbolo contra as guerras nucleares e bélicas. Ela foi construída pelo professor Kenzo Tange em 1964, com o intuito de permanecer sempre acesa até que o mundo esteja livre totalmente de armas nucleares. O povo de Hiroshima e Nagasaki acreditam que testar bombas atômicas é um insulto para a memória daqueles que tinham perdido suas vidas para as explosões nucleares. Eles realmente esperam que as potências mundiais simplesmente parem de armazenarem armas nucleares e ajudem a mover o planeta em direção a um mundo livre de armas nucleares e conflitos armados.

 

Que a guerra e o Japão, só sejam usados na mesma frase, em contextos relacionados aos jogos, mangás e animes que esse país formidável, exporta para nós ocidentais tradicionalmente…

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