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9 personagens de jogos mais importantes da última década

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Há muito tempo a indústria de jogos vem se desenvolvendo. Como resultado disso, hoje encontramos produções que transcendem o pragmatismo e apresentam narrativas tão bem elaboradas que inspiram filmes e séries. Na verdade, também existem desenvolvedores que utilizam recursos cinematográficos em seus games. Só para ilustrar, podemos citar Death Stranding de Hideo Kojima. Contudo, o mais interessante em todo esse processo inovador é ver os protagonistas dessa aventuras ganharam diversas camadas de complexidade. Sendo assim, resolvemos selecionar alguns dos personagens mais importantes de jogos dos últimos dez anos. Confira a seguir.

9 – Atreus | God of War

A reinicialização de God of War em 2018 trouxe Kratos, em sua melhor narrativa. Contudo, grande parte desse mérito vai para Atreus, seu filho. Afinal, esse novo personagem foi responsável por revitalizar a franquia e mostrar o lado mais humano do Deus da Guerra. Embora tivesse tudo para ser um mero coadjuvante, sem nenhum destaque, Atreus ganha uma notável profundidade. Após a morte de sua mãe e a negligência de seu pai, o garoto apresenta seus próprio desafios e motivações. Assim, ao descobrir que não é um mero mortal, Atreus atravessa uma jornada de corrupção pelo poder, até se reconciliar consigo mesmo, com a ajuda de Kratos. Logo, o vínculo entre os dois se mostrou o necessário para levar a narrativa de God of War, ainda mais além.

8 – Madeline | Celeste

Embora à primeira vista a premissa de Celeste não pareça muito atrativa, sua protagonista se mostra inovadora. Ao passo que a personagem tem de chegar ao topo de uma montanha, sua motivação não parece interessante. Equívoco o nosso. Na verdade, não demora para que o jogo nos leve à uma profunda reflexão sobre o gerenciamento dos efeitos da depressão e ansiedade. Sendo assim, Celeste foi aclamado por abordar tópicos importantes que deveriam estar mais em pauta, já que afetam diversas pessoas ao redor do mundo. Ademais, além de apresentar uma protagonista complexa, envolvente e relacionável, Celeste também se torna bastante representativo ao revelar a transgêneridade de Madeline.

7 – Tracer | Overwatch

Tracer é o rosto carismático e energético de Overwatch. Então, foi uma surpresa para os fãs do jogo quando, em dezembro de 2016, a Blizzard revelou que a personagem se identificava como lésbica. Esse, sem dúvidas, foi um marco para o mundo dos games,a final, Tracer foi uma das primeiras personagens queer a aparecer em um popular jogo de tiro em primeira pessoa online. Ao passo que Tracer é uma jovem adorável com incríveis habilidades de combate, muitos a comparam com Lara Croft. Contudo, ao invés da sexualização comercial envolta na primeira, Tracer se tornou um símbolo dos direitos LGBTQ+.

6 – Emily Kaldwin | Dishonored 2

Ao longo da série Dishonored, Emily Kaldwin passa de uma donzela em perigo à uma grande heroína. Enquanto no primeiro jogo, a personagem era uma herdeira ao trono que precisava ser salva dos bandidos, no segundo ela se torna a protagonista definitiva da franquia, retratada de uma forma sutil e forte. Apesar de ser uma jovem inexperiente, forçada a amadurecer após o assassinato de sua mãe, Emily é determinada o suficiente para alcançar a grandeza e forjar seu próprio caminho. Essa narrativa foi importante para representar aproximadamente 46% do público gamer, representado por mulheres.

5 – Lee Everett | The Walking Dead

Grande parte do sucesso de The Walking Dead da Telltale pode ser atribuído à excelente escrita e interpretação de Lee Everett. Assim como já vimos em diversos lugares, Lee é um protagonista complexo e de bom coração, contudo, ao contrário da maioria, Lee marca uma importante mudança na indústria. Além de ser um protagonista negro, ele transforma um título cuja premissa é exagerada em uma experiência emocional, pessoal e de mecânica simples. Ademais, mesmo diante da falta de superpoderes, Lee utiliza sua vivência como professor de história para fazer escolhas fundamentadas. Assim, o personagem compreensivo, familiar e amável inova a formula dos games, mostrando que nem sempre é necessário utilizar violência e armas para conquistar o público.

4 – Clementine | The Walking Dead

Embora não partilhe do protagonismo de Lee, Clementine não deixa de se destacar na primeira temporada de The Walking Dead. Como resultado disso, após a morte de Lee, a personagem assume as rédeas da franquia. Apesar de sua idade e das várias experiências traumáticas, Clementine consegue manter sua humanidade. Aliás, grande parte disso é graças a influência de Lee. Pois bem, além disso, jogar com a personagem não é muito fácil, porém não deixa de ser extremamente extraordinário. Assim, de uma criança indefesa, Clem se transforma na sobrevivente mais destemida do deserto. Sem dúvidas, essa personagem é um forte concorrente ao prêmio de maior destaque da franquia.

3 – Os Bakers | Resident Evil 7

Há algum tempo atrás, nos anos 90, Silent Hill venceu Resident Evil na batalha pelo título de melhor experiência imersiva de terror de sobrevivência. Isso aconteceu porque o jogo conseguiu transformar pessoas comuns em forças mais assustadoras que o horror do cenário. Posteriormente, Resident Evil 7 fez o mesmo com os vilões. Assim, a desenvolvedora teve a genial ideia de substituir adversários sem cérebro ou caricatos, pela aterrorizante família Baker. Em suma, os Baker são pessoas comuns levadas a cometer atos terríveis contra sua vontade. Logo, esse é o maior trunfo do jogo, pois acabamos simpatizando com as pessoas que precisamos matar.

2 – Samantha Greenbriar | Gone Home

Se Gone Home é descrito como “um jogo que definiu uma década”, Samantha Greenbriar não poderia deixar de estar aqui. Mesmo sem aparecer fisicamente no game, a presença da personagem é palpável. Assim, na pele de Katie, irmã de Samantha, encontramos notas deixadas por ela enquanto tentamos descobrir o motivo por trás da ausência de todos. Embora a atmosfera de mistério pareça clichê, mais tarde descobrimos que Sam não teve um destino terrível. Muito pelo contrário, ela fugiu para viver um romance com a garota que ama, deixando para trás a família que não a apoiava. Logo, apesar de fictícia, a história de Samantha é bastante representativa.

1 – Senua | Hellblade: Senua’s Sacrifice

Já que estamos falando de inovação da indústria dos games, é impossível deixar de citar Senua. A protagonista de Hellblade é diferente de qualquer personagem já retratado na história dos videogames. Em suma, ela luta contra a psicose, um distúrbio mental que se manifesta através de alucinações, delírios e outros sintomas que contribuem par uma ruptura com a realidade. Todo esse conceito passou três anos sendo desenvolvido pela Ninja Theory, que buscou elaborar uma experiência sensorial em camadas. Assim, acompanhamos a jornada de Senua até o submundo para salvar a alma de seu amado. Visto que durante todo o processo de desenvolvimento, a comunidade de saúde mental, tanto profissionais quanto pacientes, foi amplamente consultada, encontramos aqui um retrato realista de uma doença mental incompreendida.

E então, sentiu falta de algum personagem nessa lista? O que você achou da nossa seleção? Compartilhe sua opinião com a gente.

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