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Conheça a história do tabernáculo que foi refúgio de 40 monges

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O portal de notícias Ripley’s trouxe à tona uma curiosidade extremamente interessante. Em uma reportagem publicada recentemente, o site revelou detalhes da história do manancial mais antigo do mundo, o qual abrigou uma série de monges que aguardaram, calmamente, o fim dos dias.

Um refúgio seguro

O “tabernáculo” está localizado na encosta de uma colina que fica acima do riacho Wissahickon, uma área remota da Filadélfia, na Pensilvânia, estado estadunidense. Conforme expôs a reportagem do Ripley’s, o manancial – uma estrutura forrada de pedras – foi, em 1694, o refúgio de 40 monges, os quais todos estavam convencidos de que o fim dos tempos estava próximo.

O grupo, à data, intitulou-se como “A Sociedade da Mulher do Deserto” – uma homenagem a uma personagem do Livro das Revelações, que buscou refúgio no deserto durante o apocalipse.

Basicamente, o local foi escolhido como refúgio pelos monges por dois motivos: primeiro, o acesso à água potável – disponível em uma nascente que existia bem próxima ao “tabernáculo” – e, segundo, as coordenadas, as quais, para o grupo, tinha valor místico.

Instalados no local, os monges criaram uma espécie de observatório para seguir estudando astronomia, uma prática sagrada. Por conta de tal detalhe, acredita-se também que o local seja o primeiro observatório instalado no mundo.

Os monges de Wissahickon

Os monges de Wissahickon – ou os Eremitas de Wissahickon – eram liderados pelo homónimo Johannes Kelpius, um místico e estudioso da Transilvânia que nasceu na mesma aldeia que Vlad, o Empalador. O monge era mestre em teologia pela Universidade de Altdorf e, como muitos outros membros do grupo, era especializado em medicina e composição musical.

Nos tempos em que frequentou a Universidade de Altdorf, Kelpius ingressou ao movimento religioso pietista – um movimento dentro do luteranismo que enfatiza a santidade pessoal e a devoção, ao invés da mera obediência aos rituais da igreja.

Com conhecimento suficiente em mãos, Kelpius logo se uniu ao Capítulo da Perfeição – um pequeno grupo de jovens chamado liderado pelo pietista alemão Johann Jacob Zimmerman. O grupo em questão acreditava que uma nova era espiritual estava por vir e, por isso, era necessário se preparar tanto fisicamente quanto mentalmente para o retorno de Cristo.

Em 1692, o Capítulo da Perfeição recebeu uma doação anônima de um terreno na Pensilvânia, o que acabou confirmando a premissa de que a chegada da nova era espiritual estava próxima. Em 1694, ao chegar no local, o grupo criou o “tabernáculo”, criando, assim, o refúgio.

Kelpius como líder

Zimmerman, líder do Capítulo da Perfeição, morreu pouco tempo antes do grupo migrar para a América. Prevendo a chegada da morte, Zimmerman nomeou Kelpius como o novo líder espiritual do grupo. Ao assumir a nova posição, Kelpius honrou as vontades de seu mentor, a qual, uma delas, envolvia aguardar o retorno de Cristo em um lugar seguro.

De acordo com o site Ripley’s, Kelpius e o restante do grupo, durante todo o tempo em que tiveram no “tabernáculo”, investiram o precioso tempo estudando música, arte, astronomia e ajudando a comunidade local. Conforme expôs a reportagem do portal, o grupo se dissipou em 1708. A separação se deu por conta da morte de Kelpius. Alguns dos membros permaneceram na Filadélfia, assumindo posições como advogados e médicos.

Hoje, o “tabernáculo” que serviu como refúgio para os monges é apenas uma mera caverna. Em 1961, os Rosacruzes instalaram um grande monólito de granito para prestar uma singela homenagem à irmandade mística que viveu ali.

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