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Qual o motivo da tensão elétrica mudar de uma cidade para a outra?

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Conhece alguém que comprou um eletrodoméstico, e na hora de ligar, viu que a tensão do equipamento era diferente da que ele tinha em casa? Pois é, essa situação é mais comum do parece. Afinal, no Brasil, a tensão elétrica pode mudar de uma cidade para outra de forma muito fácil.

Por isso, é sempre bom averiguar essa questão antes de encomendar o eletrodoméstico, principalmente se o pedido for feito online. Nesse sentido, você saberia dizer qual a razão dessas variações dentro do território brasileiro? Vamos às explicações!

Fonte: La Miko

De Thomas Edison a Dom Pedro II

Em 1879, Thomas Edison apresentou a lâmpada ao mundo. Logo, a novidade chegou ao monarca brasileiro Dom Pedro II, que queria ver a invenção em prática no Brasil. Sendo assim, ele concedeu permissão para que o estadunidense inventor da lâmpada instalasse a “luz eterna” em espaços públicos daqui.

Dessa forma, o primeiro ponto a receber a novidade foi a Estação Central da Estrada de Ferro Dom Pedro II, que fica no Rio de Janeiro. Lá, a energia para acender o objeto vinha de máquinas a vapor especializadas em transportar cargas pesadas. Através de um dínamo, que converte energia mecânica em elétrica, as lâmpadas se acenderam e a experiência foi levada a espaços externos.

Portanto, dois anos depois, a iluminação pública chegou à Praça da República, também no Rio de Janeiro. Com certeza, a reação da população foi positiva àquela inovação, e logo empresas estrangeiras se dirigiram para cá no intuito de “eletrizar” o Brasil.

Fonte: Marc Ferrez

No fim do século 19 e início do século 20, surgiram as redes elétricas que utilizamos até hoje para diversos fins. A instalação delas teve uma divisão territorial entre empresas estadunidenses e europeias. Enquanto as primeiras usavam a tensão 110 V, as segundas preferiam a tensão 220 V.

Por isso, nota-se que hoje a tensão 110 V predomina nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rondônia, Roraima, Sergipe e Minas Gerais. Por outro lado, a rede de 220 V é predominantes nas seguintes unidades da federação: Alagoas, Brasília, Ceará, Mato Grosso, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Piauí e Tocantins.

Outras variações

Nesse sentido, vale destacar que há tensões diferentes de 110V e 220V. Em algumas regiões, a voltagem segue valores como: 380V, 230V, 254V e 115V. Apesar dessa diversidade, o país passa por um processo de padronização dessa propriedade fundamental no funcionamento de eletrodomésticos.

Em 1988, o então presidente José Sarney publicou um decreto definindo que as tensões fossem 110V ou 220V. Todavia, fazer isso virar realidade não era tão simples assim, já que várias empresas se envolveram na instalação da rede elétrica no Brasil. Além disso, nosso país possui uma extensão territorial enorme, o que também dificulta o processo.

Fonte: Brasil Escola

Dessa forma, a mudança não se deu de maneira imediata e ainda acontece nos dias atuais. Sempre que um transformador público precisa de substituição, o novo equipamento vem com uma tensão dentro dos dois padrões.

A propósito, outro processo em paralelo é a troca das voltagens 110V por 127V, uma vez que esta última é considerada mais eficiente. Nesse sentido, este último processo começou a partir de 1986.

Atualmente, grande parte dos eletrodomésticos são bivolts. Sendo assim, eles podem funcionar tanto em uma rede de 127V quanto em uma de 220V. Basicamente, essa alternância se dá por meio de um transformador dentro do aparelho. Este, ao se ligar na tomada, detecta a voltagem local e direciona o equipamento para uma voltagem mais vantajosa a ele.

Em síntese, uma das grandes vantagens dos eletrodomésticos bivolts é que seus donos podem se mudar para outros estados sem precisar abandonar geladeiras e fritadeiras, por exemplo.

Fonte: Super Interessante, Decorlumen.

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