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Conheça o BirthStrike, um grupo que se recusa a ter filhos

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Quando se fala sobre o aquecimento global, quais as opções para lidar com o problema vêm à sua cabeça? Talvez, diminuir a poluição, plantar mais árvores, conscientizar as pessoas sobre os cuidados com o meio ambiente, entre outras. Mas, você já pensou em não ter filhos por causa disso? Pelo visto, essa tem sido uma opção bastante válida para algumas pessoas. Um grupo de pessoas decidiu não terem filhos em resposta ao “colapso climático e ao colapso da civilização”. E isso, de forma oficial.

E na verdade, é uma questão a se pensar. É possível ter filhos sabendo que uma catástrofe climática está próxima? O BirthStrike (Greve de Nascimento ou reprodução, em tradução literal) é um movimento crescente que tem incentivado as pessoas a repensarem a sua decisão de terem filhos, e ainda se comprometer a não procriar diante da mudança climática que está acontecendo no nosso planeta.

O movimento

O movimento surgiu em um momento em que o tema das mudanças climáticas está mais em foco. Conforme a população do mundo cresce, ela acaba interferindo na extração de recursos naturais e no aumento das emissões de carbono. Dessa forma, a BirthStrike espera que o seu protesto traga uma atenção maior para o problema mundial da crise ecológica, e que medidas sejam tomadas a respeito.

A BirthStrike foi fundada pela cantora Blythe Pepinoe tem sede no Reino Unido. A organização voluntária já conta com cerca de 200 membros em todo o mundo. Pepino decidiu criar o grupo em março deste ano. Depois de assistir a uma palestra da congressista norte americana Alexandria Ocasio-Cortez, ela diz que mudou o seu posicionamento sobre o assunto. Na ocasião, Alexandria expressou suas próprias preocupações sobre a procriação em meio à mudança climática e à falta de ação do governo.

“Nós, abaixo-assinados, declaramos nossa decisão de não gerar filhos devido à gravidade da crise ecológica e à inação atual das forças governantes face a essa ameaça existencial”, é a descrição do momento na página do blog. Eles ainda pedem uma “ação rápida e mudança profunda em direção a um futuro baseado na igualdade, sustentável, solidário e não violento para os seres humanos e entre toda a vida na Terra”.

O protesto

No entanto, mesmo que os participantes do movimento optem por não terem filhos, eles se declaram diferente do movimento anti-natalidade. Segundo a fundadora, a ideia de anti-natalidade é muito mais radical, e o seu objetivo é desencorajar totalmente as pessoas a terem filhos. O seu objetivo com o BirthStrike não é impedir as pessoas a terem filhos, ou condenar aquelas que já os têm, mas sim, comunicar a urgência da crise.

É um protesto “radical” para chamar a atenção para a ameaça existencial, e como ela está “alterando a maneira como imaginamos o nosso futuro”, diz Pepino. E eles têm uma visão otimista da abordagem dos BirthStrikers. Ela diz ainda que é “de certo modo um ato muito esperançoso. Não estamos apenas tomando essa decisão, escondendo e desistindo. Estamos politizando essa decisão e esperando que isso nos dê a chance de mudar de ideia”.

E você, o que achou dessa ideia? Abriria mão de ter filhos sabendo das mudanças climáticas? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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