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Homem mantém escola há 34 anos catando lixo

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O ano de 2019 mal começou e já tem sido um período difícil. Em meio à tanta tragédia e notícias ruins, às vezes, tudo o que a gente precisa é de uma notícia boa, que nos aqueça os corações e reascenda a esperança na humanidade, porque de coisa ruim o mundo já está cheio.

E a bela iniciativa de Sebastião Duque, de 64 anos, tem ajudado a transformar várias vidas através da educação. Ele tem feito o seu papel para mudar a realidade de muitas crianças carentes que não têm acesso ao ensino infantil.

Seu Sebastião é o fundador responsável pela criação de uma escola popular que atende 80 crianças, com idades de 2 a 5 anos de idade, filhos de desempregados, catadores de lixo e pessoas de baixa renda, em Olinda, Pernambuco.

A escola

O paraibano de Água Branca, Sebastião, é catador de recicláveis, e só estudou até a alfabetização. Ele fundou a Escola Nova Esperança em 1984, motivado pelo desejo de oferecer às crianças da sua comunidade uma oportunidade de um futuro melhor, algo que ele não pôde ter.

A estrutura da escola é improvisada, e a maior parte do material que é utilizado é fruto de doações. E os pais e responsáveis pelas crianças contribuem mensalmente com um valor simbólico de 30 reais, que é usado para arcar com os salários dos professores.

Sebastião faz um trabalho em conjunto com os moradores do bairro que ajudam na manutenção da escola, que não tem nenhuma participação do governo. Hoje, ela conta com 80 alunos, mas ainda tem vaga para mais 20 crianças. A escolinha conta com duas professoras na parte da manhã e duas no período da tarde.

Ele admite que ainda falta muita coisa para se terminar na escola, mas em suas palavras: “Devagarzinho a gente chega lá”.

As crianças beneficiadas

Com 34 anos de atividade, a escola idealizada por seu Sebastião já foi responsável pela alfabetização e formação de centenas de crianças. E essas crianças que foram beneficiadas pela sua iniciativa, também voltaram ao local onde deram os primeiros passos e hoje, depois de formados, algumas delas têm contribuído com a escola, seja com trabalho ou doações.

Tamires Santos é umas das professoras, e já trabalha há 4 anos lá. Para ela, seus alunos são como filhos: “É quase como um filho. Quase uma família mesmo”.

Sebastião, que antes de ser catador, já trabalhou como palhaço e vendedor de raspadinhas, hoje ele mantém a instituição social com o dinheiro que recebe com o material recolhido e de contribuições.

E ele deixa bem claro a motivação e o carinho que tem pelas crianças: “Que Deus ilumine os caminhos delas, dos pais e das mães. Para poder progredir, a gente tem que lutar. Eu vou fazer o que está em minhas mãos”.

E esta atitude honrosa de seu Sebastião prova que não é necessário muito dinheiro, quando se tem vontade e disposição para ajudar os outros.

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