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Conheça esse estranho artefato chinês que detectava terremotos

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Os sismógrafos modernos são equipamentos muito sensíveis. E graças a eles, hoje, detectar os movimentos do solo, incluindo os gerados pelas ondas sísmicas. Tais dispositivos podem detectar os menores movimentos, incluindo aqueles que não podemos sentir. Ao redor do mundo existem milhares de sismógrafos instalados. Ou seja, antever os terremotos.

Dessa maneira, podemos determinar, com apurada precisão, o ponto de origem de um terremoto, por exemplo. Mas vocês sabiam que uma ‘versão arcaica’ de um sismógrafo foi criado na China há 2.000 anos? O equipamento assim como os mais modernos, também era capaz de detectar terremotos. E o mais impressionante: ele não é tão diferente assim das versões de hoje.

Seu criador foi Zhang Heng., que viveu durante a dinastia Han (25 – 220 d.C.), e é muito lembrado por seu envolvimento em muitos campos da ciência. Heng teria se envolvido com astronomia, matemática, ciências, engenharia, cartografia e poesia. Além de outras atividades artísticas. Ao longo de sua vida, o chinês teria servido ao governo e, depois de completar 30 anos, foi convidado a corte imperial. O convite partiu do imperador An devido a suas habilidades como matemático.

Sismoscópio

Apesar de sua fama como inventor, foi o detector de terremotos, que foi chamado de sismoscópio, que mais chamou a atenção das pessoas na época.  O dispositivo foi criado, aproximadamente, em 132 d.C. Heng desenvolveu o primeiro método para detectar terremotos a grandes distâncias com precisão. Ou seja, o equipamento não se baseava no movimento ou trepidação da área onde se encontrava.

Na verdade, o sismoscópio podia determinar a direção de um evento sísmico a centenas de quilômetros de distância. A criação do chinês consistia em um grande vaso de bronze, medindo quase um metro de comprimento e cerca de 80 cm de diâmetro. No entanto, a forma como ele foi projetado e construído é que o torna algo incrível, mesmo nos dias atuais.

“Oito dragões estão dispostos ao longo da parte exterior do vaso, marcando as principais direções da bússola. Na boca de cada dragão havia uma pequena bola de bronze. Sob os dragões, havia oito sapos de bronze, com as bocas largas e abertas para receber as bolas. Seu dispositivo também incluía um pino vertical passando por uma fenda na manivela, um dispositivo de captura, um pivô em uma projeção, uma funda que suspendia o pêndulo, um acessório para a funda e uma barra horizontal que sustentava o pêndulo – essa invenção não foi uma tarefa fácil!”, informou um vídeo, produzido pela Ancient Origins.

Funcionamento

Até os dias atuais, ninguém conseguiu descobrir exatamente como o mecanismo funcionava. O que causaria a queda da bola de bronze, da boca dos dragões para a boca dos pequenos sapos. Alguns teorizam que um pequeno bastão ficava disposto no centro do vaso. Um terremoto faria com que tão bastão tombasse, na direção do choque sísmico, fazendo com que um dos dragões soltasse a bola. O som da bola caindo na boca do sapo alertaria as pessoas sobre o terremoto, além de indicar a direção de sua origem.

Em 138 d.C., o barulho de um dos sismoscópios localizado no palácio real evidenciou que um terremoto havia ocorrido. Entretanto, muitas pessoas não acreditaram que de fato aquele dispositivo funcionasse. Além do mais, ninguém poderia confirmar tal evento de imediato. Porém, alguns dias depois, chegou a confirmação.

Em 2005, cientistas de Zhengzhou, na China, terra natal de Heng, criaram uma copia idêntica de seu sismoscópio. Eles utilizaram o dispositivo para detectar terremotos usando ondas de choque de terremotos reais ocorridos na China e no Vietnã. O sismoscópio conseguiu detectar todos eles. Além de que os dados coletados nos testes correspondiam com precisão aos dados dos sismômetros modernos.

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