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Asteroide que dizimou os dinossauros pode ter dado origem à Amazônia

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Há 66 milhões de anos, um asteroide de 10 quilômetros de largura caiu na Península de Yucatán, no México, onde se formou uma cratera de 150 km de diâmetro. Quando ele se chocou com o solo da Terra, o impacto gerou uma grande nuvem de poeira. Essa nuvem barrou parte dos raios solares, fez com que a temperatura do planeta tivesse uma forte queda e resultou na extinção de 75% de todas as espécies presentes na Terra, dentre elas, os dinossauros.

Que o asteroide extinguiu os dinossauros da Terra todo mundo sabe. Contudo, um novo estudo, publicado por cientistas do Instituto Smithsonian e de várias universidades americanas, sugeriu que ele pode ter feito mais do que dizimado essas criaturas.

Possibilidade

G1

De acordo com o que sugere o estudo, o asteroide também teria tido um efeito positivo na Terra. Ele teria sido o responsável pela formação da Floresta Amazônica.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram amostras de pólen e folhas fossilizadas de antes da queda do asteroide. Como resultado, elas mostraram que, antes do impacto, a paisagem da região era bem diferente. Na época, existiam florestas menos densas formadas por árvores coníferas, como por exemplo, pinheiros e sequoias, e pequenas plantas. Isso corrobora com a ideia de que o asteroide pode ter sido o precursor para a formação da Amazônia.

Asteroide

Oficina da net

Os dinossauros comandaram a Terra por um bom tempo até que o asteroide atingiu nosso planeta. Mas será que se o asteroide não tivesse colidido com a Terra esses animais ainda existiriam? De acordo com o que mostra um novo estudo, a resposta é sim.

Esses novos resultados vêm de um longo e prolongado debate a respeito da extinção dos dinossauros não-aviários. Por mais que o asteroide Chicxlub e as consequências do seu impacto sejam, normalmente, considerados os principais fatores para a extinção maciça do cretáceo, algumas evidências recentes sugerem que algumas espécies de dinossauros já estavam em declínio dezenas de milhões de anos antes disso.

Os autores do estudo disseram ter “apoio esmagador para um declínio de longo prazo em todos os dinossauros e dentro de todos os três principais grupos de dinossauros”. Entretanto, entre os paleontólogos, o apoio a essa ideia dificilmente é esmagador.

Desde que essa ideia foi apresentada pela primeira vez, várias linhas de pesquisa discordaram das suas conclusões. Não necessariamente dos dados, mas das interpretações feitas. Isso porque, as lacunas nos fósseis dos dinossauros e as tendências de amostragem significam que os pesquisadores podem estar fazendo a amostragem de certos dinossauros do cretáceo e superestimando a presença de outros.

“Estudos anteriores feitos por outros usaram vários métodos para chegar à conclusão de que os dinossauros teriam morrido de qualquer maneira, já que estavam em declínio no final do período Cretáceo. No entanto, mostramos que, se você expandir o conjunto de dados para incluir árvores genealógicas de dinossauros mais recentes e um conjunto mais amplo de tipos de dinossauros, os resultados não apontam todos para esta conclusão. Na verdade, apenas cerca de metade deles o fazem”, explicou o paleontólogo Joe Bonsor, da Universidade de Bath.

Extinção

Aventuras na história

Nesse novo estudo, ao invés de contar o número de espécies de dinossauros na época, usando os registros fósseis, a equipe usou métodos estatísticos para observar a taxa de especiação dentro das famílias de dinossauros.

Os pesquisadores analisaram milhares de combinações de árvores genealógicas em 12 famílias de dinossauros. De todos os 2.727 modelos de especiação que foram feitos, somente 518 mostraram um declínio terminal antes do impacto do asteroide.

A equipe, no entanto, diz ser cética com relação à teoria da extinção terminal. Ao invés, sugere que a diversidade dos dinossauros teria ficado alta durante todo o período de criação tardia, mesmo com a riqueza de espécies variando entre os ramos.

“O ponto principal do nosso artigo é que não é tão simples quanto olhar para algumas árvores e tomar uma decisão. Os grandes vieses inevitáveis ​​no registro fóssil e a falta de dados muitas vezes podem mostrar um declínio nas espécies, mas isso pode não ser um reflexo da realidade da época. Nossos dados atualmente não mostram que eles estavam em declínio. Na verdade, alguns grupos, como os hadrossauros e ceratopsianos estavam prosperando e não há evidências que sugiram que eles teriam morrido há 66 milhões de anos se o evento de extinção não tivesse acontecido”, pontuou Bonsor.

“Podemos nunca saber os verdadeiros níveis de especiação e extinção dos dinossauros mesozóicos, mas um maior foco no preenchimento de lacunas no registro fóssil será a principal maneira pela qual os paleontólogos continuarão a construir um imagem mais precisa da diversidade de dinossauros do passado”, concluíram os autores.

Fonte: Superinteressante, Universo racionalista

Imagens: G1, Oficina da net, Aventuras na história 

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