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7 formas com as quais a evolução te prejudicou

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Aqui mesmo já listamos alguns animais que surpreendentemente foram “mal projetados” e nós, seres humanos, fazemos parte dessa lista. A evolução é algo incrível, que ao mesmo tempo que nos capacitou com habilidades incríveis, também garantiu que passassemos pelo menos metade das nossas vidas com dores nas costas.

Nas palavras pesadas do cientista Richard Dawkins, a evolução é um “relojoeiro cego”, que não pode ver o que está fazendo, mas usa da tentativa e erro para fazer algo funcionar perfeitamente. E por vezes, isso acontece por acaso.

Mesmo que isso tenha resultado em humanos caminhando sobre duas pernas e tantas outras habilidades formidáveis, essa abordagem de tentativa e erro pode deixar sua marca no resultado final. O nosso corpo é cheio de evidências do nosso passado evolucionário desordenado e confuso. E mesmo que algumas delas sejam inofensivas, como o cóccix que uma vez já foi nossa cauda, outras acabaram sendo resultado nada ideais. Essa é mais uma prova de que não fomos inteligentemente projetados. Confira 7 formas com as quais a evolução te prejudicou.

1 – Responsável pela sua procrastinação crônica

Você sabe tudo o que tem que fazer. Você tem um trabalho para fazer, coisas para organizar, um relatório para terminar. Se você começar agora, muito provavelmente, você terminaria com tempo de sobra para fazer outras coisas. Acontece que, sem que você perceba, já é a hora de dormir e você não cumpriu nem a metade das metas do seu dia. Relaxe, a boa notícia aqui é que isso não é totalmente culpa sua.

Segundo uma pesquisa em Ciência Psicológica, os traços de impulsividade e procrastinação são características hereditárias. Os pesquisadores descobriram que a tendência a procrastinar está escrita em nossos genes. Evolutivamente falando, isso faz todo sentido. Os nossos ancestrais eram mais propensos a dar prioridade para metas de curto prazo. Natural, já que o perigo de ser ferido por algo era constante.

2 – Você pode morrer enquanto come

Uma das características mais problemáticas da anatomia humana é a nossa capacidade de morrer enquanto comemos. O único caminho pelo qual o ar pode entrar em nossos corpos é também a mesma passagem de sólidos e líquidos. Pelo visto a nossa evolução desenvolveu uma característica que pode nos matar facilmente.

Especula-se que a razão pela qual dependemos da faringe (que faz um trabalho duplo) é a capacidade de produzir sons complexos. Pelo visto, isso superou as desvantagens de ocasionalmente morrermos de asfixia.

3 – Seus órgãos internos são mal colocados

Andar sobre duas pernas pode parecer algo genial, mas nem tanto. Essa capacidade de andarmos eretos, faz com que nossos órgãos internos estejam empilhados um em cima do outro. Em nossos primos quadrúpedes, a parede abdominal fornece um excelente apoio durante qualquer tipo de esforço. Essa posição impede que os órgãos coloquem muita pressão em cima uns dos outros.

Já nos seres humanos, os órgãos internos são mal colocados. Acredita-se que seja essa uma das principais causas de dores colaterais que sentimos quando fazemos qualquer exercício. Os órgãos que são apoiados por tendões se balançam para cima e para baixo, puxando suas entranhas e causado fortes dores.

4 – Pode ser a causa do TDAH

Na maioria dos casos, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade tem um forte componente genético, que indica que pode ter sido fornecida uma vantagem evolutiva para os nosso ancestrais.

Os seres humanos evoluíram para ser hiper conscientes do seu ambiente. Para ter um alerta maior para o clima, predadores e presas. Essa característica nos ajuda a distinguir cada pequeno ruído e isso significa algum perigo. Em um estudo feito com tribos de caçadores da Universidade de Northwestern, os pesquisadores descobriram que aqueles indivíduos que exibiam qualidades semelhantes aos que tinham TDAH, tendiam a ser mais nutridos.

Evolutivamente falando, não é nada normal que alguém consiga ficar em uma sala por horas focado apenas em uma única tarefa.

5 – Não podemos produzir vitamina C

Sem a presença da vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, nosso organismo fica mais fracos. Perdemos a capacidade de produzir colágeno, os ossos ficam mais fracos, os dentes caem e pode haver sangramentos por todos os orifícios.

Muitos dos animais vertebrados podem produzir vitamina C, isso significa que eles podem viver sem o consumo de vários alimentos sem problema algum. Os seres humanos também têm todos os genes para sintetizar a vitamina C, mas por algum motivo que ainda não sabemos, eles simplesmente não funcionam. Em algum momento da nossa evolução, uma mutação aleatória fez com que nossas habilidades de produzir a vitamina fossem “desligadas”.

6 – Os órgãos genitais

Pelo visto, a parte do corpo humano capaz de provar que a evolução não foi muito boa com os seres humanos está nas nossas calças. Primeiro, que o aparelho urinário masculino serpenteia de maneira indireta ao redor da próstata. Como a próstata incha, principalmente na vida adulta, isso pode significar que fazer xixi se tornará um desafio conforme os homens envelhecem.

Para as mulheres, não é nada mais fácil. Com a natureza apertada da vagina e uretra, e a proximidade do ânus, existe uma alta probabilidade de infecção após o sexo. Tanto para o homem quanto para a mulher, essas infecções podem passar pela uretra e entrar na bexiga.

Sem contar a questão dos testículos masculinos pendurados do lado de fora do corpo. Enquanto muitos outros animais os mantêm em segurança no abdômen. E ainda há o dilema das mulheres na hora do parto, quando têm um bebê passando pela sua pélvis.

7 – É responsável pelo fetiche do pé

Estudos já mostram que os pés são a parte do corpo não-genital mais fetichizada. Inclusive, 47% dos participantes do estudo, relataram seu interesse especial pelos dedos do pé. Devido a essa predominância, muitas teorias foram levantadas sobre o porquê de as pessoas gostarem tanto dos pés. Alguns relacionaram isso com o fortalecimento feminino, já que ter alguém beijando seus pés tem sido visto como um símbolo de poder.

No entanto, o neurocientista Vilayanur S. Ramachandran tem um argumento mais científico e acredita que a resposta esteja nos nossos cérebros. Ele observou que as áreas do cérebro que estão associadas aos órgãos genitais e aos pés, estão colocadas lado a lado. Talvez essa peculiaridade estrutural possa estar ligada ao fetichismo do pé.

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