Curiosidades

O lugar do nordeste brasileiro que está se tornando a ”terra do islamismo”

0

Em Itabaianinha, no Interior do Sergipe, cidade localizada a cerca de 118 km de Aracaju, e que possui cerca de 40 mil habitantes, vive Dedé e sua família. A terra árida e quente o faz lembrar da Arábia Saudita. Por lá, numa das regiões mais secas do país, as pessoas costumam pedir chuvas para Padre Cícero. Já Dedé, costuma fazer suas rezas para Alá.

Dedé, de 50 anos, e cujo verdadeiro nome é José Renato de Jesus Vieira, é um ex-pastor evangélico. Atualmente, ele é presidente fundador da Religião Islâmica de Itabaianinha. Na cidade, Dedé deu início ao movimento islâmico e começou a reunir seu rebanho.

Islã no sertão

Itabaianinha. há um certo tempo. se tornou nacionalmente conhecida por ter uma grande população de anões, e agora está ficando conhecida como a terra onde o Islamismo está florescendo no Brasil. Tornou-se parte da rotina das pessoas da cidade avistarem fiéis fazendo suas orações em direção à cidade sagrada de Meca. Os muçulmanos, seguindo o Alcorão, seu livro sagrado, fazem orações cinco vezes ao dia.

No início, quando Dedé ainda não tinha o Alcorão, ele buscava na internet, e até mesmo na própria Bíblia, informações sobre a religião. O islamismo é uma religião monoteísta e isso foi um fator determinante para a escolha de Dedé. Junto do cristianismo e o judaísmo, o islamismo forma uma tríade das maiores religiões monoteístas do mundo.

Algumas mudanças então começaram a acontecer na vida do ex-pastor. “Eu comecei cortando o batismo em nome da Trindade, depois cortei a Trindade, daí o povo começou a me chamar de doido aqui na cidade”, disse Dedé para a Folha de São Paulo. Sua esposa, Rosineide, de 49 anos, começou a estranhar o comportamento de seu marido. “Ué, Jesus era um Salvador, agora ele não salva mais?”, questionava ela.

Para Dedé, houve uma mudança de consciência e pensamento nas pessoas. “Eu parava um tempo e voltava, daí já abria a mente deles e todos começaram a entender e aceitar que precisariam usar véus, não comer carne de porco, orar circo vezes ao dia e fazer o Ramadã”, disse ele.

As transições

Foram dois anos de transição até chegar o dia da conversão coletiva ao islamismo. Tudo ocorreu no dia 24 de julho de 2017. Atualmente, 37 adultos e 8 crianças integram a comunidade islâmica de Itabaianinha. 10 outras pessoas estão aguardando a reversão, como eles preferem chamar a mudança de suas religiões para o Islã.

Com a colaboração de um irmão, Dedé conseguiu trazer para sua mesquita o xeque Ali Momade. Os xeques são líderes dentro da religião. Ali Momade é moçambicano, e junto de Dedé, eles visitam as casas dos moradores da cidade apresentando o Alcorão, na intenção de propagar o Islã. O que no começo não foi algo muito bem recebido pelas pessoas. “As pessoas achavam que Alá era um boneco de Buda”, disse Rosineide.

Segundo o xeque Ali, o islã é quase um código a ser seguido para se levar a vida, que norteia seus seguidores, tanto no campo político quanto social. Para segui-lo, algumas adaptações se fazem necessárias, como o uso de véus e lenços para as mulheres, por exemplo.

A vestimenta dos adeptos da religião, além de olhares curiosos, também acaba por gerar um certo preconceito para com essas pessoas. Josete Guimarães, de 52 anos, diz que frequentemente as pessoas lhe chamam de “mulher bomba”. Porém, Josete afirma não se importar com essas provocações, uma vez que acredita estar agradando a Alá.

Então pessoal, o que acharam da matéria? Deixem nos comentários a sua opinião e não esqueçam de compartilhar com os amigos.

7 pessoas por trás da descoberta de algumas condições médicas

Artigo anterior

A triste realidade do turismo com animais selvagens

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido