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O vídeo de um supremacista branco descobrindo que é 14% negro ao vivo na TV é impagável

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O Ku Klux Klan é uma organização formada por indivíduos, que se consideram especiais devido à raça. Segundo a crença dessas pessoas, o sangue de um Klan é puro e 100% da raça branca. A orientação política do grupo é a extrema direita. Entre seus valores essenciais estão o ultranacionalismo, a supremacia branca, a homofobia e o racismo. A questão racial é ampla: o ódio dos Klan direciona-se principalmente aos negros, aos judeus, assim como aos imigrantes, sendo nenhum deles tolerado por nenhum supremacista.

A organização racista nasceu logo após o fim da guerra civil americana, que terminou com a derrota do lado confederado e, consequentemente, com o fim da escravidão nos Estados Unidos. Com a ilegalidade da escravidão, nasceu então um longo período de segregação racial americana.

Muitos americanos não concordaram com a livre circulação dos negros pelas cidades. Na visão deles, os negros até podiam ser “livres”, mas não estavam autorizados a frequentar o mesmo ambiente dos brancos.

A década de 1960 ficou marcada pelo levante da luta negra, pelo fim da segregação, bem como pelo desejo de se adquirir direitos civis, como o direito ao voto.

É óbvio que, desde essa época, o mundo mudou. E felizmente, ideias de que alguma cor de pele é melhor, estão cada vez menores, mas isso não quer dizer que elas não existam.

E nos tempos atuais de polarização e fratura, muitas pessoas querem acreditar que são superiores por causa da sua “pura brancura”. E quando vemos momentos de triunfo contra o racismo, é sempre muito bom.

Caso

Um desses casos aconteceu com o supremacista branco, Craig Cobb, durante uma programação diurna. Ele ouviu o resultado do seu teste de DNA e, nele, foi revelado que seus ancestrais eram 86% europeus e 14% da África subsaariana. Depois do teste ser aberto, o público do programa foi à loucura, riu e aplaudiu.

O homem, que em 2013 foi acusado de aterrorizar pessoas em um enclave todo branco na Dakota do Norte, reagiu como um bom perdedor.

“Espere um minuto, espere um minuto, espere, espere um minuto. Isso é chamado de ruído estatístico”, disse ele, tentando dar um sorriso onisciente.

De acordo com Southern Poverty Law Center, ele acessou o site nacionalista Stormfront para contestar os resultados. Esse contestamento por parte de brancos nacionalistas não é uma coisa nova. Isso porque essas pessoas usam o serviço de DNA. para provar sua identidade racial.

E assim como Cobb, vários ficaram decepcionados ao descobrir que seus ancestrais não eram tão brancos quanto eles esperavam. Por isso, os sociólogos Aaron Panofsky e Joan Donovan examinaram anos de posts no Stormfront para ver como as pessoas lidavam com as notícias.

De acordo com eles, os nacionalistas brancos publicam os resultados deles online. Porque Panofsky diz que “eles basicamente dizem que se você quer ser membro do Stormfront, você deve ser 100% branco europeu, não judeu”.

Mas surpreendentemente, ao invés de rejeitar os membros que tem resultados contrários, as conversas são focadas em ajudar as pessoas a repensar a validade do teste genético.

Panofsky e Donovan apresentaram suas descobertas na conferência de sociologia, que aconteceu em Montreal. A análise dos dois dá uma janela bastante útil e assustadora de como os grupos extremistas pensam seus genes.

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